Com a inauguração de um novo parque eólico no Ceará, com 105 megawatts (MW), na próxima quinta-feira (10), o Brasil ampliará para 547 MW a potência instalada dessa fonte renovável. O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEeólica), Lauro Fiuza, disse hoje (4) que até o final do ano outros parques que estão em construção devem começar a operar, o que elevará a potência instalada no país para 900 MW. Segundo ele, ainda falta ao Brasil um plano de longo prazo para impulsionar a energia eólica.
Fiuza participou hoje, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de seminário promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio (Apimec/RJ). De acordo com ele, os países que tiveram expansão da fonte eólica contaram com programas de governo, com metas de quantidade a ser comprada, preço e período determinado.
“Isso é fundamental para que as indústrias se instalem e para que os empreendedores iniciem os seus investimentos em detecção de áreas, arrendamento, medição de vento e estabelecimento de projetos no longo prazo. Achamos que a primeira etapa a ser incrementada agora é estabelecer um plano”. Esse plano englobaria a contratação, por dez anos, de mil MW/ano de energia eólica, o que resultaria em 10.000 MW no período final.
Na avaliação do presidente da ABEeólica, falta decisão política para definir esse plano para o setor. Ele observou, porém, que, já existe um discurso unificado no Brasil sobre a importância da geração eólica. “As autoridades estão fazendo o mesmo discurso que estamos pregando há dois anos, o que nos deixa muito otimistas”. Fiuza estima que até o final de 2010 o potencial instalado da energia eólica brasileira chegará em torno de 1.300 MW.
Em comparação a outros países que também investem na fonte eólica para geração de energia - como Portugal, onde são gerados 2.870 MW -, Fiúza afirmou que o Brasil ainda está muito atrasado. Diferentemente de outras nações, entretanto, o Brasil apresenta uma situação particular, reunindo todas as condições que permitem produzir energia renovável em abundância, sob todas as formas: hidrelétrica, eólica, biomassa, solar. Essas condições, assinalou, permitem que o Brasil tenha crescimento e desenvolvimento econômico por muito tempo, com total independência.
“Dentro desse contexto, a eólica agora passa a ser vista com outros olhos”, disse Fiuza. Isso decorre do fato de as reservas hidrelétricas contidas na região de mais alto consumo, que é a costa brasileira, já terem sido esgotadas, explicou. “Daqui para frente, todo o nosso potencial a explorar está na Amazônia. E ali a tecnologia sai de grandes reservatórios que acumulam muita água”.
Naquela região, com as usinas a fio d’água (que não possuem reservatórios), a energia tem que ser complementada por outras formas de geração. “E a eólica é a [fonte] de maior potencial, seguida pelas pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e biomassa. E, futuramente, pela solar”.
Fiuza disse que as projeções do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no que diz respeito à energia eólica, já serão ultrapassadas com o leilão de reserva programado para novembro próximo. O Plano Decenal prevê que a geração eólica alcançará 3.000 MW em 2017. “O plano está sendo anualmente modificado. É apenas uma sinalização. E como sinalização, ele está péssimo,. Enquanto que, para o ano, o novo PDE já vai acenar para uma participação da eólica bem mais forte.”
Agência Brasil
Fiuza participou hoje, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de seminário promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio (Apimec/RJ). De acordo com ele, os países que tiveram expansão da fonte eólica contaram com programas de governo, com metas de quantidade a ser comprada, preço e período determinado.
“Isso é fundamental para que as indústrias se instalem e para que os empreendedores iniciem os seus investimentos em detecção de áreas, arrendamento, medição de vento e estabelecimento de projetos no longo prazo. Achamos que a primeira etapa a ser incrementada agora é estabelecer um plano”. Esse plano englobaria a contratação, por dez anos, de mil MW/ano de energia eólica, o que resultaria em 10.000 MW no período final.
Na avaliação do presidente da ABEeólica, falta decisão política para definir esse plano para o setor. Ele observou, porém, que, já existe um discurso unificado no Brasil sobre a importância da geração eólica. “As autoridades estão fazendo o mesmo discurso que estamos pregando há dois anos, o que nos deixa muito otimistas”. Fiuza estima que até o final de 2010 o potencial instalado da energia eólica brasileira chegará em torno de 1.300 MW.
Em comparação a outros países que também investem na fonte eólica para geração de energia - como Portugal, onde são gerados 2.870 MW -, Fiúza afirmou que o Brasil ainda está muito atrasado. Diferentemente de outras nações, entretanto, o Brasil apresenta uma situação particular, reunindo todas as condições que permitem produzir energia renovável em abundância, sob todas as formas: hidrelétrica, eólica, biomassa, solar. Essas condições, assinalou, permitem que o Brasil tenha crescimento e desenvolvimento econômico por muito tempo, com total independência.
“Dentro desse contexto, a eólica agora passa a ser vista com outros olhos”, disse Fiuza. Isso decorre do fato de as reservas hidrelétricas contidas na região de mais alto consumo, que é a costa brasileira, já terem sido esgotadas, explicou. “Daqui para frente, todo o nosso potencial a explorar está na Amazônia. E ali a tecnologia sai de grandes reservatórios que acumulam muita água”.
Naquela região, com as usinas a fio d’água (que não possuem reservatórios), a energia tem que ser complementada por outras formas de geração. “E a eólica é a [fonte] de maior potencial, seguida pelas pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e biomassa. E, futuramente, pela solar”.
Fiuza disse que as projeções do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no que diz respeito à energia eólica, já serão ultrapassadas com o leilão de reserva programado para novembro próximo. O Plano Decenal prevê que a geração eólica alcançará 3.000 MW em 2017. “O plano está sendo anualmente modificado. É apenas uma sinalização. E como sinalização, ele está péssimo,. Enquanto que, para o ano, o novo PDE já vai acenar para uma participação da eólica bem mais forte.”
Agência Brasil
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