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29 de julho de 2010

Mercadante reforça crítica a gestões tucanas

Candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT) subiu o tom das críticas contra a gestão tucana, ontem. Prometeu acabar com a progressão continuada na educação e comparou o sistema de promoção de professores por mérito, criado na gestão tucana, a um "pau de sebo". "Só 20% se beneficia e quando isso ocorre só pode receber novo bônus quatro anos depois. É como um pau de sebo. Ele nunca chega ao topo", disse.


O candidato acusou, ainda, a gestão tucana de barrar projetos federais por questões políticas. "São Paulo não participa do Saúde da Família, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência ou das Unidades Básicas, cujo orçamento da União é complementado pela administração municipal. O governo paulista, aliás, é o único entre os Estados que não tem parceria com o governo federal nesses programas", disse.

Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, Mercadante disse que o principal rival, Geraldo Alckmin (PSDB), "não vai para as ruas para não ver a insatisfação do povo". O candidato participou de sabatina do UOL e do jornal Folha de S. Paulo.

27 de julho de 2010

Pesquisas da discórdia

Na política brasileira sobram exemplos de que pesquisas não ganham eleição, porém, tiram do sério candidatos e mexem com os ânimos de seus partidários. Por isso, a divulgação dos levantamentos é tratada por marqueteiros como uma guerra de informação e de contrainformação. Quando a pesquisa é favorável, é tratada como verdadeira; quando não é, vira maracutaia. E a polêmica sobre elas pega fogo na campanha.

É mais ou menos o que está acontecendo entre militantes do PT e do PSDB por causa das listas do Vox Populi e do Datafolha divulgadas na semana passada. Os dois partidos, a propósito, têm suas próprias pesquisas diárias (não divulgadas) e critérios mais científicos, portanto, para avaliar eventuais discrepâncias.

Na pesquisa Datafolha para presidente da República divulgada no último sábado, há um empate técnico entre os candidatos José Serra (PSDB), com 37% das intenções de voto, e Dilma Rousseff (PT), com 36%. Marina Silva (PV) aparece com 10 pontos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Com isso, Serra pode ter entre 35% e 39% e Dilma, entre 34% e 38%. Ou seja, tanto um quanto a outra podem estar na frente, com uma diferença de até 5% a 3%, respectivamente.

Olhares

O resultado foi comemorado pelo PSDB, mas nem tanto pelo PT. Afinal, na sexta-feira anterior, a pesquisa do Vox Populi mostrava Dilma com oito pontos de vantagem. Teria 41%, contra 33% de Serra e 8% de Marina Silva. Essa discrepância alimentou polêmicas que deverão se intensificar com a divulgação das próximas pesquisas Sensus e Ibope. Os dois institutos — como no caso do Datafolha e do Vox Populi — também costumam apresentar resultados discrepantes por causa da diferença de metodologia.Correio

22 de julho de 2010

Arrecadação e número de trabalhadores com FGTS batem recorde

A arrecadação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) superou os saques em R$ 5,9 bilhões nos seis primeiros meses do ano, segundo dados da Caixa Econômica Federal divulgados nesta quinta-feira.

O valor equivale praticamente ao mesmo que foi aplicado pelo fundo no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida nesse período.

O valor recorde é 160% superior ao verificado no mesmo período do ano passado e representa 85% do resultado líquido do fundo em 2009. A Caixa projeta para o ano uma arrecadação líquida recorde de R$ 11 bilhões. O orçamento do fundo para investimentos chegou a R$ 64 bilhões.

No primeiro semestre deste ano, a arrecadação bruta cresceu 10% em relação ao mesmo período do ano passado, puxada pelo aumento do emprego formal.

Em junho, por exemplo, foram registrados números recordes de empresas contribuindo (2,8 milhões) e de trabalhadores com o benefício depositado em suas contas individuais (32,5 milhões).

Apesar do aumento no uso de recursos para a casa própria, houve redução na quantidade de retiradas motivadas por demissões sem justa causa. Com isso, o total de saques caiu 4%.

SAQUES

As demissões são o principal motivo para saques (65% do total), seguidas pelo uso para a casa própria (14%) e pelas aposentadorias (13%).

O FGTS também pode ser sacado em caso de doença grave ou estágio terminal, falecimento do trabalhador, rescisão de contrato por extinção da empresa, entre outros motivos.

No primeiro semestre, foram liberados R$ 37,4 bilhões do FGTS. Cerca de 65% dos recursos se referem a saques. O restante foi direcionado a investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura, entre outros.

De acordo com a Caixa, 82% dos recursos do fundo para a casa própria estão sendo utilizados para financiar famílias com renda de até cinco salários mínimos.

"Isso mostra que o FGTS tem sido utilizado para financiar as famílias com menor renda, que é onde se concentra o deficit habitacional", disse o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Wellington Moreira Franco.