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31 de janeiro de 2008

Paulo Coelho defende a mulher Brasileira


"Ele é tão bobinho, não entendeu o que eu disse"

O regente da Filarmônica de Boston (EUA), Benjamin Zander, falou à Folha à respeito da reação de Paulo Coelho a seu comentário sobre a mulher brasileira, no Fórum Econômico Mundial, domingo, em Davos, na Suíça. O desconforto aconteceu durante um elegante jantar, com personalidades do mundo todo, no Kongress Hotel. "Ele [Zander] disse que, depois de um concerto no Brasil, mulheres levantaram a roupa e mostraram tudo, concluindo "você sabe como são as mulheres brasileiras quando querem demonstrar alegria...'", lembra Coelho. Em meio às gargalhadas, o autor de mais de 100 milhões de exemplares vendidos levantou-se e gritou: "Eu sou brasileiro, estou ofendido com o seu comentário".
Zander pediu desculpas, mas alfinetou: "Ele [Coelho] reagiu como um macho para defender a honra das brasileiras". (Por Maria Cristina Frias)




FOLHA - O que o sr. disse que surpreendeu tanto o escritor Paulo Coelho e outros brasileiros?
BENJAMIN ZANDER - Ah! Eu só estava contando uma grande experiência que eu tive no Brasil. Levei uma orquestra de 110 adolescentes americanos para lá, eles fizeram um concerto de muito, muito sucesso para 30 mil pessoas na praia de Copacabana. Na saída, várias das mulheres, três, na verdade, que eu me lembre, estavam tão animadas, tão felizes que levantaram sua roupa e mostraram tudo... Do meu ponto de vista, foi só para mostrar carinho... Ele [Coelho] é um camarada tão bobinho, não entendeu o que eu disse. Ele é um contador de história, certo? Eu sou um contador de história.
FOLHA - O escritor Paulo Coelho disse que nunca viu isso ocorrer...
ZANDER - Pode não ter visto, talvez elas só façam isso para estrangeiros [risos], mas do meu ponto de vista foi adorável. Elas só queriam dizer "nós estamos felizes em ver vocês..." e foi o jeito de expressá-lo. Foi exatamente o que aconteceu.

FOLHA - Brasileiros que estavam no recinto consideraram sua fala um desrespeito...
ZANDER - Eu estou lhe contatando uma história absolutamente verdadeira. Havia várias formas de contar, foi só para dar um colorido, foi [um episódio] totalmente sem importância... Ele considerou como um desrespeito e não teve nada a ver com isso...

FOLHA - Alguns brasileiros presentes ao jantar disseram que foi uma generalização ofensiva a todas as mulheres brasileiras...
ZANDER - É absolutamente verdade [a história]. E um escritor deveria saber que quando a gente conta uma história sobre três pessoas não está contando sobre a nação toda. Ele entendeu errado. E defendeu a honra das mulheres brasileiras como um macho.

FOLHA - O senhor se desculpou...
ZANDER - Sim, me desculpei pública e pessoalmente. E ele também poderia ter se desculpado comigo porque interrompeu uma história e você nunca interrompe um ator no meio da peça. Isso foi realmente inadequado.

FOLHA - Quando foi o concerto? O sr. tem planos de voltar ao Brasil?
ZANDER - Foi há dez anos, já fui três vezes ao Brasil, todas fantásticas. Planejo voltar sempre que possível. A gente ama ir ao Brasil, é o melhor país, o povo é tão vibrante e as platéias são mais expressivas do que em qualquer outro lugar do mundo. Se eu soubesse que essa história iria causar tanto aborrecimento, não teria mencionado. ["Não faça disso uma grande história na imprensa", pediu ao se despedir.]

29 de janeiro de 2008

Miss bruxa


A miss Stephanie Conover foi proibida de integrar o júri de um concurso de beleza no Canadá por gostar de "bruxaria"; a jovem de 23 anos venceu um concurso de miss no ano passado, também no Canadá

Vai afundar


O navio cargueiro "Gevo Victory" é fotografado depois que seus 14 tripulantes foram resgatados em águas do Líbano por um barco do Exército alemão

28 de janeiro de 2008

O chuchu


O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) é rápido e intransigente quando o assunto é eleição. A estratégia de Alckmin para ganhar uma candidatura é anunciar a intenção antes dos concorrentes dentro de seu partido e sustentar a posição até o fim, sem ceder. Ele fez isso pela primeira vez em 1994. Era presidente regional do PSDB de São Paulo e conseguiu a vaga de vice do então candidato ao governo paulista Mário Covas. Com a morte de Covas, em 2001, assumiu o governo de São Paulo e virou um político de influência nacional. Em 2006, quando era governador, Alckmin surpreendeu ao anunciar, antes dos aliados José Serra e Aécio Neves, que deixaria o cargo para ser o candidato do PSDB à Presidência da República. Aécio desistiu. Apesar das pressões em favor de Serra, Alckmin bateu o pé e foi o escolhido. Agora, dois anos depois, ele repete a tática. A nove meses da eleição municipal, Alckmin mais uma vez saiu na frente e avisou que quer ser candidato à Prefeitura de São Paulo. Nada mais distante do apelido de “picolé de chuchu”, que sugere alguém insípido, sem determinação.

O concorrente de Alckmin desta vez não é diretamente tucano. É o atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), que conta com o apoio de Serra, seu antecessor no cargo. Kassab foi eleito em 2004 como vice. Herdou a Prefeitura em 2006, depois que Serra renunciou para se eleger governador de São Paulo. Kassab já anunciou a intenção de disputar a reeleição, como se espera de ocupantes do cargo. Kassab também é um aliado e tanto do PSDB: segue o programa de governo de Serra à risca e a maioria de seus secretários são tucanos aliados ao governador. Mesmo assim, Alckmin insiste em sua candidatura. “O PSDB, como sempre, em todas as eleições, deve ter candidato próprio na cidade de São Paulo”, afirma.

A pretensão de Alckmin põe em risco a aliança nacional entre o PSDB e o DEM (o ex-PFL), mantida desde a primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso para a Presidência da República, em 1994. O clima da disputa ficou pesado nas últimas duas semanas, especialmente depois que FHC declarou ao jornal O Estado de S. Paulo que o PSDB deveria apoiar Kassab e que Alckmin deveria aguardar 2010 para ser candidato ao governo de São Paulo. Tal estratégia facilitaria o projeto de levar Serra ao Palácio do Planalto na próxima eleição presidencial, com a repetição da aliança entre PSDB e DEM. Na semana passada, a cúpula do DEM esteve em São Paulo para dar apoio a Kassab. Em resposta, partidários de Alckmin bateram boca com os aliados de Serra e com lideranças do DEM pelos jornais. Para demonstrar força, organizaram um encontro em que Alckmin recebeu o apoio de 23 candidatos à Prefeitura de cidades da região metropolitana de São Paulo.

‘‘O PSDB, como sempre, em todas as eleições, deve ter candidato próprio na cidade de São Paulo’’
GERALDO ALCKMIN, ex-governador

Na quarta-feira 23, houve um princípio de tentativa de trégua organizada pelos dois lados. Alckmin e Kassab se encontraram em um almoço promovido por José Henrique Reis Lobo, presidente do diretório municipal do PSDB. Apenas os três se sentaram à mesa para conversar. Kassab disse a Alckmin que quer ser candidato à reeleição, mas está preparado para também não ser. “A prioridade é a manutenção da aliança (entre PSDB e DEM)”, afirmou. Na avaliação de aliados de Kassab, a iniciativa teria desarmado Alckmin. Em retribuição, Alckmin disse que também queria a candidatura, pois o PSDB, por seu tamanho, não poderia ficar sem candidato na maior cidade do país. Mas admitiu que, em primeiro lugar, vem a união entre os dois partidos. Ficou combinado que os dois voltarão a conversar no futuro. Após o encontro, os partidários de Alckmin decidiram adiar eventos de apoio ao ex-governador, que estavam marcados para esta semana. “O diálogo foi importante. Não é hora de queimarmos pontes”, afirma o deputado Édson Aparecido (PSDB-SP), aliado de Alckmin.

A disputa entre os tucanos é resultado de uma divisão dentro do partido em São Paulo entre “serristas” e “alckmistas” desde 2006, quando Alckmin impôs sua candidatura à Presidência. Apesar de estarem no mesmo partido, um lado considera o outro tão – ou mais adversário – que o PT. Os “serristas” têm cargos na administração Kassab e defendem o apoio à candidatura dele. Argumentam que Alckmin seria candidato quase imbatível ao governo paulista em 2010, quando Serra pretende ser candidato à Presidência.

Os “alckmistas” defendem a candidatura à Prefeitura porque acusam Serra de isolar o ex-governador e de não conceder espaço – cargos – a eles em sua administração. “Se Geraldo esperar até 2010, será esmagado”, diz um alckmista. O principal argumento dos aliados de Alckmin para sua candidatura à Prefeitura é que ele seria o candidato mais forte na disputa contra a ministra do Turismo, Marta Suplicy, possível candidata do PT. Na pesquisa mais recente, feita em dezembro pelo Ibope, Marta aparece à frente com 27% das intenções de voto, contra 24% de Alckmin. Kassab vem em terceiro, com 12%.

Na pesquisa mais recente, a petista Marta Suplicy aparece na frente, seguida de Alckmin e de Kassab

Os partidários de Alckmin e os de Kassab concordam em um ponto. O lançamento de dois candidatos de um mesmo campo político tende a enfraquecer ambos e a facilitar a vida de Marta, se ela for mesmo candidata. Em um encontro na terça-feira 22, Alckmin disse ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, sem ele na disputa, fica mais fácil uma vitória da petista. Isso, segundo Alckmin, daria ao PT um candidato forte à Presidência em 2010.

Embora esteja fazendo tudo para ajudar Kassab, Serra, em público, tenta manter as aparências. Fora de São Paulo, muitos tucanos apóiam a iniciativa de Alckmin de enfrentar Serra. O principal deles é o governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Como Serra, Aécio também tem pretensões presidenciais. Caso o PSDB paulista apóie Kassab e ele seja reeleito, Serra pode sair fortalecido na disputa interna contra Aécio pela candidatura tucana à sucessão de Lula.

Alckmin está fora do jogo pela candidatura presidencial, mas ainda é uma peça importante no partido. Depois da derrota para o presidente Lula em 2006, ele passou uma temporada de estudos na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Desde que voltou, começou a dar aulas numa universidade e a fazer palestras. Também tem se aventurado na acupuntura. Nos últimos meses, somou a sua rotina visitas a bairros de São Paulo, numa discreta pré-campanha à Prefeitura. Aos domingos, costuma assistir a missas em igrejas da periferia de São Paulo. Sua iniciativa de se lançar candidato à Prefeitura com tanto ímpeto é um passo para recomeçar a carreira e reorganizar seu grupo político. A prova de que o chuchu é mesmo duro de roer.

