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30 de agosto de 2009

Estado do Emigrante

O Conselho de Emigrantes Brasileiros realizou em julho, no Rio de Janeiro, uma reunião preparatória para a II Conferência de Brasileiros no Mundo, que vai ocorrer entre 14 e 17 de outubro, também no Rio, com a organização do Ministério das Relações Exteriores. O encontro, que poderá ser aberto pelo presidente Lula, debaterá, entre outros assuntos, a criação de uma Secretaria de Estado da Emigração ou Estado do Emigrante.

O movimento Estado do Emigrante foi criado pelo jornalista Rui Martins, que mora na Suíça, para contribuir pelo bem estar dos brasileiros que vivem no exterior. Os emigrantes reivindicam apoio do governo brasileiro em questões relacionadas à regularização migratória nos mais diversos países, e a temas como educação, cultura, trabalho, previdência, saúde e representação política. Mais informações no site Brasileiros no Mundo.

Pense nisso

"Dizei mal uns dos outros, senhores políticos. Ficai sabendo, contudo, que as injúrias e verdades que trocais, são justamente as que o povo pensa de vós". Do escritor norte americano M.A. Camacho.

28 de agosto de 2009

Governo Lula injeta até R$ 100 bi na Petrobras

O governo pretende capitalizar a Petrobrás com uma oferta pública de aumento da capital da estatal de até R$ 100 bilhões. O pagamento da parte da União será feito em títulos públicos. O aumento de capital tem como finalidade garantir recursos à estatal para adquirir as áreas de exploração do pré-sal que serão leiloadas, segundo apurou a Agência Estado. A decisão de capitalização já está tomada e a Casa Civil apenas fecha os detalhes da medida provisória (MP) que vai autorizar o governo a fazer a emissão dos títulos.


No modelo desenhado pelo governo, que será anunciado na próxima segunda-feira, a expectativa é de que os minoritários acompanhem a União, acionista majoritário, e participem do aumento de capital. Nesse caso, o governo não precisará fazer a emissão total em títulos. A ideia é que a MP seja enviada o mais rápido possível após o lançamento do modelo. Mas ainda não há prazo.

A União fará uma emissão direta de títulos, num modelo semelhante ao usado no caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A diferença é que para o BNDES o governo optou em fazer um empréstimo de R$ 100 bilhões, que será pago no futuro pelo banco.

A capitalização visa a fortalecer a posição da União na estatal nesse ambiente de exploração da camada da pré-sal. Sem esse aporte, a avaliação é de que a empresa não teria condições de participar dos leilões e depois ainda fazer os investimentos para a exploração do petróleo.

A União detém 55% das ações ordinárias da companhia e 32% do capital total. Pela Lei das S.As., a União não pode capitalizar a empresa sem fazer oferta de novas ações também aos minoritários. Se os acionistas minoritários não participarem da oferta. Por outro lado, nessa hipótese, a União ganharia mais peso na estatal.

"Quem é o acionista minoritário que não vai querer participar desse aumento de capital?", disse uma fonte do governo que participa do grupo de trabalho que elabora o modelo de exploração do pré-sal. Em troca de mais ações, o governo vai dar à Petrobrás os títulos. Para o restante dos acionistas, se não quiserem ver sua participação diluída, a opção será o pagamento em dinheiro.

No mercado, porém, a proposta foi recebida com ressalvas. As ações da estatal fecharam o pregão da Bovespa em queda de 1,43%, mesmo em dia de alta no preço do petróleo. Após o pregão, caíram mais superando os 2%. "Sempre que se oferece quantidade grande de ações , o valor de escassez do papel diminui", explica o analista do UBS, Gustavo Gatass.

"Nunca antes na história do Universo se viu um volume tão grande no mercado de uma só vez", comentou Eduardo Roche, chefe de Análise da Modal Asset. Embora concordem com a necessidade de garantir maiores recursos de investimentos da estatal, especialistas questionam se o governo estaria disposto a assumir o risco de ampliação do capital estrangeiro na empresa, que hoje já é superior aos 32% em mãos do governo.

