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26 de maio de 2010

Dispara venda de notebooks

A venda de computadores cresceu 23% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2009. Foram 2,89 milhões de máquinas comercializadas nos três primeiros meses de 2010, sendo 1,36 milhão de notebooks - em alta de 70% na comparação entre os períodos - e 1,53 milhão de desktops (computadores com torre) - praticamente estáveis (ligeira queda de 1%).

Os dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)e da consultoria IT Data indicam que os notebooks já correspondem a 52% dos computadores vendidos para o consumidor final no mercado brasileiro. “Desde o final do ano passado percebemos o crescimento no varejo dos produtos de maior mobilidade, que é o que busca o consumidor doméstico. E o preço do notebook em queda tem ajudado esse mercado a crescer”, diz Hugo Valério, diretor de informática da Abinee.

Em vendas totais, os desktops ainda são os mais procurados por causa do mercado corporativo, que dá preferência para as estações fixas de trabalho, cujo desempenho é, em geral, superior ao dos notebooks, além de serem mais baratos e permitirem melhorias,como a ampliação da memória.

Na comparação com o último trimestre de 2009, o mercado vendeu 700 mil computadores a menos, mas a retração se deve a um fator sazonal. “Nos primeiros três meses do ano o brasileiro está sempre endividado e costuma deixar a compra de produtos de informática para os meses seguintes”, comenta o diretor da Abinee.

25 de maio de 2010

Nós perguntamos, e quem vai responder?

Tasso Jereissati (PSDB-CE), o homem conhecido como coronel jaguço da política, é o comandante da campanha José Serra presidente. Tasso, deu ordens para os militantes do PSDB na rede web, difundam que,o ex presidente Fernando Henrique Cardoso controlou a inflação...Arrumou o Brasil para o crescimento...Criou o Plano Real... Tudo bem. Mas a pergunta  que não quer calar é;Por qual motivo então o PSDB não o coloca Fernando Henrique ao lado de José Serra, para defender essas importantes conquistas no programa de tv dos tucanos? Eles estão com medo de que? O presidente Lula tem defendido seu governo ao lado da ex ministra Dilma Rousseff

14 de maio de 2010

Meta de inflação garantiu melhor saída da crise

Há fortes indícios de que os países que adotam o regime de metas para a inflação saíram melhor da crise global de 2008 do que os que não adotam essa política. Num texto intitulado "Metas de Inflação e a Crise: Uma Avaliação Empírica", Irineu de Carvalho Filho, economista do Fundo Monetário Internacional (FMI), faz uma cuidadosa análise comparada e conclui que os países com regime de metas se mostraram mais resistentes que os demais à turbulência.

Numa amostragem de 49 economias na qual 21 adotam o sistema de metas, ele encontrou dados que evidenciam que estes tiveram menor perda de produção industrial, recuperaram-se mais rapidamente do desemprego, evitaram a deflação e foram capazes de reduzir as taxas nominal e real de juros mais do que os que não operam com ele.

No Brasil, o regime de metas também passou pelo teste da grande crise. Mas, mesmo com a demora do Banco Central em reduzir a taxa básica - que só começou a cair em janeiro de 2009, o que foi muito criticado - a inflação, que em vários países se converteu em deflação, aqui ficou acima da meta de 4,5%. O IPCA, no pior ano desde a Grande Depressão, foi de em 5,9%, mostrando uma força intrigante.

Para lidar com o sistema de metas, um dos pressupostos é que o BC tenha alguma autonomia. Não independência, porque esta significaria ter poder até para escolher a meta, o que não é o caso.

Aqui, ela é definida pelo presidente da República, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional e, ao BC cabe cumprir a tarefa de levar a inflação para o alvo, com salvaguardas para acomodar choques de oferta e bom-senso de, em nome de uma trajetória de desinflação, não afundar o país na recessão.

A discussão que se estabeleceu nos últimos dias sobre inflação, juros, democracia e autonomia do BC tem o viés ideológico próprio da luta política mas, também, um certo grau de resistência ao modelo.

Não cabe ao BC decidir qual a inflação que a sociedade deseja: esta será definida pelo presidente eleito. Ao fixar a meta de inflação, ele terá considerado várias das premissas básicas, como o crescimento que a economia suporta com aquela taxa inflação e a criação de empregos que esse crescimento poderá gerar, entre outras.