Tolerância Zero

Tolerância é o respeito, a aceitação e o apreço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expressão e de nossas maneiras Preta Gil a filha do Ministro Gil, cansou de ser sacaneda...Veja por que

26 de janeiro de 2008

Vamos ás compras?



Uns acham programa de índio. Outros torcem o nariz mas compram na rua mais famosa de São Paulo, a 25 de março. Essa o prefeito louco ainda não consegui fechar. Nesta rua tem de tudo e para todos os gostos. Vai desde importados a produtos populares e com o precinho bem camarada. Ah! mas por que eu estou falando disso? Porque eu compro "buchigangas" na 25 de março, e ainda te indico.Vale apena

Vê se pode!


25 de janeiro de 2008

Dia da Afundação de São Paulo!



Paulistano reclama o tempo todo de estresse. E, quando viaja, ele é que estressa todo mundo

E hoje é aniversário de Sampa. O aniversário da cidade é hoje, e o adversário é o Kassab! O prefeito Piu Piu! São Paulo foi fundada há 454 anos e AFUNDADA na última enchente! E São Paulo é a capital da gastronomia: todo mundo come todo mundo! E São Paulo tá tão cara que você só consegue sair à noite se for pra trabalhar de flanelinha. Flanelinha de balada!

E esse sempre foi o slogan de São Paulo: "São Paulo não pode parar".
São Paulo não pode parar porque não tem estacionamento. Rarará!
Carro em São Paulo tem que pagar IPTU. Bem imóvel. Não sai do lugar!
E paulistano reclama o tempo todo que tá estressado. Que a cidade estressa. Que o trabalho estressa. E, quando viaja, ele é que estressa todo mundo. Rarará!
É verdade. Vai pro restaurante, a comida demora: "Se fosse em São Paulo, a comida já tinha chegado". Aí vai trocar o pneu: "Se fosse em São Paulo, já tava pronto".
São Paulo virou a capital do tédio: o Kassab fechou o Bahamas e o Promocenter. Acabou com as quengas e os chineses! Só falta ele fechar churrascaria e estádio de futebol! Temporada de Kassab às Quengas!

E eu sempre repito isso: São Paulo tem 679 peças, 234 shows, 1.200 cinemas. Aí você grita: "OBA! Vou ficar em casa!". Paulistano fica em casa por excesso de opção. E não por falta de opção! E tem tanto buraco que a gente devia ter convênio com borracheiro e indústria de amortecedor. São Paulo foi fundada há 454 anos e afundada no buraco. Rarará!
É mole? ...Do simão da Folha

24 de janeiro de 2008

Cidade vai às urnas escolher prefeito-tampão


Sete meses antes das eleições de 2008, moradores de Caldas Novas (GO) vão eleger em fevereiro um prefeito com mandato-tampão até o fim do ano. A campanha já começou ontem. A propaganda em rádio e TV vai começar na próxima semana.
A cidade de 62 mil habitantes, um dos principais centros turísticos de Goiás, terá seu quarto prefeito em menos de um ano.
A eleição será realizada porque a prefeita, o segundo colocado e os vices deles nas eleições de 2004 foram cassados no ano passado. A ex-prefeita Magda Mofatto Hon (PTB) foi acusada de compra de votos na eleição.

Ele não foi notícia no Brasil

Brasileiro Adriano Bastos comemora ao vencer a Maratona Walt Disney World,na Flórida (EUA); mais de 18.000 corredores paticiparam da prova

Deu água na boca?

Shopping de Hong Kong tem salgado de rabanete em formato especial para comemorar o ano do rato na China

Quem vai?

Foto da companhia norte-americana Virgin Galactic mostra maquete de aeronave, ainda em construção, para turismo espacial

A culpa não foi do Lula, Não é imprensa?

Um vôo da United Airlines teve problemas técnicos e não decolou para os Estados Unidos na noite desta quarta-feira. O vôo 8146 sairia do aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos, região metropolitana), com destino a Chicago (EUA). Ontem, a mesma aeronave partiu com destino aos EUA, mas foi obrigada a retornar ao aeroporto de Cumbica durante a madrugada. A companhia alegou problemas mecânicos. O avião transportava 142 passageiros e 12 tripulantes.

Os passageiros que partiriam nesta quinta foram mandados para o hotel Ceasar Park.
Ainda nesta quarta, um segundo avião da United Airlines, com destino a Washington, também teve de retornar. O avião levava 175 passageiros e 12 tripulantes. As causas das falhas não foram confirmadas --uma equipe de manutenção da companhia inspeciona as aeronaves.

U2

Vocalista da banda U2, irlandês Bono participa de sessão plenária durante Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça

Sobras


O presidente da Comissão Mista de Orçamento, José Maranhão (PMDB-PB), quer encerrar a novela dos cortes no orçamento da União de 2008 em 28 de fevereiro. No momento, a maior dificuldade é chegar a um acordo com o governo em relação às estimativas de receitas. O senador Francisco Dornelles (PP) estimou em R$ 22 bilhões o excesso de arrecadação. Descontadas as transferências constitucionais a estados e municípios, sobram R$ 15,4 bilhões para as emendas parlamentares. Segundo o Ministério do Planejamento, esse dinheiro não existe.

Autoridade


A Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso vai instaurar procedimento administrativo para apurar possível abuso de poder do juiz Rondon Bassil Dower Filho, da 4ª Vara Criminal de Cuiabá. O juiz deu voz de prisão para dois cinegrafistas e um fotógrafo que tentavam fazer imagens de uma audiência com uma escrivã condenada por homicídio e acusada de participar de esquema de corrupção no Fórum de Cuiabá

Cartões


Um alto executivo do banco de investimentos americano Bear, Stearns & Co. chega hoje a Brasília preocupado com o possível impacto de seis projetos de lei em tramitação no Senado nas ações das duas principais operadoras de cartões de crédito no país: Mastercard e Visa. O banqueiro se reúne amanhã de manhã com o senador Adelmir Santana (DEM-DF), autor das proposta que, entre outras coisas, quer incluir as operadoras no sistema financeiro nacional, para serem fiscalizadas pelo Banco Central.

23 de janeiro de 2008

Requião tira TV Educativa do ar, e procuradora se demite


Irritado com decisão judicial que o censurou, o governador Roberto Requião (PMDB) suspendeu ontem a transmissão de uma reunião com prefeitos que havia chamado ao Palácio das Araucárias e deixou a emissora pública fora do ar, sem programação. Ele se disse e é, vítima de censura . O gesto inesperado abriu uma crise no Executivo paranaense, agravada com o pedido de demissão da procuradora-geral do Estado, Jozélia Nogueira Broliani, a quem Requião destratou em público.

A polêmica que levou o governador a tirar a Educativa do ar teve início em dezembro, quando o Ministério Público Federal propôs à Justiça ação civil pública contra ele e a direção da TV, sob alegação de que estaria utilizando a emissora com “desvio de finalidade” para criticar adversários. Os ataques de Requião ocorriam nas reuniões da Escola de Governo, nome do programa levado ao ar às terças-feiras, quando ele recebia prefeitos e secretários de Estado oficialmente para anunciar medidas de interesse público.

O Ministério Público pretendia que a Justiça tirasse imediatamente o programa do ar. O desembargador Edgar Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, não concordou com a medida extrema, mas determinou ao governador que parasse com as críticas que atingiam até mesmo o Ministério Público e o próprio Judiciário.

Lippmann impôs, em caso de desobediência, multa de R$ 50 mil. Na reincidência, a sanção subiria para R$ 200 mil. Para o magistrado, os comentários do governador “transbordam, escancaradamente, os limites da função educativa da RTVE”.

Como parte da punição, a TV Educativa deveria pôr no ar ontem, a cada 15 minutos, uma manifestação da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em defesa do Judiciário. Essa ordem partiu do próprio desembargador Lippmann.

A emissora exibiu durante todo o dia um slide com a marca da RTVE e, de tempos em tempos, surgia um pronunciamento do presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, a favor do governador.

Requião foi além. Mandou inserir a palavra “censurado” na programação, ressaltando as suas críticas à decisão judicial. Ontem, depois de suspender a transmissão, ele tratou aos berros a procuradora-geral do Estado, insatisfeito com a linha de defesa por ela adotada. Inconformada, Jozélia pediu demissão por meio de carta.

A assessoria de Requião informou que “a procuradora não tinha mais a confiança necessária para o cargo e ao sair apenas antecipou um processo de demissão que estava a caminho”. Segundo a assessoria, “não havia mais sintonia entre a procuradoria e o governo”. O novo procurador-geral é Carlos Frederico Marés de Souza Filho.

À tarde, o juiz federal Loraci Flores de Lima indeferiu pedido da emissora para tentar suspender a obrigatoriedade de divulgação da nota da Ajufe.

A Associação Nacional dos Procuradores da República considerou as reações de Requião como atos jocosos e de desrespeito à procuradora Antonia Lelia Sanches , que entrou com a ação, e a Lippmann: “Não se pode admitir que o governador utilize suas prerrogativas como chefe do Executivo para ferir a honra de membros de outros Poderes e órgãos independentes da República.”

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Paraná classificou de inaceitáveis as agressões verbais sofridas pela procuradora, mas lamentou a decisão judicial que obriga a RTVE a veicular nota de apoio a Lippmann. “A OAB considera necessário o resgate do equilíbrio, da serenidade e do respeito.”

A ÍNTEGRA DA CARTA

“Senhor Governador

Há algum tempo tenho percebido haver divergência de sua parte com relação a posturas corretas por mim adotadas, sempre pautadas na defesa do Estado do Paraná e do interesse público. Em inúmeras situações percebi sua incompreensão, o que fez subtrair, de minha parte ao menos, a indispensável segurança que deve haver por parte do chefe do Poder Executivo aos seus secretários de Estado.

Hoje pela manhã, contudo, senhor governador, Vossa Excelência superou-se. Em público, diante da imprensa e de todos os demais secretários de Estado, as agressões verbais ultrapassavam todos os limites de tolerância, de civilidade e, com todo respeito e sinceridade, de educação também.

Na certeza de ter pautado minha atuação institucional sempre de acordo com o interesse público, comunico a Vossa Excelência que estou deixando, neste momento, o cargo de procuradora-geral do Estado e todas as outras atribuições que me foram delegadas.

Retiram-se, também, das respectivas funções, a diretora-geral, a chefe de gabinete e a assessoria técnica.”

