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16 de março de 2009

Brasil é convidado a participar do Comitê de Basileia


O Brasil vai fazer parte do Comitê de Basileia para Supervisão Bancária. O convite foi feito na sexta-feira, quando o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, participavam de encontro preparatório para reunião do G20, em Londres.

Brasil passa a integrar grupo de supervisão dos bancos

- O Brasil vai fazer parte do Comitê de Basileia para Supervisão Bancária. O convite foi feito na sexta-feira. "O convite ao Brasil é reflexo da qualidade da regulação e supervisão do sistema financeiro implantados pelo País", cita a nota distribuída pelo Banco Central do Brasil sobre a decisão. Também foram chamados a integrar o grupo outros seis países: Austrália, China, Coreia, Índia, México e Rússia.

O convite foi feito no momento em que o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, participavam de reunião preparatória para reunião do G20, em Londres. O BC destacou também o que o Brasil foi convidado para integrar o Fórum de Estabilidade Financeira (Financial Stability Forum), formalizado um dia antes. Além do Brasil, mais nove países do G20 passam a integrar o Fórum: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, China, Índia, Indonésia, México, Rússia e Turquia.

O presidente do Comitê de Basiléia (BCBS - Basel Committee on Banking Supervision), Nout Wellink, declarou que "a expansão do grupo de membros vai aprimorar a capacidade do Comitê para exercer sua função principal, que é a de fortalecer as práticas e padrões regulatórios em todo o mundo". O comunicado sobre o convite ao Brasil para integrar o BCBS foi divulgado primeiro pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS) e logo depois o teor da mensagem foi replicado no Brasil pelo Banco Central.

Segundo a mensagem divulgada pelo BIS, Wellink - que também é presidente do Banco Central holandês - a mudança atende ao clamor dos líderes do G20. O comunicado informa ainda que o corpo de governança do Comitê de Basiléia será ampliado para abrigar também os chefes de bancos centrais e de órgãos de supervisão do sistema financeiro dos novos integrantes. Com os sete novos membros, o Comitê passa a contar com 20 integrantes. Já participam do grupo Bélgica, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Luxemburgo, Holanda, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

O Comitê de Basileia foi criado em 1974 pelos presidentes de bancos centrais dos países que formavam o G-10, voltado para regulação bancária e supervisão. A criação do grupo ocorreu depois de problemas nos mercados de câmbio e bancário internacionais, em reflexo da crise do Bankhaus Herstatt, da Alemanha. O Comitê realiza suas reuniões no BIS, que tem sede em Basileia, na Suíça. Já o Fórum de Estabilidade Financeira foi criado em 1999, e tem por objetivo promover a estabilidade financeira em nível internacional por meio do intercâmbio de informações e da cooperação internacional.

Demissões deixam Raposa em clima de "fim de festa"


Arrozeiros da terra indígena Raposa/Serra do Sol (RR) dizem que estão demitindo funcionários com a proximidade do julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), que poderá colocar um ponto final no imbróglio em que se transformou a homologação da área. Para eles, a medida é necessária em razão da indefinição sobre o caso e devido a uma possível determinação favorável à retirada da população não-índia do interior da reserva.

Uma série de manifestações deve marcar o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) da ação que analisa a constitucionalidade da demarcação em terra contínua da terra indígena Raposa/Serra do Sol. O CIR (Conselho Indígena de Roraima) pretende reforçar as ações da campanha Anna Pata, Ana Yan (Nossa Terra, Nossa Mãe), pedindo a conclusão do julgamento. Mais de 3.000 índios participarão de manifestações em Brasília, Boa Vista (RR) e na própria Raposa/Serra do Sol.

12 de março de 2009

Brasília, governado pelo DEM, vive 30 minutos de apagão


Cerca de 60% do distrito Federal ficou sem energia elétrica no fim da tarde de ontem por pelo menos 30 minutos. Em alguns lugares, o apagão chegou até a duas horas. A empresa Furnas Centrais Elétricas, responsável pelo fornecimento de luz para a Companhia Energética de Brasília (CEB), revelou que o apagão ocorreu por causa do desligamento um uma subestação localizada em Samambaia. A falha na unidade da central foi registrada às 17h45. A falta de energia afetou cerca de 400 mil pontos e provocou transtornos na volta do brasiliense para casa. Panes em semáforos, elevadores, cinemas e em sessões e solenidades dos três poderes surgiram como alguns dos problemas enfrentados pela população.

Uma das maiores dificuldades, no entanto, ficou por conta do transporte público. O serviço do Metrô-DF, por exemplo, permaneceu parado por mais de uma hora. Além de paralisações em todas as estações, houve duas evacuações de trens. Uma na Asa Sul e outra a caminho do Park Shopping. Segundo uma condutora, que não quis se identificar, havia aproximadamente mil pessoas nos vagões. Os passageiros forçaram as portas e usaram as janelas de emergência para sair. Muitos pularam e seguiram pelo gramado na lateral dos trilhos em direção às estações mais próximas.