A diretoria do BC também é escolhida pelo presidente, avalizada pelo Senado e pode ser demitida a qualquer momento. Consolidou-se, no país, a ideia da autonomia concedida, não formalizada em lei.

Esse é um tema relevante, pois as decisões do BC afetam a todos. Ele é o principal responsável pela estabilidade da economia e isso não é pouco. Quando o pré-candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, em entrevista à rádio CBN, disse que o BC não é a Santa Sé, intocável, não jogou luz no debate.

No dia seguinte, novamente abordado sobre o tema, Serra mencionou que, se eleito, adotará um modelo de coordenação da política macroeconômica em que a diretoria do Banco Central discutirá com o Ministérios da Fazenda e do Planejamento o curso da política econômica. Essa pode ser uma boa iniciativa. Como disse certa vez o ex-presidente do BC Armínio Fraga, não é possível chegar a bom termo se enquanto um liga a calefação, o outro aciona o ar refrigerado. Ou, não se pode esperar que os juros baixem se a política fiscal é expansionista num momento em que a inflação ameaça.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, resolveu dar uma ajuda ao BC para que os juros não cuidem, sozinhos, de conter a elevação dos preços. Anunciou um corte de R$ 10 bilhões nos gastos do governo para reduzir a pressão do setor público sobre o crescimento que se dirige a 7%.

A discussão sobre o porquê de o país ter, por longos anos, as maiores taxas de juros do mundo é legítima e necessária na campanha eleitoral e fora dela. Ao mesmo tempo, seria oportuno neste momento também definir que tipo de Banco Central se quer ter. Uma autonomia legal, por exemplo, deveria estabelecer direitos e deveres e, na lista das obrigações, caberia impor limites ao BC para criar gastos fiscais seja com a política cambial, de crédito ou de socorro ao sistema bancário.

Países com regime de metas para a inflação, caso se confirme a tese do economista do FMI Irineu Carvalho Filho, foram mais resilientes na crise mundial e isso se traduziu em menos prejuízos ao seus povos. Nesse sistema, a base é a coordenação das expectativas dos agentes econômicos. Os juros são o principal instrumento e a credibilidade do BC contribui para mitigar o custo da estabilização.

A questão da autonomia dos bancos centrais surgiu, no mundo, da constatação de que os políticos, em geral, buscam a reeleição e, para isso, tendem a preferir políticas monetárias expansionistas (com juros baixos) no curto prazo, mesmo que às custas de mais inflação.

O poder sobre a moeda nunca foi assunto pacífico no país. Foram 20 anos de discussão para se criar o BC e outro tanto para ele ser a única autoridade monetária do país.

A alegação de que a diretoria do BC não tem representatividade política para preservar o poder de compra da moeda carece de fundamento à medida que a autonomia operacional é somente uma delegação de poderes conferida pelo presidente da República e pelo Senado.

12 de maio de 2010

Brasil e Índia denunciam UE por impedir entrega de remédios

O Brasil anunciou, nesta quarta-feira, que denunciou a União Europeia (UE) na Organização Mundial do Comércio (OMC) por impedir a entrega de medicamentos genéricos indianos destinados ao mercado brasileiro. Ao mesmo tempo, um dirigente indiano afirmou que seu país apresentou uma queixa contra a UE pela questão.

Segundo o embaixador brasileiro na OMC, Roberto Azevedo, as apreensões "tiveram um impacto negativo altíssimo no comércio, nos intercâmbios Sul-Sul e no sistema de saúde nacional dos países em desenvolvimento". Para o embaixador indiano Ujal Bhatia Singh, os medicamentos genéricos apreendidos cumpriam perfeitamente com as regras da OMC.

Um dos casos remonta a janeiro de 2009, quando a Holanda reteve um navio procedente da Índia e que fez escala em Rotterdã antes de partir para seu destino final no Brasil. A embarcação tinha um carregamento do medicamento Losartan, prescrito para o tratamento da hipertensão arterial. A embarcação foi obrigada a retornar para a Índia por suposta violação da propriedade intelectual.

O embaixador indiano se referiu a outras duas apreensões, uma em Frankfurt (Alemanha), em maio de 2009, e outra em Paris (França), em outubro. Depois desses casos, a Índia advertiu, em novembro passado, a OMC que as reiteradas apreensões de medicamentos genéricos poderão afetar o comércio desses produtos e o acesso univeresal à saúde nos países em desenvolvimento.