Jozélia Nogueira
Procuradora-geral do Estado

1808 abertura para inglês ver


Nesta terça-feira 22 de janeiro, comemorou-se o bicentenário da chegada ao Brasil da família real portuguesa. Escoltada por oficiais ingleses, a comitiva real, com o príncipe regente D. João à frente, deixara Lisboa no dia 29 de dezembro de 1807, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte. Cruzou o Atlântico numa frota de 57 embarcações. O número dos que subiram a bordo no porto de Belém, no rio Tejo, é estimado entre dez mil e 15 mil pessoas. Após 54 dias e cerca de 6.400 quilômetros, D. João pisou no solo de Salvador. Na capital da Bahia, D. João firmou o mais famoso ato nos 13 anos de sua presença no Brasil: em 28 de janeiro, assinou a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas as nações amigas. A partir daquela data, foi liberada a importação de “todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias transportadas, ou em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa, ou em navios dos meus vassalos”. De uma penada só quebraram- se quase 300 anos de monopólio português. Os historiadores são unânimes: com o texto sobre livre comércio, dirigido a João Saldanha da Gama, Conde da Ponte e governador da Bahia, D. João pôs fim aos tempos de Brasil Colonial.

Existem dúvidas, porém, sobre a verdadeira motivação da abertura dos portos. Autor do livro “1808”, Laurentino Gomes destaca dois mitos que aparecem com mais freqüência nos livros de História. No primeiro deles, D. João dobrou-se aos conselhos do funcionário público baiano José da Silva Lisboa, futuro Visconde de Cairu. Discípulo de Adam Smith, “Lisboa teria apresentado um estudo a D. João sobre a conveniência de liberar o comércio do Brasil como forma de estimular o desenvolvimento econômico da colônia”. Pelo segundo mito, a decisão teria sido “um gesto de simpatia” de D. João para com os brasileiros, libertando- os do monopólio português e do isolamento comercial. O certo, entretanto, é que, com o porto de Lisboa ocupado pelos franceses, só restava ao príncipe regente abrir os portos do Brasil. E mais: a abertura dos portos era um dos itens do acordo fechado com a Inglaterra, em outubro de 1807, em troca de proteção da Coroa portuguesa aos ataques de Napoleão. Segundo o historiador Melo Moraes, “o almirante Sidney Smith só permitiria a saída da esquadra portuguesa (rumo ao Brasil) mediante as seguintes condições: a abertura dos portos e a concorrência livre e reservada para a Inglaterra, marcando-lhe desde logo uma tarifa de direitos insignificante”.

D. João, acima de tudo, pagou a dívida com os ingleses. E, em 1810, veio somar-se à abertura dos portos o tratado bilateral que reduziu para 15% a taxação de produtos oriundos da Inglaterra – tarifa bem inferior à de 24% aplicada às nações amigas e abaixo até mesmo dos 16% para importações de Portugal. Tudo isso se encaixava à perfeição com a estratégia do ministro das Relações Exteriores britânico, Lord Canning, de transformar o Brasil num empório para as manufaturas inglesas destinadas à América do Sul. Em 1809, um ano depois da abertura dos portos, já existiam mais de 100 empresas comerciais britânicas operando no Rio. Em 1812, o Brasil importou 2 milhões de libras esterlinas da Inglaterra e exportou para lá apenas 700 mil libras. A Inglaterra exportava de tudo para o Brasil. Um viajante francês chegou a ver à venda, no Rio, patins de gelo, pesados cobertores de lã e fogões de calefação de cobre para aquecer a cama. O comércio de Portugal com o Brasil foi esmagado pela concorrência britânica. As exportações para a colônia caíram de 94 milhões de cruzados para 2 milhões de cruzados entre 1807 e 1817.

O privilégio dos ingleses teve vida longa. Na verdade, as tarifas preferenciais negociadas por D. João foram estendidas a vários países depois da Independência, em 1822, e aplicadas a todas as importações em 1828, por iniciativa de Bernardo Pereira de Vasconcelos. Como resultado dessa generosa política tarifária, o mercado brasileiro era basicamente abastecido por produtos estrangeiros. Tudo que se consumia vinha do Exterior, inclusive velas e sabão. O desequilíbrio comercial, que obviamente também se refletia nas finanças públicas, só foi corrigido em 1844, quando o ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, decidiu elevar a taxação das importações. A Tarifa Alves Branco determinou que cerca de três mil artigos importados passassem a pagar taxas que variavam de 20% a 60%. As tarifas mais altas foram aplicadas às mercadorias estrangeiras que já poderiam ser produzidas no Brasil. Houve reações e a Inglaterra, como represália, aprovou a “Bill Aberdeen”, lei que permitia à Marinha inglesa perseguir navios negreiros até mesmo dentro dos portos brasileiros.


O tratado que abriu os portos às nações amigas deu preferência às compras de bens ingleses e criou uma série de distorções

Nessa época, D. João VI já havia entrado para a história como o governante que fez o Brasil deixar para trás a modorra provinciana. Ao transferir a corte portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro, ele não só enganou o grande Napoleão como elevou o Brasil à condição de reino, e, mais tarde, à de império pelas mãos de seu filho Pedro. “Os ingleses tinham vantagem comparativa graças à revolução industrial e, certamente, foram favorecidos com a abertura dos portos, mas o mais importante na decisão de D. João VI, sem dúvida, foi o fim do exclusivo colonial”, afirma o historiador e acadêmico José Murilo de Carvalho. Os méritos de D. João VI, vale dizer, não se resumiram aos benefícios da abertura dos portos. Coube a ele, nas palavras de Laurentino Gomes, “criar um país a partir do nada”. Ao chegar ao Rio de Janeiro, ele revogou um alvará de 1785, de sua mãe, que proibia a fabricação de qualquer produto na colônia. Surgiram, então, moinhos de trigo, fábricas de ferro, barcos, pólvora, tecidos e uma siderúrgica em Sorocaba. Ao voltar para Portugal no dia 26 de abril de 1821, ele sabia que o Brasil rumava para a independência. Tanto assim que disse ao filho: “Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, que para algum desses aventureiros”. A colônia, graças a D. João VI, ganhara vida própria.

O bicentenário da chegada da família real ao Brasil está sendo tratado com merecida pompa. Nesses dias de festa, a abertura dos portos é apontada como precursora da globalização. Graças à visão do príncipe regente D. João, o País ganhou músculos e ocupou espaço na economia mundial. Os ingleses lucraram, é certo, mas o Brasil também, à medida que teve acesso livre a bens materiais e culturais. D. João VI deixou uma lição importante para os responsáveis pelos destinos do Brasil. É preciso estar aberto a tudo que acontece pelo mundo afora. Só assim se toma conhecimento das novas idéias e das novas tecnologias. Sempre que optou pelo fechamento e pela xenofobia, o Brasil andou para trás.

De D.João VI à privatização
A abertura econômica teve um grande impulso em 1808, mas viveu vários refluxos no Brasil, até chegar aos dias atuais.

1808
D. João abriu os portos do Brasil para “todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com minha Real Coroa...”. Os ingleses tiveram preferência. 1840
O Parlamento antecipa a maioridade de D. Pedro II. No seu reinado, foi instituída a Tarifa Alves Branco, que elevou de 20% a 60% os impostos aduaneiros.


1846
Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, adquire o Estaleiro da Ponta d’Areia, em Niterói, onde seriam construídos navios usados nas primeiras companhias de navegação a vapor. Era o início da substituição das importações no Brasil.

1872
Iniciada a construção do primeiro trecho da Estrada de Ferro Mogiana. O governo imperial concede autorização à firma inglesa The Great Western of Brazil Railway Company, que vai monopolizar o transporte ferroviário no Nordeste. 1889
O marechal Deodoro da Fonseca incentiva a criação de indústrias e muitas se multiplicam, sem sustentação real, causando a crise do Encilhamento.

1904
Constituída com capitais ingleses, a Light inicia a construção da usina de Fontes, no Ribeirão das Lajes, em Piraí. Um ano depois, é fundada a Bahia Tramway, Light and Power Co., pelo empresário norteamericano Percival Farquhar. 1928
Fundado o Centro da Indústria do Estado de São Paulo, tendo à frente o empresário Roberto Simonsen. Começa a nascer um pensamento nacional-desenvolvimentista no País.

1929
Crise especulativa nos EUA provoca a quebra da Bolsa de Nova York. Ela repercute no Brasil com a queda das importações, favorecendo o crescimento da indústria nacional.

1930
Chega ao poder Getúlio Vargas. Na área econômica, o Estado brasileiro passa a desenvolver um novo modelo industrial, intervencionista e marcado pela forte participação estatal.


1941
União Soviética e Estados Unidos declaram guerra às forças do Eixo. Começa, em Volta Redonda (RJ), a construção da Companhia Siderúrgica Nacional, a maior obra até então realizada no País e em cujo auge chegou a mobilizar dez mil homens. 1956
Juscelino Kubitschek anuncia o Plano de Metas. Nasce um modelo desenvolvimentista na associação entre o capital estatal e o capital privado, nacional e estrangeiro.

1964
Assume a Presidência o marechal Castello Branco. Pouco tempo depois, o País volta a crescer em níveis elevados graças a um modelo baseado na abertura da economia brasileira.

1974
Com o II Plano Nacional de Desenvolvimento, Ernesto Geisel tenta incentivar setores estratégicos. Um ano depois, ele cria o Programa Nacional do Álcool, buscando-se superar os problemas decorrentes da crise mundial do petróleo. 1986
O presidente José Sarney cria o Plano Cruzado, com o objetivo principal (não alcançado) de acabar com a inflação. Com a avalanche de importações e a escassez de divisas, o plano termina em moratória da dívida externa brasileira.
1991
O presidente Fernando Collor coloca em marcha a privatização.

Vai Marta!


Debaixo de pressão do PT paulista para concorrer à prefeitura de São Paulo, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, está fazendo todo o possível para não tratar do delicado assunto. Na semana passada, desvencilhou-se de seus pares petistas e foi a Bonito, no Mato Grosso do Sul, lançar um programa de ecoturismo.A Marta está certissíma em não ceder pressões para dizer agora que é candidata. Com Lula foi assim também, todos queriam a resposta dele para ontem, Lula, deixou para o último momento. Evitou desgastes como vem ocorrendo com os candidatos tucanos, e melhor ainda, evitou que a imprensa marrom fizesse campanha antecipada contra a sua candidatura.

De pernas pro ar

Aos 76 anos, e depois de roubar muiiiiitooo o povo paulistano, o deputado Paulo Maluf se dá o direito de relaxar. Para isso, comprou uma cadeira de R$ 13 mil, um mês de seu salário como parlamentar. O novo mimo faz massagem shiatsu, prática que aperta pontos energéticos do corpo com o propósito de uma reeducação física e mental, faz alongamento e relaxamento. O pagamento foi à vista.

