Não é todo mundo, nem aqui nem na China, que tem cacife para ter o seu próprio castelo, ainda mais um castelo medieval num país que começou em 1500 e onde a monarquia foi bem peculiar.
Pois a repórter Fernanda Odilla informou nesta Folha, anteontem, que o agora famoso deputado Edmar Moreira (DEM-MG) tem um, todinho seu e da sua família, com 36 suítes e torres de oito andares. Moreira é o novo segundo vice-presidente da Câmara, cargo que vem embrulhado com a Corregedoria. Em tese, corregedor é aquele sujeito acima de qualquer suspeita a quem compete corrigir erros e coibir abusos dos seus pares e na instituição. Há controvérsia se Moreira, o nosso cavalheiro (não cavaleiro) de gosto medieval, se encaixa bem nesse perfil.
Seu patrimônio declarado em 2006 era de R$ 9 milhões, mas só o castelo vale muito mais que isso. Está à venda por 25 milhões -sejam reais ou dólares. Explicação do deputado: o imóvel está no nome dos filhos. Ah, bom. Até a eleição de Moreira à segunda vice, com direito à Corregedoria, é controversa. O seu partido, o DEM, lançou outro deputado, Vic Pires (PA). Moreira passou por cima, apresentou-se como candidato avulso e ganhou! Mistério? Não
.
Muito simples: como integrante do Conselho de Ética, ele absolveu todos os mensaleiros e equivalentes que passaram pela sua frente. Agora, vem a recompensa: a gratidão dos já absolvidos e um seguro, por precaução, dos que acaso venham a ser julgados. Nunca se sabe o dia de amanhã... E Moreira não se fez de rogado. Na primeira entrevista, foi logo defendendo o fim das cassações. "Parlamentar não é polícia." Puxa, que alívio! Enquanto Michel Temer não vem, Moreira refestela-se na cadeira de presidente, mas ele se arrisca a cair da cadeira e do cavalo. Se não por outras coisas, por profundo mau gosto. Veja bem as fotos do seu "castelo Monalisa". É ou não é quebra de decoro parlamentar? Eliane Catanhêde
Pois a repórter Fernanda Odilla informou nesta Folha, anteontem, que o agora famoso deputado Edmar Moreira (DEM-MG) tem um, todinho seu e da sua família, com 36 suítes e torres de oito andares. Moreira é o novo segundo vice-presidente da Câmara, cargo que vem embrulhado com a Corregedoria. Em tese, corregedor é aquele sujeito acima de qualquer suspeita a quem compete corrigir erros e coibir abusos dos seus pares e na instituição. Há controvérsia se Moreira, o nosso cavalheiro (não cavaleiro) de gosto medieval, se encaixa bem nesse perfil.
Seu patrimônio declarado em 2006 era de R$ 9 milhões, mas só o castelo vale muito mais que isso. Está à venda por 25 milhões -sejam reais ou dólares. Explicação do deputado: o imóvel está no nome dos filhos. Ah, bom. Até a eleição de Moreira à segunda vice, com direito à Corregedoria, é controversa. O seu partido, o DEM, lançou outro deputado, Vic Pires (PA). Moreira passou por cima, apresentou-se como candidato avulso e ganhou! Mistério? Não
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Muito simples: como integrante do Conselho de Ética, ele absolveu todos os mensaleiros e equivalentes que passaram pela sua frente. Agora, vem a recompensa: a gratidão dos já absolvidos e um seguro, por precaução, dos que acaso venham a ser julgados. Nunca se sabe o dia de amanhã... E Moreira não se fez de rogado. Na primeira entrevista, foi logo defendendo o fim das cassações. "Parlamentar não é polícia." Puxa, que alívio! Enquanto Michel Temer não vem, Moreira refestela-se na cadeira de presidente, mas ele se arrisca a cair da cadeira e do cavalo. Se não por outras coisas, por profundo mau gosto. Veja bem as fotos do seu "castelo Monalisa". É ou não é quebra de decoro parlamentar? Eliane Catanhêde
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