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12 de setembro de 2009

Tucanos flertam com ministros do PMDB

PSDB se aproxima de auxiliares do governo Lula com influência na BA e em MG e tenta acordos também em RS e SC

Com aval de Hélio Costa, Quércia se encontrou com Aécio; na Bahia, Geddel deve se reunir nos próximos dias com aliados de Serra

Disposto a dinamitar uma aliança nacional do PMDB com o PT, a oposição flerta hoje com dois ministros do governo Lula: o das Comunicações, Hélio Costa, e da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

Com o aval de Hélio Costa, o presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia (SP), se reuniu com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), para discutir a edição de uma aliança entre tucanos e peemedebistas no Estado.

Patrocinador da aliança com o governador José Serra (PSDB) em São Paulo, Quércia sugeriu que Aécio apoie a candidatura de Costa ao governo, sob o argumento de que um acordo em Minas pavimentaria a negociação com o PMDB no cenário nacional. Ele lembrou ainda que Aécio será o herdeiro dessa costura caso Serra não concorra à Presidência.

"Seria uma forma de Minas prestigiar nossa aliança com o PSDB", justificou Quércia.
Costa não é o único ministro a retribuir aos acenos do comando do PSDB. Em confronto com o governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, Geddel deverá se reunir com aliados de Serra nos próximos dias.

Na oposição, há até quem defenda que o DEM abra mão da disputa em favor de Geddel. A proposta tem eco até mesmo entre democratas.

Na Bahia, o senador Paulo Souto (DEM) é hoje o nome mais forte de oposição a Wagner. Mas não está descartado o apoio a Geddel.

Outra alternativa seria convencer Geddel a se lançar ao Senado numa aliança PSDB-PMDB-DEM. Hoje, o ministro insiste na candidatura ao governo. "Não há como voltar atrás", repete ele.
Embora reafirme a candidatura de Souto na Bahia, o democrata Jorge Bornhausen (SP) prega uma investida no PMDB. Ele lembra que as negociações avançam em Estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Mas precisamos ampliar."

No Rio Grande do Sul, o próprio PSDB deverá apoiar o PMDB. Além de Bornhausen e do prefeito Gilberto Kassab, o chefe da Casa Civil do governo Serra, Aloysio Nunes Ferreira, estimula aproximação com o PMDB. Segundo Quércia, o próprio Ferreira sugeriu que conversasse com Aécio.

No encontro no Palácio das Mangabeiras, sede do governo mineiro, Quércia pediu que Aécio usasse sua influência sobre o PMDB do Estado para assegurar a vitória de Costa nas disputas internas do partido. Ministro de Lula, Costa enfrenta uma ala do PMDB favorável à aliança com o PT de Minas.

"Tenho otimismo em diversos Estados, inclusive na Bahia", disse Quércia, após o encontro, na quinta-feira.

Na conversa, Aécio disse que decidirá seu destino político até dezembro. No PSDB, a aposta é que desista de disputar ao Senado ao lado do ex-presidente Itamar Franco.
Dono do maior tempo de TV no horário eleitoral, o PMDB é alvo de preocupação na cúpula do PT. Apesar da atuação de Lula em defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), petistas começam a duvidar da consolidação de uma aliança formal pela candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Um indício de desembarque seria a manifestação do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), contra o projeto do governo sobre a exploração do pré-sal. No Rio, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), mantém a candidatura contra Cabral. "Estou firme." Folha

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