Maluf é um "crocodilo dentro de um imenso pântano", que participou de todos os regimes políticos, inclusive o governo militar, "servindo-os e servindo-se". O verbo malufar é traduzido como "roubar fundos públicos". Causa-me estranheza pelo fato de Maluf continuar em liberdade "circular livremente"

Lembro que em abril de 2005, em São Paulo, uma mulher chamada Maria Aparecida de Matos, empregada doméstica, 24, que só sabia desenhar o nome, mãe de dois filhos pequenos, que estava há dez meses e 26 dias na prisão por roubar um xampu no valor de "24 Reais", teve o pedido para aguardar o julgamento em liberdade negado pelo Tribunal de Justiça. Depois de ter sido agredida dentro do presídio, Maria Aparecida acabou perdendo a visão do olho direito. A liberdade não lhe foi concedida nem pelo juiz de primeira instância, nem em liminar, pelo Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. A justificativa foi que Maria Aparecida era reincidente. O número de reincidências de Paulo Maluf é incalculável.

Desde que entrou na vida pública há mais ou menos 40 anos, Paulo Maluf já foi acusado de cometer todos os crimes possíveis e impossíveis contra os cofres públicos.

O fantástico é que ao longo de toda essa história de acusações, nada acontece com o eterno acusado. Um por cento das provas apresentadas contra ele mudariam a história de qualquer marginal menos privilegiado.

Pouco tempo atrás Maluf passou uns dias na cadeia juntamente com o seu abastado filho, Flavio Maluf, que paga 217 mil reais de pensão a ex-esposa.

A prisão temporária do Dr. Paulo e do seu filho Flávio foi um caso atípico, pois cadeias, humilhações e punições foram feitas para os de pés de chinelo que roubam para comer, sejam eles culpados ou inocentes, tais como a Maria Aparecida de Matos, que roubou um xampú de "24 reais", e mofou na cadeia.

Neste país, onde os ladrões de colarinho branco abrem champanhes todo fim de semana para comemorar a impunidade e a estranha benevolência dos juizes, o destino é ficarmos sempre meditando e tentando advinhar como um cara pode pagar 217 mil reais mensais de pensão para uma mulher.

Para compensar os 40 dias que esteve preso em 2005, acusado de crimes contra o sistema financeiro, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Paulo Maluf (PP) foi eleito com a maior votação no país, de mais de 739 mil votos, equivalentes a 3,63% do total de votos válidos de São Paulo.

Depois disso, o setentão voltou ao palco da vida pública sorridente, contando piadas, bebendo uisques, irradiando demagogia e cinismo.

E assim caminha o judiciário e o legislativo no Brasil !

Fala leitor!


No comentário do blog o leitor José Lopes disse...
Por falar em Cesar Maia e no Rio, vejam o que um leitor do Globo escreveu criticando a prefeitura.

"Como morador de Botafogo é com tristeza que vejo o descaso da prefeitura em relação à quantidade de mendigos no bairro. Em menos de 30 metros, andando pela Rua Voluntários da Pátria, mais de três pessoas me pediram dinheiro, fora os que estavam dormindo nas calçadas. É um absurdo fazerem estes mutirões em Copacabana, Ipanema e Leblon e varrerem essas pessoas para Botafogo."

Até parece que as pessoas viram mendigos por opção. Isto é o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Ao invés de ressocializar os mendigos eles são afugentados da Zona Sul como o leitor comentou. Agora, o que me causa espécie é o termo usado "varrerem essas pessoas", como se os mendigos fossem lixo. E o Globo ainda publica um comentário destes.


Pelo que lemos no comentário, está na hora do prefeito maluquinho viciado em computador trabalhar -- aliás dizem que o prefeito visita centenas de sites pornôs--

Quem dá mais?


Enquanto a reforma tributária não sai, os governadores disputam a tapa a instalação de empresas estrangeiras no País. A bola da vez é a fabricante americana de semicondutores Symetrix, que quer instalar a primeira fábrica de chips da América Latina. Seu presidente, o pernambucano Marcelo Teixeira, diz que há três Estados na disputa. “O Rio está na frente, porque ofereceu 97% de isenção fiscal”, explica. São Paulo e Pernambuco estão empatados em segundo, com 75%.

Embaixadas do Lupi


Como se não bastassem seus apuros com a Comissão de Ética Pública, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, quer agora invadir a seara do Itamaraty. O presidente Lula ainda não foi comunicado oficialmente, mas Lupi promete criar, até o fim do ano, cinco representações de seu ministério no Exterior. Serão as chamadas Casas do Trabalhador, onde os imigrantes poderão “escutar música popular e comer um feijãozinho amigo”, como descreve o ministro. Quem não gostou da história foi o chanceler Celso Amorim, que indicou um funcionário para estudar o caso e já mandou avisar que é responsabilidade do I t a m a - r a t y prestar assist ê n c i a aos brasileiros no Exterior.

22 de janeiro de 2008

Ajuda providencial


A Petrobras deu uma ajudinha no dia da posse do novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que tem a imagem chamuscada por denúncias contra seu filho. Forneceu dados para Lobão afirmar que "tem proporções gigantes e é relevante para o país" a jazida de gás no poço de Júpiter - abaixo da camada de sal no campo de Tupi, revelado em 2007, na Bacia de Santos. A entrada em produção só é prevista para a próxima década.

Pedido negado


O ministro José Delgado, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou seguimento ao mandado de segurança impetrado por César Alberto Tavares de Oliveira, que pedia a suspensão da incorporação do PAN ao PTB e a interrupção do repasse do fundo partidário aos petebistas. Na decisão, Delgado alega que Oliveira não tem legitimidade ativa para o pedido, pois não demonstrou sua filiação ao partido, além de não ter anexado cópia da decisão questionada. O plenário do TSE deferiu o pedido de incorporação do PAN ao PTB em 15 de março do ano passado.

Atenção


Em pauta, a história de autoridades usufruírem o privilégio do foro especial. O deputado Marcelo Itagiba, que invoca o princípio de igualdade entre os cidadãos, apresentou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 130/07, que, para ser aprovada, precisa ser votada em dois turnos no plenário

21 de janeiro de 2008

Se fosse no Brasil a culpa seria do Lula...

Asa de avião é vista em estacionamento em Corona, Califórnia; duas aeronaves particulares bateram neste domingo, deixando ao menos cinco mortos e provocando uma chuva de destroços...
Cinco pessoas morreram, uma delas em terra, no domingo, vítimas de um choque entre dois monomotores que voavam sobre os arredores de Los Angeles, disseram, nesta segunda-feira, as autoridades. O acidente ocorreu na cidade de Corona, 75 km a este de Los Angeles, e envolveu dois Cessna, disse a Agência Norte-Americana de Aviação Civil (FAA). Pelo menos um dos aviões caiu sobre o estacionamento de uma loja de automóveis, mostrou o canal local ABC7. Quatro dos mortos estavam nos monomotores, e a quinta vítima foi atingida em terra por restos dos aviões.

Folia Paraguaia

Foliões desfilam em carro alegórico no Carnaval Encarnaceno, na cidade de Encarnación, Paraguai, neste domingo; a festa é realizada anualmente. Não estaria a moçada exageradamente cheia de roupas?

Está apoiado!

Um grupo do MST invadiu a fazenda do traficante colombiano Juan Carlos Abadía, localizada em Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre, na manhã desta segunda. Cerca de 300 pessoas estariam no local .

Na cidade do prefeito maluquinho 2

Carro cai em buraco na rua Henrique de Araújo, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, na manhã de chuva desta segunda; a motorista nada sofreu, e o carona ficou ferido. É, e cadê o dinheiro da indústria da multa criado pelo prefeito Cesar Maluco Maia? Está guardado para campanha eleitoral? Não seria melhor desembolsar para o recapiamento das ruas cariocas?

Corredor do demo

No primeiro dia da implantação da faixa exclusiva para motociclistas na avenida 23 de Maio, em São Paulo, motoristas enfrentaram trânsito lento...Querem apostar quanto que o prefeito doido, de olho no voto dos motoristas, muda de idéia rápidinho?

Filho do demo no ministério

Sob os olhares da Dilma, Lula cumprimenta o novo ministro de Minas e Energia Edison Lobão durante a cerimônia de posse em Brasília. A chefe da Casa Civil Dilma Rousseff aplaude. Lobão já anunciou mudanças na Eletrobrás.

Foi por pouco

Carro vai parar sobre laje de casa na avenida Paralela, no bairro da Paz, em Salvador; o motorista teria perdido o controle após ser fechado por outro carro; ele teve ferimentos leve

Brasil em alta

Sexta e o "Financial Times" publica a reportagem "Brasil surpreende com alta em recursos externos", de Richard Lapper e John Rumsey. Abrindo o texto, "não passa dia sem notícia de mais investimento". Diz um economista do Bear Stearns que "as pessoas estão totalmente apaixonadas pelo Brasil". No mesmo dia, o site do "Wall Street Journal" postou reportagem de Alastair Stewart com a avaliação de que 2008 poderia ser um ano "ainda mais forte" em fusões e aquisições.

20 de janeiro de 2008

Casais fazem de limusine motel ambulante


Veja essa que saiu na folha desse domingo--Por R$ 450 a hora, carros de luxo são alugados em SP para serem cenário de namoro, com pétalas de rosa e champanhe

Empresas do setor afirmam que tendência do mercado de aluguéis de luxo é usar o carro para fins particulares, como despedida de solteiro

É noite em São Paulo e a "Grand Blazer Limousine", preta e brilhante, após derramar seus 8,7 metros pelas ruas, pára no sinal vermelho. Olhos curiosos tentam, em vão, enxergar o que se passa lá dentro pelos vidros com película negra. Mas ela parte em silêncio rumo a Santos, sem nada revelar da "decoração romântica" com pétalas de rosa, plumas e champanhe em balde de prata. Nem do casal que trocava carícias, sem roupa no chão do carro, ao som de Diana Krall.

"É uma coisa exibicionista, mas você entra na onda, na loucura do momento, com os outros lá fora olhando e não vendo nada", revela um Alexandre sem sobrenome, mas satisfeito com os R$ 3.500 gastos nas cinco horas do "passeio noturno" até Santos. A idéia era repetir a emoção do filme "Uma Linda Mulher" em um passeio longo, com tempo para intimidade. "No começo ela ficou retraída, meio sem-graça", conta Alexandre. Mas os DVDs "picantes", o jazz envolvente e o champanhe ajudaram. "Já na saída da cidade começou a pegar fogo", com ela sem roupa olhando para a rodovia -e metade do corpo para fora do teto solar.

