O governo quer tomar medidas contra a concentração de mais de 90% do mercado de cartões de crédito e débito nas mãos de só duas empresas.
Já era hora. As empresas cobram dos lojistas pelo uso de cada máquina. Além disso, o comerciante só recebe o dinheiro de uma venda após 30 dias. No exterior, são só dois dias. Para quem toca um pequeno comércio, somada a impostos e taxas, a demora pode ser desastrosa.
Os custos dessas operações acabam repassados ao consumidor. Hoje, a lei não permite que um mesmo produto tenha preços diferentes para cada tipo de pagamento --dinheiro, cheque ou cartão. Mas o governo até estuda mudar isso para tentar pressionar as operadoras a cobrar menos. As duas empresas, VisaNet e Redecard, são contrárias à medida, mas dizem reconhecer que há concentração.
Os consumidores das classes C e D deram um novo impulso aos cartões, hoje usados nas despesas mais básicas, nas feiras ou nos camelôs. A praticidade do pagamento com o cartão e o prazo que muitas vezes o consumidor ganha ajudaram nesse crescimento. Mais concorrência ajudaria a distribuir esse benefício aos consumidores.
O governo precisa tomar medidas para diminuir a concentração e as altas taxas. Os pequenos lojistas e a grande maioria dos consumidores pagam caro demais por algo que deveria ser uma facilidade da vida moderna
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