Espera
Na Galeria dos Estados, no Setor Comercial Sul, centenas de pessoas esperaram a abertura da estação em frente a um portão de metal. Entre elas, a administradora Luciana Aparecida. Ela trabalha em um banco e recorre ao sistema metroviário para voltar para casa, em Ceilândia. Estava particularmente irritada ontem porque chegaria atrasada para a própria festa de aniversário, de 24 anos. “Apesar da queda de luz, não dá para confiar no metrô. Todos os meses acontece algum problema de atraso”, reclamou.

O Metrô-DF voltou a funcionar às 19h10. O diretor de operações da empresa, José Dimas, informou que o sistema de trens exige pelo menos 20 minutos para recuperar a força e finalizar os testes. Segundo ele, a CEB deixou de fornecer energia elétrica para os três pontos de recebimento do metrô brasiliense. Por volta das 21h, alguns usuários ainda se queixavam que os trens circulavam a uma velocidade muito baixa.

Também houve problemas em shoppings. Cerca de 200 pessoas que ocupavam as 11 salas de cinema do Park Shopping ficaram completamente no escuro, pois não há geradores de energia nos locais. Segundo o gerente do cinema do shopping, Pedro Paulo Souza, os usuários tiveram a opção de escolher entre ter o valor do bilhete ressarcido ou ganhar uma cortesia válida por 30 dias. Já no Centro Comercial Gilberto Salomão, no Lago Sul, um cabeleireiro continuou a trabalhar no breu. Ele utlizou uma luz de segurança (no break) para cortar o cabelo dos clientes.

Durante o apagão, o Corpo de Bombeiros atendeu 10 chamados de pessoas presas em elevadores

10 de março de 2009

Os sem leite

Kassab entrega kit escolar quase um mês após início das aulas


A gestão do prefeito de SP, Gilberto Kassab (DEM), diminuiu de 1,2 kg para 1 kg a quantidade de leite mensal distribuída para as famílias com filho no ensino infantil, atendidas pelo programa Leve Leite.

A redução de 200g (17%) representa cerca de seis copos a menos no mês (com a quantidade anterior de leite em pó, era possível preparar 46 copos, número que caiu para 38). Serão afetadas as famílias cujos filhos têm entre um e seis anos (420 mil crianças).

A Secretaria Municipal de Educação afirma que já pagava pela distribuição de 1kg por aluno, conforme a legislação do programa, mas a Nestlé (fornecedora do produto) só possuía latas de 400g. Assim, desde 2007 eram dadas três latas por criança, totalizando 1,2kg. Neste ano, a empresa passou a usar embalagem de 1kg.

"Já era pouco, mal dava para uma semana, porque tenho outro filho na rede estadual que não ganha leite. Agora, vou precisar comprar mais leite ainda para completar o mês", afirmou a empregada doméstica Angélica Quirino, 32, que tem um filho em uma creche em São Mateus (zona leste).

"A medida não tem a ver com economia da prefeitura, é apenas ajuste da embalagem", disse o secretário da Educação, Alexandre Schneider.
A Folha apurou que diretores de creches estão sendo pressionados por pais devido à diminuição. Alguns chegam a suspeitar de desvio do produto.

A Nestlé, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que apenas segue o edital da prefeitura, encerrado no final do ano passado, que prevê latas de 1kg.
Disse também que usava latas de 400g (modelo do mercado) até então porque cumpria contratos emergenciais, que não faziam tal exigência.
A distribuição do leite Ninho para alunos da rede municipal foi tema da campanha de Kassab no ano passado. O produto era citado como "do rótulo amarelinho" e "de qualidade".

Não sofrerão mudança na quantidade recebida de leite as crianças de zero a um ano (seguirão com 1,2kg) e de seis a 14 (seguirão com 2kg).
O Leve Leite, instituído na cidade na gestão Paulo Maluf (1993-1996), prevê distribuição de leite em pó para crianças que frequentam 90% das aulas.

Distribuição
A partir de maio, o leite deixará de ser entregue às famílias nas escolas e passará a ser enviado pelo Correio.
A oposição ao prefeito na Câmara vê na medida uma forma de aumentar o lucro da Nestlé, que precisará entregar todo o leite em apenas um lugar e terá um pequeno desconto (R$ 6 milhões ao ano, em um contrato de R$ 169 milhões). Diretores de escolas veem também dificuldade em encontrar parte das famílias, que vivem em locais sem endereço oficial.

O governo afirma que pretende tirar dos profissionais da educação a responsabilidade pela distribuição, deixando-os concentrados no ensino.