Pois lá se foi o tempo em que as limusines eram restritas a filmes, novelas e casamentos de véu e grinalda. A tendência do mercado de aluguéis de luxo é usar o carro para "fins particulares"; de esquenta para baladas a despedida de solteiro; da ida com estilo ao motel até, por que não, "cumprir o fim ali mesmo", no confortável banco de couro, rodando pela cidade.

"Quando a gente olha a mulher está girando o sutiã para fora do carro", conta o chofer, pedindo anonimato. "Mal a gente fecha a porta, já começa", diz. "Nem ligam para o trajeto. Pena a gente não ver nada."

Mercado crescente

Os anúncios de locadoras especializadas em limusines já pipocam nas revistas do hall de entrada da Black Tie -empresa que nasceu há dois anos com apenas uma "limo", mas que há meses abriu seu showroom com cinco carros em São Paulo. A idéia era sair do batido ramo casamenteiro. "Eu até tentei parar de fazer casamentos, mas ainda é arriscado", afirma Alexandre Martins, relações públicas da empresa. Ele explica que, se nos EUA a limusine é sinônimo de status e glamour, no Brasil ficou atrelada às noivas. "Queremos mudar essa imagem e associar as "limos" modernas a outro público."

Hoje, 60% dos cerca de 20 aluguéis mensais da empresa -a R$ 450 a hora- ainda são para casamentos. Mas nos outros 40% há de transfers para balada a "passeios noturnos". Um filão discreto, que cresce no boca a boca. São geralmente as mulheres que ligam para as locadoras. Tímidas, perguntam se há comunicação entre o chofer e a parte de trás. Confirmam então que o contato só é feito por interfone. E marcam um passeio de, em média, quatro horas -por cerca de R$ 1.800.

"Dá para ser bem privado", garante a advogada E. M., 29, que trouxe o marido de Sorocaba para uma noite no motel da capital -mas o surpreendeu com a limusine decorada com almofadas bordadas e trechos dos filmes românticos que marcaram a vida do casal passando nas telas de plasma. "O motel é legal mas comum. Já a limusine é uma fantasia sexual praticada no meio da rua", diz a advogada -que não hesitou em abrir o teto do carro e jogar pétalas cor de champanhe nas pessoas que passavam. "Logo a gente se soltou e aproveitou tudo o que podia ali dentro. Foi uma delícia".

Assim o mercado do amor sobre rodas vai crescendo. E. M. soube da "limo" ao procurar a Jantar a 2, empresa especializada em "noites românticas" -que de cada 30 pedidos mensais de "eventos personalizados", sete incluem limusine.

"Nós deixamos o cliente escolher desde a cor da pétala de rosa até a marca de champanhe", diz a dona do negócio, Carina Chaves. Tanto que ela lança em fevereiro o pacote "Festa na Limusine", para expandir o uso para outros eventos.

"Eu até sugiro que ela escolha uma lingerie sensual e que se sinta à vontade, porque há discrição total", garante o dono da Black Tie. Mas sempre com "alto nível". Porque "o que mais tem é neguinho querendo fazer bacanal dentro da "limo'", conta. "Até filme pornô nos meu carros já quiseram fazer. Mas meu público é "target A", esse tipo de coisa não aceito".

18 de janeiro de 2008

E a folha hiem!

Pronto. Não demorou nada. Bastou os motoboys reunir mais de 6 mil participantes em uma passeata contra o ato prefeito doido de São Paulo o Gilberto Kassab,de não mais permitir que motos usem a marginal, e já vem a Uol da Folha tentando desqualificar a categoria dos grevistas.
A folha deveria perguntar ao Kassab, quanto é que ele está levando ao obrigar os motoboys, usarem capacetes com selo obrigatório do Inmetro. E não me venham dizer que ele está pensando na segurança dos meninos da moto porque não é. Kassab não lembra de ninguém a não ser ele mesmo e nas multas que enchem o cofre da prefeitura.A folha está defendendo Kassab, ao ver que a manifestação dos motoqueiros foi bem maior que a da turma do cansei

Bob Dylan divulga datas de shows no Brasil em site oficial


O cantor Bob Dylan divulgou em seu site oficial as datas dos shows que fará no Brasil em março.

Dylan tocará em São Paulo nos dia 5 e 6, no Via Funchal. O Rio de Janeiro o receberá na Rio Arena no dia 8. Ainda não foram divulgados os preços dos ingressos e a data de início de vendas.

A viagem faz parte da turnê "Never Ending Tour" pela América Latina, que inclui México, Argentina, Uruguai e Chile.

Essa será a quarta visita de Dylan ao país. O cantor fez shows no Brasil em 1990, 1991 e 1998.

Famoso por discos clássicos como "Blonde on Blonde", de 1966, e "Blood on the Tracks", de 1975, Dylan, de 66 anos, viajou quase constantemente pelos Estados Unidos e pela Europa nos últimos anos em sua turnê.

Autor de clássicos como "Blowin' in The Wind", "Mr. Tambourine Man", "Like a Rolling Stone", "All Along The Watchtower", "Lay Lady Lay" e "Knocking on Heaven's Door", entre outras, sua influência nos rumos da música pop só é comparável à dos Beatles.

O mais recente disco de estúdio do cantor é o elogiado "Modern Times", de 2006. No ano seguinte, Dylan ganhou o Grammy de melhor performance vocal solo de rock pela música "Someday Baby", presente no álbum.

Em outubro de 2007 chegou às lojas a compilação "Dylan", que reúne seus principais sucessos.


Justiça condena Souza Cruz por obrigar degustação de cigarros


A 1ª Turma do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 1ª Região (Rio de Janeiro) condenou a Souza Cruz a pagar R$ 1 milhão por danos morais coletivos. A empresa é acusada de submeter seus empregados à degustação de cigarros com o intuito de avaliar o próprio produto e o dos concorrentes. Após tomar conhecimento da condenação, a companhia afirmou que vai recorrer.

A ação foi movida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) do Rio, que alegou violação, por parte da empresa, à legislação relativa à saúde do trabalhador ao utilizá-lo como provador de substância cancerígena e causadora de dependência química.

A investigação dos procuradores teve início após a veiculação de uma reportagem produzida pelo jornal da Rede Bandeirantes, em agosto de 2002 sobre a utilização de empregados como degustadores de cigarro. Na matéria, um ex-funcionário da empresa relatou problemas de saúde após ter sido provador do produto durante muitos anos, o que o levou a recorrer à Justiça para pleitear indenização.

De acordo com informações obtidas ao longo da investigação, o MPT afirma que a Souza Cruz mantém um setor denominado “Painel de Avaliação Sensorial”, que é voltado para a experimentação e avaliação dos cigarros produzidos pela empresa e pelos concorrentes. Os empregados avaliam se o produto provoca sensações irritantes, além do gosto, acidez, aroma, impacto ao tragar, entre outros pontos.

“A Souza Cruz viola todo o arcabouço jurídico de proteção à saúde do trabalhador. A decisão judicial é exemplar, pois acolhe a fundamentação do MPT no sentido de que os direitos fundamentais devem ser interpretados e aplicados de maneira a oferecer, acima de tudo, a devida tutela àquele que se encontra no ápice do ordenamento jurídico: o homem”, disse a procuradora Valéria Sá Carvalho da Silva Corrêa, uma das autoras da ação.

De acordo com a decisão do TRT-RJ, a empresa também deverá prestar assistência por 30 anos a cada um dos trabalhadores que
desempenham ou desempenharam a função de provadores de cigarros, bem como realizar exames médicos periódicos, tratamento médico e hospitalar e pagamento das despesas necessárias àqueles que submeteram à função.

O valor de R$ 1 milhão estabelecido em juízo será revertido ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Voluntários
A Souza Cruz nega a acusação do MPT e afirma que os funcionários nunca foram obrigados a participar da degustação e que, principalmente, se tratavam de pessoas já fumantes. “O MPT não apresentou nenhum caso de empregado ou ex-empregado que tivesse sido acometido por uma doença associada à participação no Painel. Não há que se falar em ofensa à saúde do trabalhador ou à sua dignidade, quando este já era fumante por decisão própria e decidiu participar voluntariamente das atividades de avaliação sensorial”, diz em nota.

Além disso, a empresa afirma que o MPT pretende que apenas a Souza Cruz (desconsiderando todas as demais empresas do setor) seja proibida de desenvolver atividade de avaliação sensorial dos seus produtos.

A empresa também alega que a atividade de avaliação sensorial de cigarros não é vedada por lei e, por analogia, poderia ser equiparada à atividade de “Degustador ou Provador de Charutos”, prevista no Código Brasileiro de Ocupações, que encerra função similar a dos provadores de cigarros e que também envolve produto derivado do tabaco.(Com informações do site Última Instância.)

Vende-se

O governador sanguessuga do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (14) o leilão de 1.500 quilômetros de estradas estaduais, em cinco trechos . Depois do tucano chefe ter quase vendido o Brasil, Serra vende o que sobrou em São Paulo depois que o outro não menos ladrão Geraldo Alckmin deixou o governo.

Não podia ser um da imprensa marrom?


Jornalista norueguês Carsten Thomassen, que morreu nesta segunda-feira em conseqüência do atentado suicida realizado em um hotel de Cabul, assumido pelos insurgentes talebans. Thomassen, 38, morreu na mesa de cirurgia do hospital de campanha tcheco no aeroporto internacional de Cabul, para onde foi levado junto com o funcionário ferido, informou a publicação "Dagbladet", para o qual o jornalista trabalhava, em sua edição digital.
O jornalista e o funcionário faziam parte da comitiva que acompanhava o ministro de Assuntos Exteriores norueguês, Jonas Gahr Store, que escapou ileso, durante visita ao Afeganistão. A pergunta: Quantos jornalistas da Folha, Veja, estadão e outros sa imprensa marrom já morreram?

"É coisa de caipira, de padre do interior"



A Igreja São Pedro e São Paulo, no Morumbi, está com a agenda de casamentos lotada até 2009. Para casar lá, gasta-se, pelo menos, R$ 9.000, entre aluguel da paróquia, coral e flores. Mesmo assim, diz o arquiteto Carlos Bratke, autor do projeto da igreja, o toldo por onde passam as noivas para subir ao altar dá "um ar de pizzaria" ao local. A iluminação interna, avalia, é "uma afronta ao bom gosto, para não falar das toscas imagens e esculturas que a povoam".


Bratke se refere às novas obras da igreja, feitas nos últimos anos e não previstas no projeto original, de 1968. A última delas foi a instalação de um sistema de ar-condicionado -"porque as noivas reclamavam do calor"- com dois dutos centrais no teto. "Ficou tudo exposto. Eu vim aqui e ainda fiz uma sanca para esconder [os dutos]. Mas, do lado de fora, parece uma casa de máquinas."

