Pages

Subscribe:

5 de fevereiro de 2008

Governador sem noção."Nossa, como você engordou!"


"O Lula me pediu: cuida dos meus filhos. Eu falei: fica tranqüilo. Vou deixar as crianças bem longe dessa gente [jornalistas]!", brincava o governador Sérgio Cabral, do Rio, com os repórteres e colunistas convidados para visitar seu camarote no Sambódromo, no Rio.

Cabral reservou uma sala do lugar só para os filhos do presidente: Fábio Luiz ("Lulinha"), Sandro, a mulher dele, Marlene, e mais 15 amigos, entre eles o médico de Lula, Roberto Kalil, e sua mulher, Claudia Cozer (dona Marisa estava "louca" para acompanhar os filhos, mas o presidente Lula preferiu ficar no Guarujá).

A nora do presidente era a mais animada. "Está todo mundo deslumbrado por estar aqui. É um espetáculo maravilhoso, tem que ser visto", dizia Marlene. Sandro observava as mulatas na avenida com certa, digamos, indignação. "Tem muita pena [cobrindo o corpo das sambistas]!". Marlene rebatia: "Ele fala só para me provocar. Os meninos [filhos de Lula] são supertímidos. Fomos ontem a uma feijoada no hotel Caesar Park. Tinha um show de mulatas, elas se aproximaram. Eles ficaram de cabeça baixa o tempo todo!".

Cabral chega com José Serra. Num sinal de que o governador paulista anda muito bem falado dentro da casa dos Lula da Silva, os meninos o trataram com a maior simpatia e até concordaram em posar para uma foto com o tucano. Fábio e Serra falaram sobre a contratação de outro filho de Lula, Luís Cláudio, como preparador físico do Palmeiras, que na opinião do governador "tá mal". "Ele vai fazer um bom trabalho lá", dizia Fábio, esclarecendo: "Mas eu sou corintiano".

No melhor estilo "Serrinha paz e amor", o governador, além de sambar na avenida, distribuía beijos e sorrisos no camarote -sem evitar, no entanto, alguns de seus foras clássicos. "Nossa, como você engordou!", disse a um jornalista que não via há tempos.

O bilionário Ricardo Salinas, do banco Azteca, do México, é carregado pelo braço por Cabral para cumprimentar Serra, ao lado de Mario Garnero e de Jânio Quadros Neto, amigo do banqueiro. "Ele vai abrir uma agência do banco dele na Rocinha", dizia Cabral. Surge a piada: e banqueiro gosta de emprestar dinheiro para pobre?

"Esse gosta", emenda logo Cabral. Em outra roda, Salinas ria das lembranças de seu encontro com Lula no Palácio do Planalto. Ele levou ao presidente uma garrafa de tequila. Ganhou de volta uma garrafa de cachaça. "Mas sai daqui com ela embrulhada. Porque eu e esse menino [Jânio Neto] temos um histórico familiar terrível com bebida e os jornalistas lá fora vão dizer que estávamos todos aqui enchendo a cara!", recomendou Lula, referindo-se ao ex-presidente Jânio Quadros.
Fofoca de carnaval da coluna da Mônica Bergamo

4 de fevereiro de 2008

Wagner Tiso ganha coletânea eclética


Tem de Maysa a Fagner, passando por Mercedes Sosa, Gal Costa, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Fafá de Belém e Johnny Alf. "Da Sanfona à Sinfônica" é uma eclética caixa com quatro CDs, documentando os 40 anos da trajetória de Wagner Tiso como arranjador.

Nada mais sintomático do salto qualitativo do "status" do arranjador na MPB, por sinal, do que o lançamento de uma coleção em que canções díspares são enfeixadas tendo como fator unificador não o intérprete, mas o orquestrador. Não custa lembrar que, nos velhos tempos do LP, a presença de uma ficha técnica com créditos para os arranjos parecia constituir antes exceção do que regra.

