O PMDB de Goiás marcou para hoje, às 11h, na sede do diretório estadual do partido, em Goiânia, a filiação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. O presidente em exercício do partido no Estado, Adib Elias, esperou o dia todo pelo telefonema de Meirelles com a confirmação da adesão. O telefonema só aconteceu à noite, após a conversa do dirigente do BC com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula, mais uma vez, pediu que Meirelles permanecesse no cargo até o fim do governo. Compreendeu, no entanto, que em política "a porta deve ficar aberta", segundo interlocutores. O presidente do BC afirmou a pessoas próximas que não está totalmente descartada a hipótese de desistir de uma candidatura a mandato eletivo.
Pelo menos um compromisso o presidente do BC assumiu com Lula: não sair do cargo "em hipótese alguma" antes do fim de março, quando termina o prazo de desincompatibilização para o caso de se candidatar a um mandato eletivo. No PMDB, Meirelles está tomando a primeira providência legal para uma eventual candidatura a qualquer eleição - do Senado Federal à Presidência da República, passando pelo governo do Estado e pela Vice-Presidência.
A hipótese mais cogitada no PMDB local, por enquanto, é a candidatura ao Senado, em chapa encabeçada pelo prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), como candidato a governador. Mas o PMDB não descarta lançá-lo ao governo, com apoio de Iris, se uma candidatura sua se mostrar viável para derrotar o senador Marconi Perillo (PSDB).
Setores do PSDB estudam questionar na Justiça Eleitoral a filiação, alegando incompatibilidade da presidência do BC com a atuação partidária. O presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), negou a iniciativa.
A ida de Meirelles para o PMDB desarranja articulação do governador Alcides Rodrigues (PP), que tentava levar o presidente do BC para seu partido e torná-lo seu candidato à própria sucessão. Agora, Cidinho - como é conhecido - busca uma alternativa. Hoje, ele conversa com o deputado Ronaldo Caiado (DEM), líder do seu partido na Câmara dos Deputados, que tenta viabilizar seu nome.
Caiado foi um dos principais estimuladores da entrada de Meirelles na política. Foi ele que convidou o então presidente do Bankboston para ingressar no então PFL em 2002, oferecendo uma vaga para disputar o Senado. Caiado levou Meirelles para um jantar no Rio de Janeiro, com a presença dos principais dirigentes do partido, para selar o acordo.
Na última hora, o então presidente da República Fernando Henrique Cardoso fez um apelo para que Meirelles fosse para o PSDB em vez do PFL. Também ofereceu a possibilidade da disputa ao Senado. Alegando não ter como recusar o pedido de um presidente, Meirelles foi para o PSDB.
Os tucanos não sustentaram o compromisso. Lúcia Vânia lançou-se candidata e, como ela tinha mais apoio na convenção partidária, Meirelles renunciou à vaga do Senado na véspera da decisão. Acabou candidato a deputado federal pelo PSDB e foi o mais votado do Estado.
Renunciou ao mandato e deixou o PSDB para aceitar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o BC. Lula já havia recebido várias recusas para o cargo de pessoas convidadas. Hoje, o presidente diz ter dívida de gratidão com Meirelles pelo papel desempenhado na estabilidade da economia.
Por isso, embora não queira que ele deixe o governo, Lula mostra-se disposto a apoiá-lo no que for preciso, caso o goiano decida se candidatar. Em uma visita a Goiás, o presidente defendeu publicamente uma "grande aliança" dos partidos de sua base de sustentação em torno de Meirelles, argumentando que ele não poderia ser candidato para perder eleição.
Por esse cenário de dificuldades e pelo fato de ainda não ter uma candidatura competitiva a governador - Iris lidera as pesquisas de intenção de voto, em situação de empate com Perillo -, o PMDB de Goiás tem falado que a opção mais provável é a disputa ao Senado.
O caminho para o Senado também não seria fácil. As duas vagas de senador por Goiás que serão abertas em 2011 já têm candidatos: os atuais senadores Demóstenes Torres (DEM) e Lúcia Vânia (PSDB), que estão em fim de mandato.
Outro problema é uma representação proposta no dia 15 de setembro pelo PSDB ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás contra o presidente Lula, Meirelles, Iris, Alcides Rodrigues, o prefeito de Anápolis, Roberto Gomide (PT), e o ex-ministro José Dirceu, por prática de propaganda antecipada.
A representação foi motivada pela visita de Lula a Goiânia e Anápolis, acompanhado de Meirelles, para visitas a obras e comício. O PSDB alega que a visita "teve cunho exclusivamente político, com o objetivo de deflagrar discussões eleitorais" e lançar Meirelles como candidato ao governo de Goiás.