27 de agosto de 2009

Que mico!!




A polícia paulista do governador José Serra, que você não vê nas ruas quando precisamos, foi hoje alvo de chacota e piadas de mau gosto.

O que se viu nesta manhã, foi um verdadeiro aparato digno de filme hollydiano, da Swat americana.

A PM foi acionada por volta das 9h40 para averiguar um objeto, encontrado perto de um poste. Para a PM, era uma granada. O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) seguiu para o local vistido a caráter, como se estivessem indo para uma guerra em campo minado, e isolou a área.

Para os trabalhos da polícia, o acesso da marginal foi interditado.Ruas foram fechadas e ninguém podia passar nas proximidades. A lentidão se estendeu pela marginal e nos dois sentidos da avenida Ordem e Progresso(nome bem sugestivo, aliás). Por volta das 12h, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrava 63 km de congestionamento em São Paulo, ou 7,5% das vias monitoradas.

E então veio a notícia...duas horas, segundo a corporação, a suposta granada localizada na ponte do Limão (zona norte de São Paulo), era um vidro de perfume que tem o formato de uma granada(foto).

Ahhh bom!

Achei que a bomba fosse um político do PSDB passeando por S.Paulo

22 de agosto de 2009

Vai ter que se explicar

Os petistas acreditam que os tucanos vão passar a campanha eleitoral explicando suas posições sobre o Bolsa Família e as privatizações, entre outros temas. O PSDB criticou muito estes projetos do governo federal, além de continuar com as privatizações no governo paulista sob o comando do José Serra

O presidenciável Aécio Neves tem deixado de lado o jeito mineiro de ser. Em entrevista recente, o tucano disse que é necessário reduzir o atual número de ministérios do governo Lula. Será que o PSDB vai propor a extinção de ministérios como o do turismo, o da pesca, o da mulher e da igualdade racial? Esses setores atingem milhões de eleitores que, talvez, não queiram ser reduzidos a um departamento ministerial.

Mercadante lá?

A decisão do senador Aloizio Mercadante (PT) de não renunciar ao cargo de líder da bancada vai muito mais além de uma simples carta do presidente Lula para que ficasse no cargo. Mercadante, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Lula, em 1989, teria ouvido alguns cantos de pássaros no Palácio do Planalto.

21 de agosto de 2009

Após pressão, Dersa rediscute valores do Rodoanel

Após pressão do Ministério Público Federal em São Paulo e do Tribunal de Contas da União - que apontou indícios de irregularidades no pagamento de R$ 236 milhões a empreiteiras por serviços previstos, mas não realizados (7,2% do contrato), e na execução de obras não previstas originalmente, da ordem de R$ 244 milhões, no trecho sul do Rodoanel - a estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) está revendo pagamentos exigidos pelas empreiteiras que executam os cinco lotes da obra. Em pelo menos dois lotes, a companhia está debatendo R$ 145 milhões cobrados pelas construtoras, apurou Terra Magazine. O trecho sul do anel viário ligará o município de Mauá e as rodovias Anchieta e Imigrantes à Régis Bittencourt.

No final de julho, o MPF-SP recomendou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit-SP) que bloqueasse recursos federais à obra enquanto o TCU não julga o caso. À Dersa, o MPF recomendou que não assine novos aditivos contratuais para pagamentos por serviços não previstos nos contratos originais enquanto o TCU avalia a legalidade dos atos praticados durante as obras do trecho sul.Leia mais

