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15 de fevereiro de 2009

Quer trabalhar? Sobram vagas em Rio Verde (GO)


Uma lista com ofertas de empregos é atualizada diariamente no site da Prefeitura de Rio Verde, município do interior de Goiás de 149.382 habitantes responsável por 1% de toda a produção nacional de grãos.

Na sexta-feira passada, havia na cidade 462 vagas disponíveis para 102 tipos de profissionais, entre eles caldeireiros, eletricistas, engenheiros, marceneiros, operadores de máquinas, motoboys e até vaqueiros.

Terceiro maior PIB de Goiás (R$ 2,7 bilhões), Rio Verde (241 km de Goiânia) está numa das regiões mais prósperas de um Estado cuja indústria, ancorada na produção de alimentos, conseguiu fechar 2008 em expansão, apesar da crise.

Segundo pesquisa industrial mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Goiás e Amazonas foram os únicos dos 14 Estados analisados a ter crescimento no setor em dezembro em relação ao mês anterior: 0,4%. Goiás foi também o único com variação positiva em comparação a dezembro de 2007 -1,1%, quando a média no país foi de queda de 14,5%- e teve a segunda maior expansão industrial no ano (8,5%), perdendo apenas para o Paraná (8,6%).

A instalação de novas fábricas de processamento de alimentos no interior tem ajudado Goiás a obter resultados positivos na indústria, diz o IBGE.
Em Rio Verde, polo produtor de arroz, algodão, soja, milho e girassol, há hoje seis distritos industriais com 311 unidades instaladas -como a Perdigão.

Efeitos tardios

De acordo com o IBGE, com 66% da indústria ligada a bebidas e alimentação, Goiás deve demorar para sentir os efeitos da conjuntura econômica.
"O mundo está ajustando a sua produção a um novo patamar. Isso provavelmente vai ter algum impacto. Mas até chegar a alimentos há uma distância um pouco maior", afirma a coordenadora da pesquisa do IBGE, Isabella Nunes.
No ano, a indústria de alimentos em Goiás cresceu 9,8%.

"A primeira coisa que se retrai numa crise como essa é o consumo de bens duráveis, que não é o forte da indústria goiana. Temos áreas já em dificuldade, mas o centro da nossa produção é a alimentação", diz o presidente da Fieg (Federação das Indústrias do Estado de Goiás), Paulo Afonso Ferreira.

Segundo a Fieg, o emprego industrial em Goiás cresceu 6,3% ao longo de 2008.
Beneficiado pelo aumento de emprego e renda, o setor de construção civil tem vivido uma explosão de empreendimentos imobiliários e já prevê expansão para este ano -"2008 foi o melhor dos últimos 30 anos para a construção civil em Goiás", diz Roberto Elias Fernandes, presidente do Sinduscon (Sindicato da Industria e da Construção) de Goiás.

Segundo ele, o setor deve passar "incólume" pela crise porque as obras já foram iniciadas, o que deve manter o nível de emprego. O crescimento do setor em 2008 foi de 12%, o que gerou 20 mil empregos locais.

Sinal dessa expansão é o aumento, em 2008, da produção de minerais não-metálicos -como cimento- apontado pelo IBGE em comparação com dezembro de 2007: 15,5%.
Com o aumento da renda das classes populares, que representam 40% do mercado imobiliário, o Sinduscon espera crescer de 5% a 6% neste ano.Folha

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