Trata-se de uma generosa coletânea com, ao todo, 59 faixas -todas elas, gravações originais de arranjos de Tiso. A mais antiga é um arranjo a quatro mãos com Paulo Moura para "O Sonho", de Egberto Gismonti, na voz de Agostinho dos Santos, em 1968; a mais recente, "A Flor e o Cais", parceria com Geraldo Carneiro, cantada por Cauby Peixoto, em 2006, com acompanhamento luxuoso da Orquestra Petrobras Sinfônica, em parceria com a qual, desde 2004, o músico vem desenvolvendo uma série de concertos, intitulada MPB & Jazz. No meio do caminho, tem, é claro, muita música mineira.
Natural, assim como Milton Nascimento, de Três Pontas, Tiso foi um dos nomes mais proeminentes do Clube da Esquina, movimento que, na década de 1960, mesclava os timbres do rock e as harmonias do jazz "fusion" a um melodismo que parecia brotar naturalmente das pedras e cachoeiras de Minas Gerais.

Talvez o melhor da caixa sejam justamente itens como "Nuvem Cigana", do histórico LP "Clube da Esquina" (1972); "Feira Moderna", de Lô Borges, Beto Guedes e Fernando Brant; e "Milagre dos Peixes", em que a voz do Milton, então (1974) imaculada, é acompanhada pelo Som Imaginário, grupo em que Tiso tocava teclados.

Teclados datados

O gosto do músico pelos teclados, por sinal, representa o que há de mais datado -e questionável- nos arranjos da caixa. No texto do encarte, João
Máximo explica que houve uma época em que a utilização dos teclados eletrônicos era uma imposição dos produtores dos discos, "exigência em nome da economia".
Podemos ouvir como esse "barato" saía caro em termos artísticos. Se, nos anos 1980, já não tinha muita graça aquela sucessão de timbres sintetizados, hoje, então, sua sonoridade possui infalível poder de cansar e saturar o ouvinte.
Que Tiso podia e pode mais do que isso está comprovado no álbum, em itens como as delicadas harpas e sopros com os quais ele emoldura o acento luso de Eugênia Melo e Castro em "Soneto da Separação", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, ou as cordas que acarinham o violão de Garoto em "Vivo Sonhando".

Em meio a uma produção tão vasta, abarcando um notável espaço de tempo, e poéticas distintas, pode-se dizer que a caixa tem um pouco para todos os gostos, mas será difícil quem consiga extrair prazer de tudo.
Enquanto uns vão se esbaldar com Djavan em "Meu Bem Querer"; Sá e Guarabyra, em "Dona"; ou Tetê Espíndola em "Escrito nas Estrelas", outros, enfadados desta sonoridade de FM dos anos 1980, talvez prefiram descobrir o seresteiro Luiz Cláudio entoando as "Rugas", de Nelson Cavaquinho.

Globo desfila clichês e obviedades em alta definição


"O Carnaval de São Paulo virou uma coisa grande. Os carros são sempre grandes." Essa pérola, do comentarista da Globo Maurício Kubrusly, resume a primeira transmissão em alta definição do Carnaval paulistano. Tecnicamente (não artisticamente), a imagem digital estava impecável. Mas faltaram som e informações. Sobraram clichês, comentários irrelevantes, constatações óbvias e falso entusiasmo.

Com frases do tipo "O Carnaval é uma prova de que é possível falar sem palavras", o comentarista Maurício Kubrusly "prova" que existe coisa mais chata do que ver desfile pela TV: ouvir os comentaristas de Carnaval na TV. Ainda mais quando o repórter da Globo divide a função com a sambista Lecy Brandão.

Lecy passa a metade do Carnaval chamando as baianas de "tias" e os sambistas por apelidos. Na outra metade, ela faz jabá para os amigos. "A confecção dessa roupa, que é muito bonita, foi feita [sic] pelo Fábio Santos" é apenas um exemplo.
A superficialidade é uma barreira. Lecy disse que o Carnaval de 2008 seria um "divisor de águas". Por quê? Quem sabe em 2009 ela responde.
A Globo levou uma dezena de repórteres ao sambódromo. Mas eles só apareciam nos intervalos, quase sempre inaudíveis, para informar que havia "uma emoção muito grande" e "expectativa total".