Kassab quer pagar R$ 21,5 mil a secretários

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vai aumentar em 302,29% os salários dos secretários municipais e em 172,38% os ganhos dos 31 subprefeitos. A vice-prefeita, Alda Marco Antonio (PMDB), terá aumento de 290,62%.
A medida que estabelece esses reajustes salariais será encaminhada à Câmara Municipal nas próximas semanas.
A decisão foi anunciada ontem pelo secretário de Modernização, Gestão e Desburocratização, Rodrigo Garcia (DEM), deputado estadual licenciado.
Os aumentos, segundo ele, fazem parte da reforma administrativa que será iniciada até o fim deste ano e vai atingir todo o funcionalismo municipal.
"Carreiras que estão produzindo pouco e ganhando pouco nós queremos que elas produzam mais e ganhem mais. Tem uma economia por trás disso, que é melhor eficiência e maior agilidade", disse Garcia.
Os salários dos secretários vão passar de R$ 5.344,35 para R$ 21.500 -mesmo valor da vice-prefeita, que hoje recebe R$ 5.504,02. Os subprefeitos, que ganham R$ 6.791,94, terão seus salários equiparados aos dos diretores das empresas (CET, SPTrans, Emurb, SPTuris, Cohab e Prodam): R$ 18.500.
Embora autorizado, Kassab decidiu não reajustar seu próprio salário, de R$ 12.384,06.
Os novos salários precisam ser aprovados pelos vereadores e passarão a valer a partir do próximo ano. Serão gastos até R$ 9,5 milhões a mais com o aumento para os 27 secretários e os 31 subprefeitos.
Os reajustes foram anunciados após a Câmara aprovar, anteontem, o projeto de lei de Kassab que mudou a Lei Orgânica do Município para fixar o teto do funcionalismo em R$ 22.111 -90,25% do salário do ministros dos STF (Supremo Tribunal Federal). Antes, o teto era o salário do prefeito, mas a regra não era aplicada.
Esse projeto, que aguarda sanção do prefeito, permite a definição anual dos salários do prefeito, vice e secretários.
Com o novo teto, os secretários ficarão proibidos de acumular jetons por participação nos conselhos de administração das empresas. Essa era a maneira que o governo tinha de elevar os ganhos dos integrantes do primeiro escalão.
Os jetons continuarão a ser pagos aos ocupantes de cargos de confiança de escalões inferiores. São conselheiros de empresas municipais -por exemplo, o ex-deputado e presidente nacional do PPS, Roberto Freire, e o arquiteto Candido Malta.
Rodrigo Garcia disse que cerca de 300 servidores que recebem mais que o novo teto terão os salários cortados. Com isso, afirmou, a prefeitura vai economizar cerca de R$ 6 milhões por ano. Os reajustes dos secretários e subprefeitos, no entanto, já superam essa economia.
João Batista Gomes, secretário-geral do Sindsep (sindicato dos servidores municipais de São Paulo), criticou a medida. "Não somos contra estabelecer um teto. Mas só fizeram isso para aumentar os salários dos secretários."
Ele disse que, se a reforma for implantada, a primeira medida deveria ser elevar o piso dos servidores, hoje de R$ 440 (fora as gratificações).Folha

19 de agosto de 2009

Luiz Inácio Lula da Silva

Depois de pedir cautela com a biografia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e até se reunir com ele num ato de solidariedade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o parlamentar. Em entrevista à Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, onde esteve ontem lançando obras do PAC ao lado do governador Sérgio Cabral e do prefeito, Eduardo Paes, ambos do PMDB, Lula usou tom firme. Exigiu apuração das denúncias, mas rechaçou qualquer tentativa de derrubada de Sarney do cargo. O presidente apontou o cronograma de execução do PAC como positivo, mas não deu estimativa de quantas das ações previstas no megaprograma seu governo conseguirá entregar. Lula criticou a burocracia que atrasa as obras, falou de futebol, da falta de privacidade como presidente e destacou planos de continuar na política. Confira os principais pontos.