Segundo ele, a proposta era que a igreja fosse recheada de obras de arte: Marc Chagall faria os vitrais; José Resende desenharia um céu para a parede; Wesley Duke Lee e Carlos Fajardo iriam colaborar com o projeto. "Mas tinham pressa em inaugurar e isso ficou pra depois", diz Bratke. Acabou que Marc Chagall não fez os vitrais e os que estão na igreja, diz ele, "são infantis". "É tudo gambiarra! Coisa de caipira! Cai-pi-ra! Coisa de padre do interior!"

O arquiteto também se queixa da "cruz fosforescente" no alto da igreja, que nunca teve instalados os sinos previstos no projeto original. "Me coloco à disposição, projeto de graça, sei lá. Só não dá pra ficar assim, tudo meio brega." A Cúria da arquidiocese local diz que a paróquia tem autonomia e responsabilidade sobre as obras.

16 de janeiro de 2008

Festa


Confirmada a presença do produtor Quincy Nones no camarote do Expresso 2222, de Gilberto Gil, que completa dez anos no Carnaval de Salvador. Trará o amigo Brett Rattner, que dirigiu "X-Men 3".

Mais uma do prefeito doido


A Lei Cidade Limpa rendeu R$ 59 milhões em multas para a prefeitura -ou R$ 26 milhões a mais do que arrecadava vendendo os espaços públicos para propaganda. Entre os multados está a Vidente do Amor, uma das primeiras colocadas entre as 127,6 mil faixas distribuídas pela cidade em 2007.
Ela foi presa na semana passada, depois de uma investigação acompanhada de perto pelo secretário Andrea Matarazzo.

A lenda e a Alice de papel

No centro do Rio de Janeiro, curiosos se aglomeram há mais de três horas para ver Will Smith passar. O ator está na cidade para a pré-estréia do filme "Eu Sou a Lenda", no Cine Odeon BR. Decepção: ele chega às 21h, dispara um "Extou felix por extar no Brasil", com forte sotaque, e, 20 minutos depois, entra no cinema.

Lá, está uma Alice Braga de papel: a atriz, que integra o elenco, não pôde ir ao lançamento e é representada por um display em tamanho real. Will Smith abraça e, fechando os olhinhos, beija a Alice de papel.

Do lado de fora, um grupo de 30 fãs levanta a faixa: "Please, take a picture with us [Por favor, tire uma foto com a gente]". Esperam desde às 20h. Luciano Szafir chega super atrasado -mas quer ver o filme e tem que esperar 15 minutos até os seguranças o liberarem. Três transformistas também insistem para entrar. Não são fãs de Will Smith. "A gente está aqui só para aparecer. Vamos fazer um show agora", diz Withy Kimberley, 22, 1,94 m de altura, e Érika Vogel, 25, strippers, e Kimberly Karr, 20.

"Acho muito legal quando o astro do filme vem. A gente se sente prestigiado." É Luma de Oliveira, que chega ao cinema e provoca correria entre os repórteres. O diretor Francis Lawrence e o produtor e roteirista do filme, Akiva Goldsman, têm de esperar o fim da gritaria para terminar uma entrevista. Antônio Pitanga, pai da atriz Camila Pitanga, chega gritando: "Eu sou a lenda! Eu sou a lenda!".

Depois do filme, os convidados partem para o Rio Scenarium, na Lapa. Os VIPs são divididos entre os que usam pulseirinhas amarelas -convidados da Warner e o próprio Smith- e verdes -a maioria, com acesso restrito ao primeiro andar.

Todos podem ver Smith de fora, mas não chegar perto. Até que começa a apresentação de Carlinhos de Jesus. O astro tenta sambar, requebra como se tocasse um funk e faz uns passos de break. A escola de samba Imperatriz Leopoldinense começa a tocar. Smith dança com as passistas, "batendo bundinha" com uma delas. Às 2h, ele assume o microfone e canta um rap: "Oh, say hey! Say make money money money...".

Antes de começar a terceira "apresentação" em sua homenagem, Smith está sentado ao lado de Ildi Silva. O MC Marechal puxa o refrão: "Ô, ô, ô, ô, cadê o isqueiro? Demorou formar o bonde dos maconheiro!". Ildi tenta explicar o significado da letra, fazendo gestos com as mãos. Ele parece entender, balança a cabeça e sorri. Às 3h, discretamente, ele desaparece.

Veja a última novidade de um prefeito descontrolado mentalmente. Ele pensa que é o dono da cidade, mas na verdade é apenas um doido com o poder nas mãos.Kassab quer proibir "garupas" em motocicletas. Pode? Pode sim, para quem é loco para aparecer na mídia pode tudo!

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse ontem que é "pessoalmente" a favor da proibição de passageiros nas garupas de motocicletas. Um projeto de lei sobre o tema deve ser votado pela Câmara nos próximos meses.
A proposta do vereador Jooji Hato (PMDB) foi vetada pela então prefeita Marta Suplicy (PT) em 2003. Na época, a prefeitura disse que a proposta era incompatível com a legislação federal, já que o Código Brasileiro de Trânsito permite um passageiro nas motocicletas.

O assunto voltou após a declaração do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), de que estudaria uma forma de implantar a proibição.
Kassab defendeu a medida: "Está provado que esta questão está vinculada à violência, que existem assaltos coordenados por pessoas que estão na garupa. Eu defendo, sim." Segundo ele, se a Câmara aprovar o projeto, a prefeitura vai viabilizá-lo. "Quero que São Paulo sirva de referência para outras cidades."

E mais uma do prefeito louco..pra aparecer no jornal...

Os motoboys prometem reagir às medidas anunciadas pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). Entre as ações está proibir as motos de circular pelas pistas expressas da marginal Tietê e Pinheiros.
Duas das três associações que disputam o posto de representante oficial da categoria em São Paulo falam em fazer manifestações para, entre outras reivindicações, pedir a revogação das novas medidas.

"A resposta vai ser dada na rua", disse Ademir Martins, presidente do Sindimoto-SP (Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas de São Paulo).
As três entidades entendem que a limitação da circulação nas marginais pune os motociclistas pela insegurança no trânsito e é "inconstitucional", pois atacaria o direito de ir e vir. O apoio de Kassab ao projeto de lei que proíbe a carona também foi recebido com críticas.


O Sindicato dos Mensageiros e Motociclistas de São Paulo promete um ato público na sexta, em local ainda não definido.
A AMM (Associação dos Mensageiros Motociclistas) apoiará o evento. Foi a entidade que comandou, na semana passada, um protesto que parou a marginal Pinheiros e causou trânsito na avenida Paulista. O ato foi contra o aumento seguro obrigatório e as novas exigências do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) -entre elas o uso de capacete certificado.

O Sindimoto-SP também prepara um ato -para o dia 22. Os manifestantes percorrerão o centro antes de decidir, em assembléia na avenida Paulista, se farão manifestações-surpresa nas semanas seguintes. Esse é o verdadeiro vagabundo. Não trabalha e ainda atrapalha quem trabalha.

Baixaria no ar


Gente perde o senso de ridículo. Se que que já teve um dia. Depois da primeira festa no Big Brother Brasil, a BBB Tathiana Bione exagerou no álcool e deu o maior vexame na casa. Veja a cena aqui se achar que deve

15 de janeiro de 2008

Leite pode ter reajuste em SP após mudanças no ICMS


O preço do leite longa vida deverá aumentar, depois que o governo do Estado de São Paulo publicou dois decretos ampliando o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o produto procedente de outros Estados, desde o início deste mês.

Segundo a Scot Consultoria, especializada em agronegócios, São Paulo responde por 7% dos 26 bilhões de litros de leite produzidos no país anualmente, porém consome 40% desse total. O longa vida equivale a 70% do leite consumido no Estado.
Por fazer parte da cesta básica, até 31 de dezembro o leite longa vida tinha benefício fiscal de 7% sobre o preço de venda, independentemente de sua origem. Agora, sobre o leite produzido em outros Estados a alíquota de ICMS é de 18%.
Segundo tributaristas, há créditos tributários e estornos que varejistas e produtores usam, mas, feitas as contas, o longa vida de fora será majorado em seis pontos percentuais.

Parte da indústria paulista também será afetada, já que compra parte do leite cru de outros Estados para ser industrializado em São Paulo.
Para os tributaristas, não é possível saber de quanto será o aumento nos preços, já que cada fabricante traz quantidades diferentes de outros Estados. "Como São Paulo não tem auto-suficiência, certamente haverá aumento de preços", afirma Adolpho Bergamini, advogado do Braga & Marafon Consultores e Advogados. "Além disso, haverá custos também para o varejo, que não controla a origem do leite. Isso poderá ser repassado ao consumidor."

Os fabricantes de São Paulo também pagarão agora alíquota zero de ICMS. Segundo Clóvis Panzarini, da CP Consultores, até então pagavam 0,3%. Para incentivar a pecuária leiteira paulista, o governo concedeu ainda crédito tributário equivalente a 1% sobre o valor das aquisições de leite cru produzido em São Paulo.
A indústria paulista comemorou. "São Paulo virou um mar de cana e laranja pois os produtores de leite não tinham como competir com outros Estados, por conta de créditos tributários", diz Pedro Ribeiro, diretor da fabricante Shefa.

Ameaças

Algumas empresas, como a Alimentos Nilza e a Jussara, ameaçavam até fechar fábricas em São Paulo. "Trazemos 60% do leite que produzimos de outros Estados e, mesmo assim, achamos que será positivo para a indústria paulista", diz Marcelo Canho, diretor da Nilza. Segundo ele, a empresa não elevará o preço do longa vida.
Já os produtores de Minas Gerais, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul estão se unindo em uma ação contra o decreto de São Paulo, que consideram inconstitucional. Para eles, além de aumento de preços, poderá haver desabastecimento de longa vida em São Paulo.

"Com a nova medida, não somos mais competitivos em São Paulo", diz Alfredo Correia, diretor-executivo do Sindileite (Sindicato das Indústrias de Laticínios) de Goiás. "Iremos nos voltar para a exportação de leite, que é mais lucrativa, e não atenderemos São Paulo."
Segundo Celso Costa, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais, a medida fará com que o leite produzido em outros Estados fique entre 7% e 7,5% mais caro do que o de São Paulo.

