
Essa tarefa deve mudar o comportamento de Lula em relação a sua atuação no encontro de 2005, em Mar del Plata, Argentina. Naquela ocasião, o líder brasileiro instigou e apoiou o projeto de seus colegas venezuelano, Hugo Chávez, e argentino, Néstor Kirchner, de enterrar de vez as negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Com o Brasil movimentando-se com discrição, o trio saiu-se vitorioso. Desta vez, em Trinidad e Tobago, caberá a Lula a missão de tourear o líder bolivariano e seus aliados, com o cuidado de não instigar conflitos.
O temor de Havana é compreensível e sustentado em fatos. No domingo passado, o embaixador venezuelano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roy Chaderton-Matos, exigiu a revisão da declaração final da 5ª Cúpula das Américas, cujo rascunho não traz nenhuma menção à questão de Cuba. A negociação do texto havia sido concluída no início do mês. No mesmo dia, em visita ao Japão, o próprio Chávez exortou os líderes latino-americanos a repudiar, em Trinidad e Tobago, a posição reticente do EUA à reinserção de Cuba no sistema interamericano e à eliminação do embargo econômico. O governo venezuelano convocou ainda, para os dias 14 e 15, em Caracas, uma reunião da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), mecanismo que tem participação cubana, com o objetivo de fechar uma estratégia comum para o encontro com os EUA
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