Críticas ao PAC

Os meus críticos certamente não fizeram obras. Eles não sabem a dificuldade de fazer. Hoje, entre você pensar, fazer o projeto executivo, o licenciamento prévio, a licitação e começar a obra, às vezes leva três anos. Demora de seis meses a um ano para conseguir o licenciamento. Quando você faz uma licitação, a empresa que perde entra na Justiça para impugnar a seleção. Aí são meses de briga na Justiça. Quando está tudo pronto, aparece alguém do MP (Ministério Púbico) que entra com uma ação. No Brasil, há poucos para construir e muitos para proibir que você construa. Então, demora.

Crise do Senado

Eu defendo que haja um processo, uma apuração correta, e depois um julgamento correto. Se a pessoa for culpada, paga pelo crime que cometeu. Veja o Sarney. Ele pediu investigação da Polícia Federal sobre o filho dele, pediu para a Fundação Getulio Vargas um estudo da questão do Senado para criar um novo gerenciamento da Casa. Até agora, tomou as medidas que tinha de tomar. Temos que esperar a investigação, porque se acharmos que as pessoas têm que ser condenadas pela manchete de um jornal, ninguém faz mais nada neste país. Eu defendo para mim, defendo para você e para a pessoa mais humilde que está nos ouvindo. Eu quero um julgamento correto, quero que haja investigação. O que não quero é o oba-oba do denuncismo.

Processo de cassação

Se a gente não toma cuidado, a gente vai eleger o prefeito e o governador e, no dia seguinte, você derruba eles (sic). O que quero é justiça. (…) O Senado tem instrumentos. Já cassou o ACM, o Jader Barbalho, o Arruda, tirou o Renan da presidência da Casa. O que não dá é para as pessoas acharem que você pode trocar um presidente de uma instituição todos os dias. É menos que apoiar um homem, é apoiar a instituição.

Sem intermediários

Uma coisa importante é que o povo brasileiro hoje já não precisa mais de intermediário para fazer sua compreensão política. Aquele negócio de formador de opinião pública caiu por terra. Aparecer um cidadão todo engravatadinho na televisão às 22h, dando palpite, achando que aquilo vai mudar a cabeça das pessoas, acabou. O povo tem rádio, mais alternativas de jornal, internet. O povo está esperto, estudando, comendo mais. E percebe pelo olho quando a pessoa está mentindo ou contando a verdade.

Fim de mandato

Quando terminar o mandato, quero voltar à vida normal. Encontrar os amigos. (…) Quando estou em casa, gosto de pescar. Criamos peixes lá dentro do Alvorada. Tenho pintado de 30 quilos, de 20 quilos, pacu de 12 quilos (…). Eu agora estou lendo o novo livro do Chico (Buarque), Leite derramado. Então, passo um pouco da noite lendo. E vejo televisão. Quanto mais bobagem, melhor. Quero limpar a cabeça. Todos os ministros sabem que não devem me ligar depois das 22h para dar notícia ruim. E não gosto que me liguem no fim de semana.

Depois da presidência

Devo muito o que sou à Marisa, à personalidade dela, à dedicação dela para cuidar dos meus filhos. Quero sossego. Vou deixar a presidência com 65 anos. Aos 65 anos, tenho consciência de que o tempo pela frente é infinitamente menor que o tempo que eu tive para trás. Então, tenho que melhorar a qualidade de vida. O que não vou deixar de fazer é política. Vou continuar, mas fazendo outras coisas.

"Corrupção aparece quando se investiga"

Em inauguração de obras na favela Pavão-Pavãozinho, encravada entre os bairros nobres de Ipanema e Copacabana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os casos de corrupção que vêm à tona decorrem da investigação que tem sido estimulada no país pelo seu governo. "A corrupção só aparece nos jornais quando você está investigando, se alguém denuncia. Se você quiser jogar embaixo do tapete, ninguém vai saber que tem corrupção. É só perguntar aqui no Rio de Janeiro ou de em qualquer lugar do Brasil quanto nós contratamos de policiais federais", disse ontem, na inauguração das obras de moradia popular na favela, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em seu discurso no Pavão-Pavãozinho, Lula disse que seu governo tenta mudar a forma de fazer e compreender a política. "De vez em quando, a gente sofre com isso e sofre muito", disse, citando que 90% das investigações abertas pelo Tribunal de Contas da União e pela Polícia Federal são pedidas pela Controladoria Geral da União.