Renata Ceribelli e Chico Pinheiro, os âncoras, deram um show de clichês: "Olha aí que bonita a arquibancada", "Essa energia toda", "Olha que bonita a escola", "Olha que imagem bonita", "Olha que luxo essa fantasia", "Olha que alegria", "Olha aí a emoção...", "Olha a beleza desse casal de mestre-sala e porta-bandeira", "O sambódromo é um tapete de alegria", repetiam.
O áudio ruim foi outra característica marcante. Havia um "delay" entre o som do sambódromo, muito baixo, e o da TV. E foi um fiasco a tentativa de medir os batimentos cardíacos dos músicos. Numa das poucas vezes em que isso ocorreu, o coração do sambista saltou de 80 para 170 batimentos, do repouso para o máximo.

Folia de bilionário na Rocinha



À beira da piscina de Betsy Monteiro de Carvalho, no Rio, o bilionário mexicano Ricardo Salinas está sentado com sua mulher, María. Terceiro homem mais rico do México, com uma fortuna de US$ 4,6 bilhões (ficou em 172º na lista dos homens mais ricos do mundo da revista "Forbes" de 2007), ele veio ao Brasil para passar o Carnaval e ter diversas reuniões de negócios.


Salinas vai abrir aqui um braço da rede de varejo Elektra, a maior do México, quer virar sócio do bispo Edir Macedo na TV Record no Brasil e importar conteúdo da emissora para sua TV Azteca (segunda maior de seu país), além de trazer para cá o banco Azteca. "A favela da Rocinha [no Rio] vai precisar de várias agências. É muito grande", disse à coluna, durante o jantar, na sexta-feira.

FOLHA - Quais são seus projetos para o Brasil?

RICARDO SALINAS - Vou passar o Carnaval aqui no Rio de Janeiro [risos].

FOLHA - O senhor vai mesmo instalar a Elektra no Nordeste?

SALINAS - Sim. Vamos começar pelo Recife e, depois, Olinda.

FOLHA - Por que exatamente no Nordeste?

SALINAS - Porque é a terra do presidente Lula [longa gargalhada]. É porque são os lugares de pessoas mais necessitadas. Precisamos ajudá-las. E lá não existe concorrência.

FOLHA - O senhor já foi acusado de ficar bilionário por cobrar altos juros da população de classe baixa seu país, o México.

SALINAS - Veja, quando se faz um empréstimo de 100 milhões de dólares é diferente de quando se faz um de cem dólares. É como se diz: quando não se tem dinheiro, qualquer dinheiro é caro.

[A mulher de Salinas interrompe]:
MARÍA - Melhor que nada.

FOLHA - A Elektra se parece com a brasileira Casas Bahia?

SALINAS - Pode-se dizer que sim. Mas, além da loja, temos um banco.

FOLHA - E a crise dos EUA?

SALINAS - A crise nos Estados Unidos afeta a todos. Mas ao Brasil nem tanto. No México, costumamos dizer que, quando os Estados Unidos ficam gripados, nós temos pneumonia.

FOLHA - Como estão as negociações com a Rede Record?
SALINAS - Estamos rogando a Deus [abre os braços e aponta para o céu].

FOLHA - Rogando ao bispo [Edir Macedo], no caso?
SALINAS - Sim, sim [risos]. Queremos fazer um intercâmbio entre as nossas produções e as produções brasileiras. A TV Azteca começou há apenas 14 anos e já é dona de 45% da audiência do país.