6 de maio de 2010

Kassab é alvo de protestos na zona norte

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) enfrentou dois protestos ontem durante uma inauguração no Jardim Peri, bairro da zona norte de São Paulo.

Ele inaugurou a canalização do córrego Guaraú e uma nova avenida às margens do córrego. Cerca de cem moradores acompanharam o evento, que contou até com a apresentação de uma fanfarra.

Ao final, líderes comunitários pediam, aos gritos, a construção de uma passarela sobre a nova avenida.

"Vai esperar morrer uma criança?", perguntavam. Kassab ouviu a reclamação, mas não respondeu aos manifestantes.

Dentistas da prefeitura também protestaram durante o evento. A categoria está em greve. Com apitos e camisetas pedindo melhorias salariais, os manifestantes tentaram falar com Kassab, sem sucesso.

Protegido por seguranças, que afastavam os grevistas, Kassab entrou no carro e foi embora. Neste ano, o prefeito já foi alvo de protestos de moradores do Jardim Pantanal (após inundação) e de sem-teto

3 de maio de 2010

Quase um cara a cara

O "quase" encontro entre os dois principais pré-candidatos à Presidência, em visita na semana passada à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), pode, enfim, ocorrer hoje em Uberaba (MG).

A ex-ministra Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador paulista José Serra (PSDB) confirmaram a presença, por meio de suas assessorias, na abertura da 76ª ExpoZebu, na manhã de hoje. Nenhum dos dois, no entanto, deve discursar.

A visita do pré-candidato tucano estava inicialmente marcada para ontem, às 16 horas, quando teria uma reunião marcada com a diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), entidade organizadora da feira de pecuária. Mas o itinerário do tucano foi revisto na sexta-feira, após a confirmação da presença de Dilma na abertura oficial do evento.

Na quinta-feira passada, tanto Serra quanto Dilma visitaram a Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior paulista.

Assim como a ExpoZebu, a feira é dominada por representantes do setor ruralista. A pré-candidata petista foi pela manhã e Serra esteve no evento no período da tarde.

Dilma já esteve reunida com representantes da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu em 17 de março. No encontro, a diretoria da entidade entregou uma carta, que também deve ser recebida por Serra hoje, com reivindicações do setor para o futuro presidente.

Ministro. Entre os pedidos da carta, os ruralistas propõem que o ministro da Agricultura escolhido pelo candidato, caso ele vença as eleições presidenciais de outubro, seja "um nome que conheça as necessidades do setor agropecuário".

O documento cita uma série de sugestões em relação ao meio ambiente, principalmente sobre as alterações do Código Florestal brasileiro, além de pedir a simplificação da emissão de licenças ambientais e o pagamento por serviço a produtores que conservem a reserva legal e as Áreas de Preservação Permanente (APP).

A pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, também deverá ir à feira nesta semana, provavelmente na quinta-feira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vai pessoalmente, mas será representado no encontro de Uberaba pelo vice, José Alencar e pela primeira-dama, Marisa Letícia.

Entre os políticos da região, não faltarão o ex e o atual governadores de Minas, os tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia.

Mandato-tampão vira arma eleitoral

Governadores Roseana Sarney (MA), José Maranhão (PB) e Henrique Gaguim (TO) reforçam ação e, incomodados, adversários reagem

Três dos quatro governadores que cumprem mandatos-tampão, depois de substituir os titulares cassados por problemas com a Justiça, são pré-candidatos à reeleição. Todos são do PMDB e trabalham discreta ou publicamente para se eleger, costurando alianças e fazendo promessas e concessões ao eleitorado.

São eles: Roseana Sarney, no Maranhão; José Maranhão, na Paraíba; e Carlos Henrique Gaguim, no Tocantins. Rogério Rosso, também do PMDB, empossado no Distrito Federal no último dia dia 19, não deve concorrer à reeleição (veja abaixo).

A gestão Roseana é marcada por um plano de governo à la Juscelino Kubitschek. Ela afirma que seu objetivo é corrigir em 18 meses erros dos 76 meses das administrações anteriores, de José Reinaldo Tavares (PSB), e Jackson Lago ( PDT), a quem substituiu. Na lista de prioridades, está a entrega de 132 escolas e de 72 hospitais - ou 7,3 escolas e 4 hospitais em cada mês de seu governo. As obras já foram licitadas.