Lula reclamou do excesso de fiscalização sobre as obras públicas, o que acaba por atrasar os prazos de entrega, passando pela exigências ambientais e pelo crivo do TCU ou de concorrentes derrotados em licitações. O presidente, no entanto, culpou a própria legislação vigente. "O Brasil precisa ser destravado. As pessoas não levam em conta o prejuízo que tem uma obra parada de 8 meses, dois anos", disse.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT a presidente e batizada de "mãe do PAC" por Lula, estava prevista para participar do evento, mas não compareceu. Na rua por onde passou a comitiva presidencial, a presença mais aguardada era mesmo a de Lula. Entre os vários moradores ouvidos pelo Valor, ninguém citou Dilma. "Nem sei quem é ela", disse um operário das obras e morador da favela à espera do presidente do lado de fora do ginásio onde ocorreria a solenidade de entrega das chaves das novas habitações. "Vim ver o Lula. Ele é o presidente", dizia.

Em entrevista a uma rádio local, Lula voltou a defender o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), alvo de diversas denúncias. Disse que seu apoio ao senador é para resguardar o Senado. "É menos do que apoiar o homem, é apoiar a instituição", afirmou e defendeu um "processo justo de investigação", mas se opôs ao que chamou de "esse oba-oba de denuncismo". "Isso não dá certo em lugar nenhum do mundo", afirmou.

Lula esteve depois em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde inaugurou mais obras do PAC sem a presença de Dilma Rousseff. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, que acompanhavam o presidente, foram vaiados. Estudantes reclamaram da política de transporte público de Cabral e moradores de áreas não contempladas pelo PAC protestaram contra Lindberg.

17 de agosto de 2009

CPI politiqueira

A agenda do setor de infraestrutura deverá mobilizar os parlamentares na semana. Os parlamentares da Comissão de Minas e Energia discutirão amanhã (17) às 14h30 os impactos da construção da Usina Hidrelétrica de Estreito, no Maranhão. A reunião ordinária da comissão terá a participação do Movimento dos Atingidos por Barragens e dos representantes do Consórcio Estreito Energia.

A pauta da área de infraestrutura também será discutida amanhã, no Senado Federal, em painel às 18h na Comissão de Serviços de Infraestrutura, com a participação do empresário Ralph Lima Terra, vice presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base; e dos economistas José Márcio Camargo (PUC/RJ), Eduardo Freitas Teixeira (consultoria Creta).

Na terça-feira (18) pela manhã, a Comissão de Assuntos Econômicos deve votar em caráter terminativo o projeto de lei (PL nº 520) que institui a incidência da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a importação e comercialização de bebidas alcoólicas.

No mesmo dia, às 14h, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras promoverá audiência com a cúpula da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Na a quarta-feira (19), os senadores e deputados da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização deverão votar os projetos de lei que alteram o Orçamento da União. Entre os seis projetos previstos, há um que abre um crédito especial de R$ 4,8 bilhões para encargos financeiros.

Na área social, a agenda da Câmara destaca a realização também na quarta-feira do 1º Fórum sobre Deficiência Intelectual. O evento, realizado pela Comissão de Direitos Humanos e pelas Associações de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae), tratará do desenvolvimento das pessoas com a deficiência, relações com a família e acessibilidade.

Amanhã, o dia na Câmara começa com uma homenagem, às 10 horas, ao compositor Dorival Caymmi morto há um ano.