Outra medida polêmica envolvendo prefeitura e Nestlé foi revelada pela Folha em setembro de 2007. Na ocasião, a gestão Kassab reduziu a pedido da empresa a quantidade nutricional da sopa que pretendia distribuir em um programa para reunir pais e alunos aos sábados nas escolas e creches.

Um dos motivos para atender ao pedido, disse a prefeitura, foi aumentar a quantidade de empresas na licitação. E que a sopa não integrava um "programa de alimentação".

5 de março de 2009

Lula diz avaliar como aumentar a produção da Embraer


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em encontro com sindicalistas, que está avaliando medidas para incrementar e incentivar a aviação regional e, com isso, aumentar as demandas da Embraer. Lula, segundo relato dos participantes, se comprometeu ainda se empenhar para que a Força Aérea Brasileira adquira um tipo de aeronave que está sendo elaborada pela Embraer, o C-390, para substituir o avião de transporte Hércules, usado hoje pelos militares.

No encontro com representantes da Frente Sindical Conlutas, Lula disse também que ainda ontem pretendia se reunir com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e outros representantes do governo para discutir medidas para os setor. Mas o encontro não foi confirmado pelo Palácio do Planalto. O presidente informou aos sindicalistas que telefonaria para o presidente da Embraer, Frederico Curado, para pedir que a empresa negocie com o sindicato dos trabalhadores a questão das demissões dos 4.270 funcionários.

Na reunião, os sindicalistas disseram para o presidente que a Embraer, só este ano, recebeu encomenda de 242 aeronaves, enquanto no ano passado o número não passou de 204 encomendas. Lula teria demonstrado surpresa. Isso porque, segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Adilson dos Santos, o presidente da Embraer, numa reunião que teve com o Lula, no mês passado, disse que a empresa teve o cancelamento de 30% das encomendas.

Curiosidade


Como acabar com a corrupção. O assunto vai e volta e nunca se resolve. O senador Jarbas Vasconcelos não precisou de muita pesquisa. Leu e gostou das soluções apresentadas pelo PT em 2002. E acrescentou que são inéditas. Nunca foram colocadas em prática.

Salário médio feminino caiu em SP em 2009


Apesar da presença das mulheres no mercado de trabalho ter crescido 56,4% em 2008, os salários das trabalhadoras não seguem o preceito estabelecido pela Constituição Federal que reza a igualdade salarial.

Na região metropolitana de São Paulo, o rendimento médio por hora das mulheres caiu 0,9% no ano passado, enquanto o dos homens aumentou 1%, conforme divulgou ontem a pesquisa Mulher e Trabalho, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade).

Segundo o estudo, a média da hora das mulheres era de R$ 5,76 em 2008. "O aumento do salário mínimo não foi suficiente para aumentar a média salarial porque, em alguns setores, os salários caíram", explica a socióloga Marcia Guerra, da Seade.

As trabalhadoras de serviços domésticos foram as únicas que tiveram aumento: em 2007, a hora média passou de R$ 3,15 e, em 2008, subiu para R$ 3,26.

"As diferenças salariais entre homens e mulheres existem, as que sofrem menos com isso são as funcionárias públicas, cujos salários normalmente são iguais", diz a coordenadora de pesquisa e emprego e desemprego do Dieese, Patrícia Lino Costa. O estudo apontou ainda que mulheres que têm filhos pequenos representam a taxa de desemprego mais elevada: 23,1%.

Emprego com creche

A estudante de direito Adriana Mazagão conta que seu filho teve que morar com sua mãe no interior para que ela pudesse trabalhar. "Quando falava a idade do meu filho, já era descartada na entrevista de emprego". A solução para voltar ao mercado foi mandar o pequeno Tiago, então com um ano, para casa de sua mãe no interior. "Eu ia visitá-lo aos finais de semana. Só consegui trazê-lo de volta para minha casa quando arrumei um emprego que tinha uma creche."

Marcia Guerra, da Seade, alerta para criação de políticas públicas para que as mulheres consigam trabalhar. "É preciso criar mais vagas em creches e escolas para que as mães consigam ir para o emprego", diz.

4 de março de 2009

Haddad move as peças


O ministro da Educação, Fernando Haddad, jura de pés juntos que não tem ambições políticas. Nega que seja alternativa caso o nome de Dilma Rousseff não decole, e também a possível candidatura ao governo de São Paulo pelo PT. Mas se movimenta como nunca. Está promovendo encontros com secretários municipais de Educação, para lhes apresentar os programas do MEC. Haddad não vai aos Estados, mas coordena tudo de Brasília. Em Fortaleza, reuniu os 351 secretários do Ceará e do Rio Grande do Norte. Até abril, haverá encontros com os 5.563 secretários do País. Cada convidado recebe um notebook com as ações do MEC. Dilma que abra o olho. (Notinhas da IstoÉ)