É com base nessa representação que uma ala do PSDB estuda questionar a filiação de Meirelles ao PMDB. Na representação ao TRE, o partido pede uma série de informações sobre gastos públicos com os eventos e liberação de servidores públicos do trabalho para participar do comício de Lula.
Lula, mais uma vez, pediu que Meirelles permanecesse no cargo até o fim do governo. Compreendeu, no entanto, que em política "a porta deve ficar aberta", segundo interlocutores. O presidente do BC afirmou a pessoas próximas que não está totalmente descartada a hipótese de desistir de uma candidatura a mandato eletivo.
Pelo menos um compromisso o presidente do BC assumiu com Lula: não sair do cargo "em hipótese alguma" antes do fim de março, quando termina o prazo de desincompatibilização para o caso de se candidatar a um mandato eletivo. No PMDB, Meirelles está tomando a primeira providência legal para uma eventual candidatura a qualquer eleição - do Senado Federal à Presidência da República, passando pelo governo do Estado e pela Vice-Presidência.
A hipótese mais cogitada no PMDB local, por enquanto, é a candidatura ao Senado, em chapa encabeçada pelo prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), como candidato a governador. Mas o PMDB não descarta lançá-lo ao governo, com apoio de Iris, se uma candidatura sua se mostrar viável para derrotar o senador Marconi Perillo (PSDB).
Setores do PSDB estudam questionar na Justiça Eleitoral a filiação, alegando incompatibilidade da presidência do BC com a atuação partidária. O presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), negou a iniciativa.
A ida de Meirelles para o PMDB desarranja articulação do governador Alcides Rodrigues (PP), que tentava levar o presidente do BC para seu partido e torná-lo seu candidato à própria sucessão. Agora, Cidinho - como é conhecido - busca uma alternativa. Hoje, ele conversa com o deputado Ronaldo Caiado (DEM), líder do seu partido na Câmara dos Deputados, que tenta viabilizar seu nome.
Caiado foi um dos principais estimuladores da entrada de Meirelles na política. Foi ele que convidou o então presidente do Bankboston para ingressar no então PFL em 2002, oferecendo uma vaga para disputar o Senado. Caiado levou Meirelles para um jantar no Rio de Janeiro, com a presença dos principais dirigentes do partido, para selar o acordo.
Na última hora, o então presidente da República Fernando Henrique Cardoso fez um apelo para que Meirelles fosse para o PSDB em vez do PFL. Também ofereceu a possibilidade da disputa ao Senado. Alegando não ter como recusar o pedido de um presidente, Meirelles foi para o PSDB.
Os tucanos não sustentaram o compromisso. Lúcia Vânia lançou-se candidata e, como ela tinha mais apoio na convenção partidária, Meirelles renunciou à vaga do Senado na véspera da decisão. Acabou candidato a deputado federal pelo PSDB e foi o mais votado do Estado.
Renunciou ao mandato e deixou o PSDB para aceitar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comandar o BC. Lula já havia recebido várias recusas para o cargo de pessoas convidadas. Hoje, o presidente diz ter dívida de gratidão com Meirelles pelo papel desempenhado na estabilidade da economia.
Por isso, embora não queira que ele deixe o governo, Lula mostra-se disposto a apoiá-lo no que for preciso, caso o goiano decida se candidatar. Em uma visita a Goiás, o presidente defendeu publicamente uma "grande aliança" dos partidos de sua base de sustentação em torno de Meirelles, argumentando que ele não poderia ser candidato para perder eleição.
Por esse cenário de dificuldades e pelo fato de ainda não ter uma candidatura competitiva a governador - Iris lidera as pesquisas de intenção de voto, em situação de empate com Perillo -, o PMDB de Goiás tem falado que a opção mais provável é a disputa ao Senado.
O caminho para o Senado também não seria fácil. As duas vagas de senador por Goiás que serão abertas em 2011 já têm candidatos: os atuais senadores Demóstenes Torres (DEM) e Lúcia Vânia (PSDB), que estão em fim de mandato.
Outro problema é uma representação proposta no dia 15 de setembro pelo PSDB ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás contra o presidente Lula, Meirelles, Iris, Alcides Rodrigues, o prefeito de Anápolis, Roberto Gomide (PT), e o ex-ministro José Dirceu, por prática de propaganda antecipada.
A representação foi motivada pela visita de Lula a Goiânia e Anápolis, acompanhado de Meirelles, para visitas a obras e comício. O PSDB alega que a visita "teve cunho exclusivamente político, com o objetivo de deflagrar discussões eleitorais" e lançar Meirelles como candidato ao governo de Goiás.
É com base nessa representação que uma ala do PSDB estuda questionar a filiação de Meirelles ao PMDB. Na representação ao TRE, o partido pede uma série de informações sobre gastos públicos com os eventos e liberação de servidores públicos do trabalho para participar do comício de Lula.
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