Guerra da audiência chega aos ônibus de São Paulo

Na coluna de Daniel Castro ficamos sabendo que a Globo continua firme no monopolio da lavagem cerebral. Veja essa; A Globo lança hoje um serviço de TV para ônibus em São Paulo. Inicialmente, serão 300 veículos transmitindo uma programação pré-gravada, mas atualizada todos os dias.

O "programa", de uma hora, será reprisado continuamente. Trará resumos dos capítulos do dia anterior das novelas -"Malhação", "Paraíso", "Caras & Bocas" e "Caminho das Índias"- e "informações de caráter de prestação de serviços".

Outros 30 ônibus transmitirão o sinal digital da Globo, ou seja, terão a programação da emissora em tempo real. Cada ônibus terá dois monitores de LCD de 24 polegadas. As linhas que terão o serviço não foram divulgadas pela emissora.

O lançamento da Globo leva para os ônibus a guerra da audiência. A rede acelerou a entrada em vigor do projeto, em desenvolvimento há alguns meses, ao saber que a Record planeja algo semelhante. A Record, que pretendia ser mais rápida, confirma o projeto, mas diz que ainda é "confidencial".

Ao levar sua programação para os ônibus, a Globo garante um público que perde horas todos os dias no trânsito. É uma forma de fidelizar a audiência e de atrair público que normalmente não vê TV. É também uma tentativa de conquistar telespectadores que migraram para as novelas da Record.

Os ônibus que carregarão a Globo são de viações que têm contrato com a empresa Bus Mídia. A Globo diz que não terá custos com a operação. A receita da Bus Mídia virá de publicidade, que terá de seguir o manual de práticas comerciais da Globo. A emissora também negocia com cooperativas de táxi.

14 de agosto de 2009

Record assume dízimo e Globo vai ao Congresso

E a guerra continua. Ontem à noite se desenrolou mais um capítulo da guerra entre Globo e Record, as duas maiores redes de televisão do país. No Jornal da Record, apresentado por Ana Paula Padrão e Celso Freitas, a emissora do Bispo Macedo assumiu publicamente que o dízimo é a base de sustentação da Igreja Universal do Reino de Deus e ouviu depoimentos de deputados e senadores, em Brasília, contra o monopólio da Globo. Já o Jornal Nacional, comandado por William Bonner e Fátima Bernardes, voltou a atacar o dízimo como forma de exploração da boa fé dos seguidores da Universal.

O Jornal da Record acusou a Globo de ter desrespeitado um espaço religioso, uma vez que um repórter da rival entrou num templo da Universal com uma câmera escondida no intuito de mostrar as doações dos fiéis. A reportagem da Record afirmou que os fiéis têm orgulho de dar o dízimo e mostrou trechos da biografia de Edir Macedo, em que ele fala que a doação é um compromisso, não uma obrigação.

A Record correu ao Congresso para repercutir os ataques da TV Globo à Record.

– Se não tivermos uma imprensa que separe suas pretensões da política não teremos política de fato – comentou o deputado Fernando Ferro (PT-PE).

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criticou o poderio da emissora, enquanto o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a Globo não é mais “como era”

– Esse monopólio da Globo desapareceu.

Vice-presidente da Câmara, o petista Marco Maia salientou a necessidade da pluralidade e equivalência de poder para as emissoras, e lembrou o direito ao debate:

– Quanto mais espaço o cidadão tiver melhor para a democracia.

Para o senador Magno Malta (PR-ES), o sucesso da Record “incomoda, com seu crescimento”, o que foi ao encontro da opinião de Brizola Neto (PDT-RJ):

– Sentimos uma resistência muito grande, a Globo não quer perder esse monopólio.

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), frisou que a Justiça apenas recebeu, e ainda não acolheu, a denúncia do Ministério Público

No Jornal Nacional, três senadores (entre eles Garibaldi Alves Filho) e três deputados (Rodrigo Maia foi um deles) falaram sobre a obrigação de se investigar as acusações do Ministério Público, porque os fiéis devem ser respeitados e o uso do dízimo deve ser transparente. Raul Jugman falou em “exploração da fé”. Mostrou ainda o deputado Bispo Rodovaldo (da “bancada evangélica”) defendendo, falando que o dinheiro doado pra Igreja pode ser usado nas coisas onde haja o nome da Igreja.