Roseana listou como urgente o reforço na segurança e investimentos em festas populares. Em um ano, entregou cerca de 500 viaturas e, no carnaval, investiu de R$ 19 milhões. "O maranhense voltou a ter autoestima", tem reiterado Roseana, em pronunciamentos. Ela não trabalha diretamente na articulação de alianças para a reeleição, mas conta com a ajuda de interlocutores como o ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), pré-candidato ao Senado.

A oposição vê no programa de governo da peemedebista uma tentativa de atenuar seus índices de rejeição em algumas regiões do Estado, como no sul, ou como "propaganda enganosa".

O mandato-tampão tem sido marcado também por várias críticas aos números apresentados pelos secretários de Roseana e a problemas na área de educação. Em janeiro, a oposição questionou a realização de um concurso para contratação temporária de 5,1 mil professores, antes da nomeação de 5,3 mil já aprovados. Além disso, o ano letivo em 267 escolas da rede pública sofreu atrasos por falta de professores ou por reformas atrasadas.

Mais recentemente, o presidente da Assembleia, Marcelo Tavares (PSB), denunciou que o governo Roseana gastou, em 2009, R$ 43 milhões em comunicação. "Isso é dez vezes mais do que o gasto pelo governo em habitação rural", protestou. Essas propagandas institucionais foram alvo de investigação do Ministério Público e de uma ação civil pública impetrada em novembro, ainda não foi julgada.

Alianças embaralhadas. Na Paraíba, a posse do senador Maranhão para um mandato de um ano e 10 meses antecipou a campanha pelo Palácio da Redenção, sede do governo estadual. Ao assumir, ele deixou claro que seria candidato à reeleição e esfriou as pretensões do então prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). Nas duas campanhas de prefeito, Coutinho foi eleito com o apoio de Maranhão.

Nesse cenário, a aliança entre PMDB e PSB se desfez. Coutinho, antes ferrenho crítico do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), cassado por corrupção eleitoral, e do senador Efraim Morais (DEM), se aliou aos dois para derrotar Maranhão.

Maranhão lidera as pesquisas e Coutinho aparece em segundo. Eles têm percorrido o Estado em pré-campanha. Ele se controla para evitar que os crimes cometidos por Cunha Lima na campanha de 2006 se repitam. Ele suspendeu o programa Praça da Gente, que atendia a população em praça pública com serviços de assistência social. Proibiu o jornal oficial A União de publicar textos com conotação política, para evitar ser acusado de uso da máquina. Mas os adversários o acusam de fazer nomeações excessivas de apadrinhados, de promover perseguição política e de inaugurar obras que já concluídas pelo antecessor.

Caminho aberto. Dois dos pré-candidatos que haviam manifestado intenção de concorrer a o governo do Tocantins desistiram - a senadora Kátia Abreu (DEM) e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), abrindo o caminho para o governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB), virtual pré-candidato à reeleição.

Ele retornou ao Estado na sexta-feira, depois de 15 dias na China e encontrou um partido dividido: um dos seus principais expoentes, o deputado Moisés Avelino quer aliança com o PSDB, de Siqueira Campos, que será apoiado pelo DEM.

Gaguim, eleito pela Assembleia para o mandato-tampão depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou Marcelo Miranda, também do PMDB, em agosto de 2009, tem pregado austeridade no Estado, mas já concedeu reajuste salarial para várias categorias de servidores.

A oposição o critica dizendo que os aumentos, em ano eleitoral, terão uso político. O governador justifica que só atendeu a reivindicações das categorias, que vinham de vários anos. Quatro meses depois de assumir o governo, Gaguim já tinha despesa com pessoal e encargos sociais 11,19% maior do que no ano anterior. Enquanto não é confirmado como pré-candidato, ele segue realizando programas de atendimento concentrado à população, nos mesmos moldes do Governo Mais Perto de Você, que resultou na cassação de Miranda.


Para entender

1.
O que é, na prática, o chamado mandato-tampão?
Quando um governador é casado em última instância, assume o segundo colocado nas urnas ou há eleição indireta, dependendo do Estado.

2.
Por que houve cassações em TO, PB e MA?
Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, foi condenado por abuso de poder econômico e político (02/2009). Jackson Lago (PDT), pelos mesmos motivos, deixou o governo do Maranhão (04/2009). Marcelo Miranda foi cassado no Tocantins por abuso de poder político (06/2009).

3.
Há outros acusados?
No início de 2009, o TSE tinha 7 governadores na mira.