2 de fevereiro de 2008

Pâmela e Vagner Love


"Ele quer tirar o vídeo do ar"

Circula na Internet um vídeo erótico em que a atriz pornô Pâmela Butt transa com um rapaz identificado como Vágner Love, jogador da seleção brasileira e do CSKA, da Rússia. A assessoria de imprensa do atacante diz que "Vágner não viu o vídeo para dizer se é ele ou não" e afirma que "o jogador não se recorda do episódio". Já a atriz, deu detalhes à coluna.



FOLHA - É o jogador Vágner Love que está com você no vídeo erótico?

PÂMELA BUTT - Sim, isso foi no começo do ano passado. Estávamos numa festa em SP com uma galera e depois fomos a um motel. Um amigo do Vágner fez o vídeo, mas eu pensei que ele estivesse tirando fotos. E a pessoa prometeu que iria apagar.

FOLHA - Havia mais jogadores na festa?

PÂMELA - Sim, mas não sei te dizer quem eram, não eram conhecidos. No vídeo, apontaram um como sendo o Robinho, mas não era ele não.

FOLHA - Conversou com o Vágner depois que o vídeo ficou público?

PÂMELA - Tivemos um contato telefônico. Ele disse que estava chateado e que estava tentado tirar o vídeo do ar [informação que a assessoria do jogador nega]. Eu também fiquei triste porque uma coisa é a Pâmela atriz, e outra, é a minha vida pessoal. Sou muito bem paga pela [produtora] Brasilierinhas para transar diante das câmeras. Desta vez, não ganhei nada.

FOLHA - Vocês se vêem com freqüência?
PÂMELA - A gente mantém uma amizade. No último jogo do Brasil, nos falamos por telefone, e ainda desejei boa sorte para ele. Ficando juntos na festa porque ninguém é de ferro. Ele é lindo, todo durinho, tem tudo no lugar...

1 de fevereiro de 2008

Sexo e chocolate aumentam capacidade cerebral, diz livro


Fazer sexo, comer chocolate amargo e consumir um café da manhã rico em frios pode ser o segredo para treinar e impulsionar a capacidade cerebral.
A tese é defendida no livro Teaching Yourself: Training Your Brain (Ensine você mesmo: treine seu cérebro, em tradução livre), que será publicado em janeiro na Grã-Bretanha e ainda não tem data para chegar ao Brasil.

Na obra, os autores Terry Horne e Simon Wootin analisam como a dieta, o ambiente e o estresse afetam a capacidade mental das pessoas.

Grande parte das sugestões feitas no livro tem como base substâncias químicas liberadas no organismo a partir de certas atividades, como fazer sexo.

De acordo com a obra, a penetração durante o ato sexual aumenta os níveis de oxitocina, que estimula o cérebro a pensar em novas idéias e soluções para problemas, enquanto que o pós-coito aumenta a quantidade de serotonina, estimulando a criatividade e o pensamento lógico.

No que se refere à comida, os autores acreditam que ingredientes encontrados no chocolate amargo, como magnésio e antioxidantes, aumentam a oxigenação cerebral. E comer frios, ovos ou peixes no café da manhã dá mais energia e facilita a absorção de nutrientes pelo organismo.

Envolvimento e satisfação

“Durante décadas nós pensamos que a capacidade no cérebro é geneticamente determinada, e agora ficou claro que é uma questão de estilo de vida”, explicou Terry Horne, autor do livro e palestrante na Universidade de Lancaster.

Os autores aconselham os leitores a seguirem um “conceito de vida” chamado BLISS (prazer corporal, alegria, envolvimento, satisfação e sexo, na sigla em inglês) para aumentar a performance mental.

E ainda afirmam que quem quer impulsionar o cérebro deve evitar fumar maconha, assistir a novelas e conviver com quem reclama muito da vida.

“Misture-se com pessoas que te façam rir. Evite as pessoas que reclamam demais porque elas podem deixá-lo deprimido”, aconselhou Hornes, que ainda defende baixa ingestão de álcool e carnes vermelhas.

Ainda na lista das atividades para estimular a “massa cinzenta”, os autores defendem que crianças façam deveres de casa acompanhadas de colegas ou dos pais e que desde cedo sigam uma dieta baixa em gordura, rica em brócolis, peixes com ômega 3, pães e massas integrais.