Corrupção;PSDB representa contra procuradores


O PSDB nacional entrou com representação no Conselho Superior do Ministério Público contra os seis procuradores que pediram o afastamento da governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, em ação de improbidade administrativa. A Justiça negou o pedido.

Yeda ainda é alvo de dois pedidos de impeachment na Assembleia Legislativa, feitos pelo PSOL e pelo Fórum dos Servidores Público. Rompido com Yeda, o vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) também teve seu afastamento pedido ontem pelo deputado estadual tucano Coffy Rodrigues. Ele diz que Feijó cometeu improbidade administrativa em contratos de prestação de serviço entre sua empresa e a Universidade Luterana do Brasil.

Feijó nega irregularidades.

— Isso confirma o agravamento da crise política no Rio Grande do Sul — disse o presidente da Assembleia, Ivar Pavan (PT), que assumiria o governo, se os dois forem afastados.

Em nota, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), manifesta “perplexidade” e “indignação” com a atuação do MP. Para o PSDB, a entrevista em que os procuradores anunciaram a ação contra Yeda “teve roteiro próprio aos anúncios de espetáculos”. Segundo o PSDB, os procuradores acenaram com uma “bomba atômica”, mas se viu “o genérico, sem apresentação de qualquer fato”.

A Associação Nacional dos Procuradores da República, em nota, defendeu os procuradores.

“Não há rigorosamente nenhum caráter eleitoral na ação da parte do Ministério Público Federal. Ela baseia-se na análise técnica de provas, à luz da legislação em vigo

Pandemia lucrativa


" Considero uma bênção ter sido o cientista responsável por inventar o Tamiflu "

O doutor Norbert Bischofberger fica irritado quando alguém argumenta que ele está cada vez mais rico graças à gripe suína, também conhecida como Influenza A. Mas a verdade é exatamente essa. Como inventor do Tamiflu, única droga eficaz contra o vírus H1N1, o austríaco tem direito a uma saudável fatia dos lucros obtidos com o medicamento.

Rendimento que tem disparado em consequência de os governos, preocupados com a pandemia, estocarem mais e mais doses do remédio. Bischofberger liderou o time que, nos anos 1990, desenvolveu o medicamento no laboratório americano Gilead e pavimentou seu caminho para a vice-presidência da companhia, cargo que ocupa até hoje.

Além da porcentagem direta das vendas do Tamiflu, portanto, Bischofberger também ganha sempre que o Gilead recebe mais e mais royalties sobre o comércio do medicamento, atualmente distribuído pela suíça Roche. Sem contar sua fatia no Tamiflu, Bischofberger acumula um salário anual de US$ 650 mil no laboratório.

Além disso, ele tem mais de US$ 53 milhões em opções de compra de ações do Gilead, papéis que também se valorizam à medida que as vendas do Tamiflu crescem. Segundo a Roche, apenas nos seis primeiros meses deste ano, as vendas de Tamiflu chegaram a US$ 938 milhões. Governos de países de todo o mundo foram responsáveis por US$ 612 milhões desse total, de acordo com o laboratório. Segundo Bischofberger, porém, o dinheiro não foi sua motivação para desenvolver o medicamento. Para ele, foi uma bênção ter sido o cientista responsável pela criação da droga, pois ela pode fazer a diferença na vida de várias pessoas.

