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11 de fevereiro de 2009

Dilma corteja PMDB em aniversário do PT


Estrela da festa de 29 anos do PT, na noite de ontem, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu a reedição da aliança com o PMDB na eleição presidencial de 2010. Mesmo sem confirmar a candidatura ao Planalto, Dilma vai cumprir uma agenda de campanha nos fins de semana, a partir de março, para se aproximar dos movimentos sociais e dos petistas e ganhar um verniz político. A estratégia foi definida na reunião do Diretório Nacional do PT, já que o partido acredita que a mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) precisa de treinamento intensivo para aprender a se comunicar melhor com a população.

"Um dos papéis do governo hoje é sair dos gabinetes. E por isso conseguimos enfrentar essa crise em melhores condições", afirmou Dilma, ao chegar à festa. A ministra disse achar boa a idéia do PT de organizar uma agenda para aproximá-la da população e também dos partidos aliados, mas não confirmou em nenhum momento a candidatura. "Vamos ter o cuidado de viajar pelos Estados prestando contas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), verificando as obras que estão em atraso. É aquela história, o olho do dono engorda o boi. O nosso boi é o PAC e ele já está um boi gordinho. Não é aquele boi esquelético que existia antes", disse ela.

Mesmo sem confirmar sua candidatura, Dilma disse que espera ver o PMDB aliado ao PT na eleição de 2010. "Acredito que é possível essa aliança. Não estamos nos unindo em torno de questões imediatas, e sim em torno de um programa de crescimento, desenvolvimento do País e inclusão social."

Dilma fez uma imersão no PT nos dois últimos dias: na segunda-feira, saiu do Palácio do Planalto pouco antes das 20 horas e, vestida de vermelho, foi direto para a reunião do Diretório Nacional. Ontem, estava na festa de aniversário do PT, comemoração preparada sob medida para inflar sua candidatura.

Segundo o tesoureiro do partido, Paulo Ferreira, foram arrecadados R$ 140 mil com o evento. Cerca de 1.200 petistas compraram ingressos, cujo preço variou de R$ 100 a R$ 1.000, para participar da festa.

CRISE

Um dia antes, convidada pela cúpula petista para explicar como o governo está enfrentando a crise financeira, Dilma caprichou na retórica de esquerda: diante de representantes de várias correntes no mosaico ideológico do petismo, pregou o corte dos juros, o fortalecimento dos bancos públicos e o aumento da presença do Estado na economia. Disse ainda que a crise escancarou a falência do neoliberalismo. "O PT precisa assumir a paternidade da política de crescimento com distribuição de renda", insistiu ela, sob aplausos da plateia.

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