Na corte de Fidel

"Granma", "Juventud Rebelde", Prensa Latina. Pela cobertura estatal, o mesmo enunciado e um relato de agenda, ditado: "a visita contribuirá para aprofundar relações de amizade e cooperação existentes entre os dois países." Não, nada de Fidel com Lula. E em lugar da crítica recente do cubano ao brasileiro, pelo etanol, uma carta saudando a reeleição -enviada em 2006.A BBC Brasil ouviu "diplomatas brasileiros", para quem "o encontro é certo" e "Fidel já não tem falado sobre o etanol". Mas a corte prossegue com a Agência Brasil indicando acordo em petróleo, a Reuters Brasil dando na manchete que "Lula oferece US$ 1 bi" etc.

14 de janeiro de 2008

Quanto vale um preso


Minas Gerais privatizará a construção e a gestão de cinco penitenciárias, que, juntas, terão a capacidade de abrigar 3.000 detentos. Os administradores serão escolhidos em uma licitação a ser anunciada nesta semana pelo governador Aécio Neves. Vencerá quem oferecer o menor preço para manter os presos. O teto estipulado é de 70 reais por dia por detento, 20% menos que o gasto atual.

OS VENCEDORES DA TELEFONIA (ATÉ AGORA)


Financiados pelo BNDES, Sérgio Andrade e Carlos Jereissati estão perto de comprar a Brasil Telecom, mas ainda têm de superar a resistência dos fundos de pensão e confirmar uma mudança na lei

CARLOS JEREISSATI: dono da La Fonte conseguiu seu lugar no projeto Oi/BrT apenas na reta final

Na semana passada, a mais emocionante novela empresarial brasileira parecia entrar, finalmente, no último capítulo. Com R$ 4,8 bilhões obtidos junto ao BNDES, a operadora de telefonia Oi compraria a Brasil Telecom (BrT), criando a maior empresa nacional de telecomunicações. Um gigante com receitas de quase R$ 30 bilhões e metade das linhas fixas em operação no País. No fim da história, essa empresa seria comandada pelos dois homens escolhidos pelo governo para consolidar o setor: Carlos Jereissati, do grupo La Fonte, da rede de shopping centers Iguatemi, e Sérgio Andrade, da construtora Andrade Gutierrez. Com a bênção do Palácio do Planalto, a aquisição vem revestida de argumentos nacionalistas. A tese é que o País precisa de um grupo local forte para enfrentar a espanhola Telefônica e a mexicana Telmex, dona da Claro e da Embratel. Daí o apoio ostensivo e generoso do BNDES à operação. Mas, no fim da semana, os dois protagonistas desse enredo já demonstravam uma certa apreensão. Na noite da quinta-feira, Jereissati e Andrade reuniram-se longamente no Rio de Janeiro para avaliar os impactos do vazamento do negócio. “Foi um desastre”, disse à DINHEIRO uma fonte próxima à Oi.

SÉRGIO ANDRADE: construtor, que pretendia reinar sozinho, terá de se compor com seu sócio na Oi
A questão é que a operação se tornou pública antes que a lei a permitisse. Foi antecipada na edição da semana passada da revista ISTOÉ, na coluna Brasil Confidencial, e detalhada, dias depois, no Radar Online, da Veja. No modelo da privatização de 1998, idealizado pelo ex-ministro Sérgio Motta, o Brasil foi dividido em três regiões para que se evitasse um monopólio privado. A Oi, antiga Telemar, engloba os Estados do Sudeste, à exceção de São Paulo, todo o Nordeste e parte da região Norte. A BrT, por sua vez, presta serviços no Sul, no Norte e no Centro-Oeste. Para que a união das empresas se concretize, o presidente Lula terá antes de assinar um decreto mudando a Lei Geral de Telecomunicações. E seria muito mais conveniente, para todas as partes, que o negócio fosse realizado dentro do marco legal – e não fora. Isso acabou gerando um enorme constrangimento. A Oi, por exemplo, não pode anunciar a compra, porque o ato seria ilegal. E a BrT também não pode admitir a venda, porque isso, em tese, contraria o interesse dos acionistas. Se a idéia dos sócios é se desfazer da empresa, o ideal seria buscar o maior preço e negociá-lo com vários interessados – e não com apenas um deles. Até mesmo para o Planalto a situação é negativa. Como o negócio vazou, o presidente Lula, se quiser mesmo a operação, terá de assinar um decreto para atender interesses específicos. Seria uma lei sob medida, ad hoc, que alguns poderão chamar de “lei Sérgio Andrade” ou “lei Carlos Jereissati”. Daí o desconforto dos dois principais sócios da Oi. Além disso, muitos lembrarão que a Oi investiu mais de R$ 10 milhões na Gamecorp, empresa que tem como sócio Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente, e que Sérgio Andrade foi o maior doador de recursos para a campanha de reeleição de 2006, com R$ 6,4 milhões. Em julho do ano passado, a própria DINHEIRO já havia antecipado, em reportagem de capa, que o dono da Andrade Gutierrez havia sido escolhido pelo governo para reinar na telefonia.

O COMPRADOR: com faturamento de US$ 8,7 bilhões, a Oi é a maior operadora fixa do País
Por conta de tudo que cerca essa operação, a última semana foi farta em boatos. Sócios da Oi atribuíam aos fundos de pensão o vazamento dos detalhes do acordo. Isso porque há a suspeita de que Sérgio Rosa, presidente da Previ, estaria sabotando o negócio. Na semana passada, o jornal Valor Econômico publicou a informação de que a Previ pretendia pulverizar o capital da Brasil Telecom. Se isso acontecesse, a venda para a Oi se tornaria praticamente inviável. “Ficaria muito mais cara”, avalia a analista Luciana Leocádio, da Ativa Corretora. A explicação é simples. Hoje, os sócios da Oi estão comprando, na verdade, a Solpart. Essa é uma holding que está no topo da cadeia de controle da Brasil Telecom e custaria R$ 4,8 bilhões. Se houvesse uma pulverização, a Solpart desapareceria e todas as ações teriam o mesmo peso. Neste caso, a Oi seria forçada a fazer uma oferta geral aos acionistas, o que poderia custar R$ 20 bilhões – ou até mais. Como a Previ continuaria sendo a maior investidora da BrT, dificilmente perderia o controle. Poderia se eternizar no comando.

O VENDEDOR: com receita de US$ 5,3 bilhões, a BrT é a menos endividada do setor
Curiosamente, foi justamente o rumor da pulverização que acelerou o curso da história. Na segunda-feira, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, interrompeu suas férias numa praia da Bahia e disparou uma ligação para Sérgio Rosa. Disse que ele só tinha uma opção: colaborar. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, também estava de férias em Miami, mas fontes do Ministério garantiam que Rosa seria “enquadrado”. E tudo indica que foi. Na própria segunda-feira, os fundos acertaram o preço do negócio com a dupla Andrade-Jereissati. No mesmo dia, coincidentemente, o governo determinou ao Tesouro Nacional que repassasse R$ 12,5 bilhões ao BNDES. Dinheiro, naturalmente, não tem carimbo. O banco alegou que os recursos servirão para ampliar a capacidade de financiamento do banco, mas o fato é que a operação de venda da BrT para a Oi envolve muito mais do que os R$ 4,8 bilhões da venda da Solpart. O banco de fomento, comandado pelo economista Luciano Coutinho, ajudará Carlos Jereissati e Sérgio Andrade a comprarem as ações de outras duas empresas que fazem parte do bloco de controle da Oi: Asseca Participações (do fundo GP) e Lexpart (do Opportunity e do Citibank). Cada uma das duas custará cerca de R$ 750 milhões. O banco também deve financiar a aquisição das ações em poder de seguradoras do Banco do Brasil – neste caso, as conversas relativas a preço ainda são incipientes. Finalmente, será preciso desembolsar uma boa quantidade de dinheiro para os detentores de outras ações ordinárias da Brasil Telecom, que têm direito ao chamado tag along – equivalente a 80% do prêmio de controle. Tudo isso pode fazer com que a operação custe cerca de R$ 15 bilhões. Procurado pela DINHEIRO, o presidente do BNDES, que é o principal articulador financeiro dessa aquisição, preferiu não comentar o negócio.

No desenho final, a posição acionária da La Fonte e da Andrade Gutierrez deve aumentar significativamente. Hoje, cada uma das empresas tem 10,3% da holding que controla a Telemar. Depois dos empréstimos oficiais, elas poderiam chegar a 27,5% – juntas, portanto, teriam o controle da nova empresa, com 55% dos votos, embora alguns defendam que a participação seja de 51%. De uma forma ou de outra, minoritários no negócio seriam o próprio BNDES, com 25%, e os fundos de pensão, que têm 20% das ações. E era isso que Sérgio Rosa pretendia evitar. Mas se a operação de fato se confirmar, será a segunda vez que Sérgio Andrade e Carlos Jereissati arrematam um bom naco da telefonia brasileira com dinheiro público. Num livro publicado em 2005, chamado O Príncipe: Pequena História da Participação da Previ na Privatização da Telebrás, o ex-gerente da fundação, Antônio Luiz Freitag, revelou que o consórcio que arrematou a Oi chegou ao dia do leilão de privatização com apenas R$ 171 milhões. Da primeira parcela do pagamento, de R$ 1,37 bilhão, o governo teria arcado com R$ 1,2 bilhão, através dos fundos de pensão e do próprio BNDES. O “príncipe”, no livro de Freitag, era Carlos Jereissati.

Apesar do constrangimento gerado pelo vazamento, tudo indica que a aquisição será mesmo realizada. Ela tem o aval de Dilma Rousseff, que prega uma “relação íntima entre Estado e setor privado” e sonha em ser candidata ao Palácio do Planalto em 2010. Outro defensor do negócio é Hélio Costa, que concorrerá ao governo de Minas Gerais no mesmo ano. Ambos querem impor uma cláusula no futuro acordo de acionistas, impedindo a venda a grupos estrangeiros. Além de apoio político, não há resistências empresariais. O banqueiro Daniel Dantas, ex-controlador da BrT que poderia ser visto como o perdedor da história, é um dos entusiastas da operação. Com a venda de suas ações na BrT e na própria Oi, através da Lexpart, ele deve embolsar mais de R$ 1 bilhão. Além disso, seus olhos hoje estão voltados para o agronegócio. A GP, do financista Fersen Lambranho, também tem pressa em sair da Telemar. A prioridade é investir em petróleo e mineração, atividades que exigem menos traquejo político. O Citibank precisa de dinheiro para cobrir as perdas da crise do subprime. Por fim, os concorrentes da Brasil Telecom e da Oi têm-se mantido em obsequioso silêncio, o que sinaliza a existência de um grande acordo. Com a mudança na lei, a Telefônica poderá incorporar a TIM, que foi comprada na Itália. E os executivos da Portugal Telecom, que tem como sócio o mexicano Carlos Slim, também estão ansiosos para adquirir a totalidade do controle da Vivo. Ao que tudo indica, todos os interesses empresariais foram acomodados. E, na oposição política, apenas uma voz se levantou. “Se Lula tiver a ousadia de fazer o decreto, teremos a decência de ir à Justiça para impedilo”, disse o deputado Rodrigo Maia, líder do DEM na Câmara.