O austríaco vai mais longe, e diz que o trabalho, e não o dinheiro, é o que mais importa para ele. Segundo Bischofberger, independentemente do quanto ganha, acorda diariamente às quatro e meia da manhã e, às sete, já está no escritório. Ainda que diga não se importar com dinheiro, o austríaco sabe o que fazer com ele. Recentemente, ele adquiriu o Hotel Sonne, no norte da Áustria, por 12 milhões de francos suíços (cerca de US$ 11,03 milhões), para transformálo em um spa de luxo.

Indiretamente, Bischofberger aposta que continuará lucrando alto com o Tamiflu, já que não espera melhora no quadro da pandemia mundial de Influenza A. O cientista relativiza informações que indicam que o vírus H1N1 começa a se tornar resistente ao medicamento. Para Bischofberger, esses dados podem ser resultado de avaliações feitas em pacientes menos sensíveis ao Tamiflu, e não porque o remédio não é mais eficaz.

Além disso, não há atualmente no mercado nenhuma droga tão eficiente quanto essa para o combate à gripe suína. Ainda que vários outros medicamentos estejam sendo desenvolvidos, assim como vacinas contra a doença, é pouco provável que possam afetar a demanda cada vez maior pela droga no curto e médio prazos.

A preocupação de governos, como o brasileiro, ainda deve sustentar as vendas do remédio por um bom tempo. Pensando nisso, a própria Roche já começou a elevar sua capacidade de produção. Em 2010, o laboratório espera ter condições de fabricar anualmente até 400 milhões de doses do Tamiflu. Tudo isso contribuirá, também, para elevar os rendimentos do dr. Bischofberger. Ele, porém, também se mostra preocupado e, a exemplo dos governos de todo o mundo, começou a estocar em casa o medicamento que inventou.

Conhecendo o inimigo de perto, ele afirma que uma bactéria ou vírus como o H1N1 representa uma ameaça muito maior à humanidade do que uma guerra nuclear. Mas, enquanto a hecatombe biológica não acontece, sua conta corrente vai muito bem, obrigado

13 de agosto de 2009

Alguém topa?

Que tal algum senador propor acabar com os cargos de livre nomeação da Presidência do Senado? Os senadores só ficariam com o direito de nomear os assessores do seu gabinete. Aliás, seria uma boa medida para as Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais em todo o país. Que tal?

Fica Sarney


A melhor receita para por fim à crise no Senado é Sarney botar focinheira na oposição e recomendar umas doses elevadas de chá de erva-cidreira pra todo mundo. Sem isso vai ser muito difícil a retomada da normalidade dentro da mediocridade reinante no Congresso Nacional. O Senado tem que voltar a funcionar, por pior que seja esse funcionamento. O impasse não beneficia ninguém.

O presidente do Senado tem maioria no Conselho de Ética e é isso que conta. Não adianta essa chiadeira toda, porque a situação será resolvida no voto. Só a oposição não se deu conta disso e quer afastar José Sarney do cargo sem ter votos para tanto.É sim aquilo que disse Renan.PSDB é minoria que quer ser maioria.

Ao distribuir essa pancadaria, cria problemas até para o PT, que se encontra numa encruzilhada: atender aos apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e receber suas bênçãos para a reeleição no ano que vem, ou contrariar o governo, crente que será beneficiado votando pelo afastamento de Sarney.

O oportunista


Protógenes Queiroz descartou esta semana o PDT do leque de opções para seu ingresso na política. Não gostou que dirigentes dessem como certo seu ingresso no partido. “Afirmo apenas que concorrerei por legenda da base de sustentação do governo.” O nome da “noiva” será conhecido no dia 2 de setembro. O delegado informou ter em mãos pesquisa que lhe atribui potencial de uns 500 mil votos. Animado, chutou a modéstia: “Virei um partido.”

Sem nada para fazer


Na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados discute-se mudar o batismo da BR-101. A segunda maior estrada federal do País, com 4.125 km, ganhou o nome de Mário Covas no governo de FHC. A ideia é que só o trecho que corta São Paulo reverencie o ex-governador. Os demais teriam outros homenageados. Parece bobagem. E é.