O DEM só espera o tucanato decidir quem será o candidato à Presidência da República, no fim deste ano, para começar a negociar com o aliado tradicional a composição da chapa presidencial para a campanha de 2010. A informação foi dada ontem ao JB pelo presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), que negou notícias publicadas no fim de semana sobre a legenda abrir mão da vaga em troca de apoio do PSDB em palanques estaduais.
- Não temos que abrir mão de vice nenhuma. Isso é um erro. O Aécio (Neves, um dos pré-candidatos tucanos), por exemplo, se nega a considerar isso - explicou Maia. - A composição de chapa não é decisão de colégio eleitoral.
Segundo Rodrigo Maia, a executiva do partido vai trabalhar até dezembro para convencer a própria militância da importância de compor a chapa. O DEM, que mantém histórica coalizão com os tucanos na chapa nacional, emplacou o vice Marco Maciel nos oito anos de governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 2006, o senador democrata José Jorge (PE) foi vice de Geraldo Alckmin, derrotado.
- A vice não é só uma composição numérica, mas a aliança de ideologia - frisou Maia.
O DEM não dispõe ainda, porém, de um nome para indicar para a avaliação dos tucanos. O único governador do partido, José Roberto Arruda (Distrito Federal), é candidato à reeleição. Por ora, Maia não tem pressa: - Temos que esperar a decisão do PSDB, para vermos se sai candidato o Aécio ou o José Serra.
Além do DEM, a cúpula do PSDB trabalha, sem alarde, com cenários diversos na questão do vice. O PMDB - que tem dissidentes da aliança com a base do PT - ainda tem nomes que seriam bons candidatos, avaliam os tucanos, como o senador Jarbas Vasconcelos (PE), além do PPS, outro aliado.
Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, o DEM, "em nome da sobrevivência política", pode ceder a vaga de vice na chapa em troca de apoio do PSDB em palanques de seis estados, entre eles Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A Bahia é o caso mais delicado. O ex-governador Paulo Souto, do DEM, aparece com ampla vantagem nas pesquisas e cobra apoio dos tucanos.
Presidente do partido vai trabalhar para convencer colegas sobre coligação
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