DEPOIS DE LIDERAR UM MOVIMENTO CONTRA A OPERAÇÃO, A PREVI TERIA SIDO “ENQUADRADA” PELO GOVERNO

LUIZ FALCO, DA OI: ligado à La Fonte, é o favorito para ficar à frente da nova Oi
Se essa operação conseguir superar as resistências que ainda restam, Andrade e Jereissati terão um novo desafio pela frente, que é o de aprender a conviver em paz. Desde a privatização, houve vários momentos de tensão entre os dois. Nos primeiros anos da Telemar, Andrade era o fiador do executivo Manoel Horácio Francisco da Silva, que presidia a empresa. Jereissati, no entanto, foi quem articulou sua demissão. Tempos depois, ambos se uniram na guerra movida contra Dantas, numa fase inicial da disputa pela Brasil Telecom. Mais tarde, também compraram a briga contra os italianos da Telecom Italia. Há quem diga até que os dois têm qualidades complementares. Um é mestre na arte da persuasão, outro, na técnica da coerção. Goste-se ou não do estilo de um ou de outro, o fato é que venceram. “Temos que tirar o chapéu para os dois”, avalia Naji Nahas, que atuou como consultor da Telecom Italia ao longo dessa guerra corporativa. “Conseguiram o que sempre tentaram fazer”.

Aos amigos, Carlos Jereissati garante que selou a paz com Sérgio Andrade. “Estamos totalmente alinhados”, é o que tem dito. Mas o plano inicial da Andrade Gutierrez, no entanto, era outro. Previa uma associação com a Portugal Telecom, que compraria as ações de todos os sócios privados da Oi – incluindo Jereissati. Isso se desenhava no tempo em que o ministro Hélio Costa falava em criar uma plataforma “luso-brasileira” de telecomunicações. Pouco tempo depois, Jereissati definiu essa criação como um “travesti luso-brasileiro”. E, por alguma razão, ele, que tem bem menos trânsito no Palácio do Planalto do que Sérgio Andrade, conseguiu embarcar com força total na operação.

Agora, uma das incógnitas é a definição do executivo que comandará a nova empresa. Luiz Falco, presidente da Oi, é mais próximo à La Fonte e vem sendo apontado como o favorito. Ricardo Knoepfelmacher, chefe da BrT, é ligado à Andrade Gutierrez. Os dois ambicionam o comando da megatele nacional. O mesmo vale para os dois novos donos da telefonia brasileira. E muitos apostam que, depois da vitória desta semana, haverá ainda um último round na guerra pelo domínio das telecomunicações no País. Depois que todos os demais personagens foram sendo abatidos e ficando pelo caminho, sobraram apenas dois: Carlos Jereissati e Sérgio Andrade. A paz é definitiva?

A doce vida Sarkozy


Presidente francês viajou com a namorada com tudo pago por um amigo bilionário. Qual é o limite para um político?

CASAL DO MOMENTO: a voluptuosa italiana Carla Bruni e Nicolas Sarkozy em uma viagem faraônica

"Em tudo o que fazemos, temos em vista alguma outra coisa." A frase é de autoria do filósofo grego Aristóteles (384 a.C-322 a.C) e serve para espelhar as relações que envolvem dinheiro e poder. Traduzindo: é o famoso toma lá dá cá. E é esse costume politicamente incorreto que tem feito os franceses torcerem o nariz para o presidente Nicolas Sarkozy diante da dolce vita do chefe de Estado e de sua namorada, a voluptuosa italiana Carla Bruni, em suas recentes férias no Egito. O casal embarcou em um jatinho Falcon 900, se hospedou em hotéis cinco-estrelas e tirou fotos apaixonadas diante das pirâmides de Gizé. A viagem em si não é o problema. O que tem causado incômodo aos franceses é que a conta foi paga por Vincent Bolloré, dono do grupo de mídia Havas, de empresas nas áreas de transporte e energia, e "amigo do peito" do presidente francês. "Como está Bolloré nos negócios?", indagou Benoît Hamon, porta-voz do Partido Socialista francês. "Penso que faz bons investimentos. Hoje está investindo em Nicolas Sarkozy, que é um bom negócio para ele", ironizou. O respeitado jornal Le Monde foi além e classificou a viagem de "algo indecente".

A questão é: um presidente da República pode aceitar presentes como esse? "Se houver conflitos de interesse, não é correto", diz Claudio Couto, professor de ciências políticas da PUC-SP e da FGV-SP. De acordo com a imprensa francesa, os negócios de Bolloré com o Estado representam apenas 1% do faturamento de suas empresas. É pouco, mas o suficiente para levantar vozes mais inflamadas. Essa, aliás, não é a primeira vez que Sarkozy faz isso. Logo depois de vencer as eleições, o chefe de Estado usou o iate de Bolloré para descansar em Malta. Além do suposto conflito de interesses, uma ação como essa não condiz com a imagem de sobriedade de Sarkozy, cuja bandeira na campanha eleitoral era aumentar o poder de compra dos franceses - promessa ainda não cumprida. "Do ponto de vista político, arranha a imagem dele", diz Claudia Matarazzo, chefe do cerimonial do governo do Estado de São Paulo e consultora de etiqueta. Esse tipo de incômodo não é exclusividade dos franceses.

Nos Estados Unidos, o presidente Bill Clinton chegou a alugar o quarto onde Abraham Lincoln (1809-1865) dormiu na Casa Branca para aumentar o caixa de campanha para a sua reeleição. As relações do empresariado com os políticos também foram alvo de escândalos no Brasil. Quem não se lembra de Fernando Collor, então presidente da República, desfilando no iate do empresário Alcides Diniz, em Angra dos Reis, no Réveillon de 1990, enquanto o País sofria com a inflação?

FERNANDO COLLOR: ex-presidente do Brasil, passou o Réveillon de 1990 em um luxuoso iate do empresário Alcides Diniz, em Angra dos Reis, quando o País sofria com a inflação


BILL CLINTON: para reforçar o caixa de sua campanha de reeleição à Presidência dos EUA, o ex-presidente chegou a alugar o quarto onde Abraham Lincoln (1809-1865) dormiu na Casa Branca

O Citi piscou primeiro


A operação de compra da companhia telefônica Brasil Telecom pela Oi teve uma ajuda inesperada da crise imobiliária americana. Pressionado por um rombo que, segundo o jornal The New York Times, poderá chegar a US$ 5 bilhões, o Citibank (um dos controladores da Brasil Telecom, junto com o fundo de pensão Previ) passou a defender a venda imediata da empresa. Até o ano passado, o Citi imaginava obter mais de US$ 1 bilhão pela sua parte, por meio de uma pulverização de ações. Mas era uma operação arriscada. A venda para a Oi rende menos, mas o dinheiro chega logo ao caixa do banco americano. Os controladores da Oi – os empresários Sérgio Andrade e Carlos Jereissati – vão colocar R$ 4 bilhões de capital próprio para apressar o acordo.

Pega o Rolex no seio, senão leva tiro


“Vai passando o Rolex, moça”, disse o motociclista. Apontou a arma para a janela do táxi numa das principais avenidas engarrafadas de São Paulo. “Não tenho relógio nenhum”, respondeu a passageira, que acabara de aterrissar no aeroporto de Congonhas. “Passa, senão leva tiro. Pode pegar logo o Rolex, taí no seu seio.” Atônita, ela tirou do sutiã o relógio que ganhara do noivo e o entregou ao ladrão.

Essa história aconteceu na semana passada e me foi contada pelo taxista que conduzia a moça. Não é um fenômeno novo. Antes, olheiros nos aeroportos só identificavam pastas com notebooks ou grupos de turistas estrangeiros. Agora, eles também avisam os motoqueiros assaltantes quando alguém esconde em público um objeto de valor em sua roupa íntima.

O roubo desse Rolex não teria sido evitado se estivesse em vigor no país a “medida de urgência” sugerida pelo governador do Rio, Sérgio Cabral: “Vamos proibir, por decreto, garupas em motos”. Dessa vez, não havia garupa, só piloto. Mas, ao mexer na ferida, Cabral abriu um bate-boca nacional. Um dos crimes mais em moda envolve duplas de motociclistas: o garupa é quem saca a arma. Na virada do Ano-Novo, o filho do ortopedista Lídio Toledo, o Lidinho, de 35 anos, acabou paraplégico depois de ser baleado por motoqueiros bandidos. Na quarta-feira 9, no bairro carioca da Tijuca, um empresário safou-se de dois bandidos numa moto que o abordaram com pistolas cromadas. Só fugiu porque seu Toyota é blindado.

A OAB e o Denatran consideram a proposta de Cabral inconstitucional. Alegam falta de autonomia do Estado. O governador os chama de “burocratas de plantão”. Os brasileiros se dividem. Uns acham que proibir garupa é uma medida tão inócua quanto a do marido traído que decide tirar o sofá da sala. Outros acham que a foto de Cabral sem capacete, na garupa de um mototáxi na Rocinha, em campanha em 2006, não lhe dá credibilidade. Os motociclistas do bem acham um absurdo a proibição – eles levam na garupa namoradas, filhos, irmãos. Usam a moto para lazer e trabalho. A maioria defende um policiamento ostensivo, que fiscalize motos irregulares e apreenda as roubadas.

Mas muitos cariocas adoram o estilo “Cabral radical”. Têm medo dos garupas. O governador do Rio tem um poderoso aliado: o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, também é a favor de proibir carona em moto, e disse a ÉPOCA que fará tudo para regulamentar essa lei. Não só para reduzir assaltos. Kassab quer dar um basta ao massacre de motoqueiros nas ruas de São Paulo: são mais de 20 acidentes por dia, um morto por dia na pista, fora os que morrem no hospital ou ficam inválidos.

Motos já simbolizaram rebeldia, aventura e juventude transviada. Em Sem Destino (Easy Rider), filme americano de 1969, Peter Fonda e Jack Nicholson cruzam os Estados Unidos de moto e fumam maconha em cena. Mais de 30 anos depois, o que parecia transgressão é fichinha.

Motos de passeio, no Rio e em São Paulo, derrapam em todo o tipo de irregularidade. Andam na contramão, na calçada e nas passarelas. Um enxame de mototáxis, não regularizados e destrambelhados, costura os engarrafamentos...

Easy Rider foi ovacionado em Cannes em maio de 1969. Hoje, as cenas de motos nas ruas brasileiras estão mais para filme trash.