"O Lula me pediu: cuida dos meus filhos. Eu falei: fica tranqüilo. Vou deixar as crianças bem longe dessa gente [jornalistas]!", brincava o governador Sérgio Cabral, do Rio, com os repórteres e colunistas convidados para visitar seu camarote no Sambódromo, no Rio.
Cabral reservou uma sala do lugar só para os filhos do presidente: Fábio Luiz ("Lulinha"), Sandro, a mulher dele, Marlene, e mais 15 amigos, entre eles o médico de Lula, Roberto Kalil, e sua mulher, Claudia Cozer (dona Marisa estava "louca" para acompanhar os filhos, mas o presidente Lula preferiu ficar no Guarujá).
A nora do presidente era a mais animada. "Está todo mundo deslumbrado por estar aqui. É um espetáculo maravilhoso, tem que ser visto", dizia Marlene. Sandro observava as mulatas na avenida com certa, digamos, indignação. "Tem muita pena [cobrindo o corpo das sambistas]!". Marlene rebatia: "Ele fala só para me provocar. Os meninos [filhos de Lula] são supertímidos. Fomos ontem a uma feijoada no hotel Caesar Park. Tinha um show de mulatas, elas se aproximaram. Eles ficaram de cabeça baixa o tempo todo!".
Cabral chega com José Serra. Num sinal de que o governador paulista anda muito bem falado dentro da casa dos Lula da Silva, os meninos o trataram com a maior simpatia e até concordaram em posar para uma foto com o tucano. Fábio e Serra falaram sobre a contratação de outro filho de Lula, Luís Cláudio, como preparador físico do Palmeiras, que na opinião do governador "tá mal". "Ele vai fazer um bom trabalho lá", dizia Fábio, esclarecendo: "Mas eu sou corintiano".
No melhor estilo "Serrinha paz e amor", o governador, além de sambar na avenida, distribuía beijos e sorrisos no camarote -sem evitar, no entanto, alguns de seus foras clássicos. "Nossa, como você engordou!", disse a um jornalista que não via há tempos.
O bilionário Ricardo Salinas, do banco Azteca, do México, é carregado pelo braço por Cabral para cumprimentar Serra, ao lado de Mario Garnero e de Jânio Quadros Neto, amigo do banqueiro. "Ele vai abrir uma agência do banco dele na Rocinha", dizia Cabral. Surge a piada: e banqueiro gosta de emprestar dinheiro para pobre?
"Esse gosta", emenda logo Cabral. Em outra roda, Salinas ria das lembranças de seu encontro com Lula no Palácio do Planalto. Ele levou ao presidente uma garrafa de tequila. Ganhou de volta uma garrafa de cachaça. "Mas sai daqui com ela embrulhada. Porque eu e esse menino [Jânio Neto] temos um histórico familiar terrível com bebida e os jornalistas lá fora vão dizer que estávamos todos aqui enchendo a cara!", recomendou Lula, referindo-se ao ex-presidente Jânio Quadros.
2 Comentários:
Sem noção e ao que parece sem competência também.
Sergio cabral anda muito mal acompanhado.
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