Chocorango


“Chocorango” ou, se quiser, “morangolate” é uma curiosa mistura de morango com chocolate criada pela engenhosidade técnica de uma empresa japonesa. A fruta guarda por fora sua aparência natural, mas quando partida na boca libera o chocolate branco em seu interior e oferece uma surpreendente sensação ao paladar.
Um dos compostos que a incipiente tecnologia de infusão possibilita produzir são suplementos vitamínicos infundidos em alimentos para torná-los facilmente digeríveis pelas pessoas.

No processo de produção, primeiro faz-se a secagem por congelamento (liofilização) do morango, ou outra fruta, para desidratá-lo. Em seguida, chocolate branco é colocado no espaço deixado pela ausência de água. Nasce assim o “morangolate”.

Chamada de infusão em alimentos, a tecnologia foi patenteada pela indústria FCOM, de Tóquio, que no ano passado lançou, em quantidade limitada, uma linha de produtos em diferentes embalagens, contendo morangos, grãos de milho, kiwis ou cassis infundidos com chocolate branco.

Vantagens

Uma das vantagens desta técnica, segundo a empresa, é a preservação da qualidade natural do alimento, algo essencial na indústria alimentícia e nem sempre possível com o uso de métodos tradicionais.

A tecnologia de infusão tem sua origem fora do setor alimentício. A indústria japonesa Placeran, precursora da FCOM no uso da tecnologia, aplica o método a vários campos industriais.

Um exemplo de uso são rolamentos do chassi de vagões de trens-bala no Japão. Eles parecem ser feitos de metal maciço, mas na verdade o metal tem buracos no interior que foram preenchidos com uma substância isolante.

O motivo é a alta velocidade de rotação dos rolamentos, que pode gerar eletricidade estática e interferir nos vários sistemas de controle dos trens.

Por meio da infusão de substâncias com alta capacidade de isolamento nos buracos abertos previamente no metal dos rolamentos previne-se a formação de eletricidade estática.

Atum gordo

A aplicação do mesmo conceito na indústria alimentícia partiu de uma sugestão de produzir atum gordo, um corte de peixe muito apreciado no sushi japonês, por meio da infusão de gordura de atum na carne comum do pescado.

A indústria Placeran teve êxito na experiência, mas reorientou a pesquisa para a produção de algo que fosse realmente inovador, o que levou à fundação da empresa FCOM, em 2003.

A nova empresa embebeu então vinho tinto em maçãs e exibiu o composto na Exposição de Alimentos Fabex de 2004, em Tóquio, onde o novo produto chamou a atenção por sua originalidade.

Muitas pessoas se disseram surpresas porque o vinho ficava completamente impregnado nas maçãs e, ainda assim, a textura da fruta permanecia inalterada.

Mais tarde a empresa infundiu cassis com uma mistura de chocolate e a substância vitamínica Coenzima Q10, criando um modo de facilitar a ingestão de suplementos vitamínicos por quem necessita deles.

Mesmo que a originalidade da tecnologia de infusão em compostos alimentares tenha atraído o interesse da indústria alimentícia e da mídia, a empresa parece enfrentar problemas para promover seus produtos.

A indústria FCOM informou à BBC Brasil que, depois do lançamento limitado do ano passado, o produto passou a ser vendido somente em grandes lotes por atacado para, entre outros revendedores, a cadeia de lojas de conveniência Lawson, uma das maiores do Japão.

Pessoas com olhos azuis 'teriam mesmo antepassado' que Frank Sinatra


Todas as pessoas com olhos azuis teriam o mesmo antepassado comum, sugere um estudo realizado por cientistas genéticos da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
Segundo os especialistas, uma mutação ocorrida num gene de apenas uma pessoa há cerca de 10 mil anos teria alterado a produção da melanina - pigmento que dá cor aos olhos, pele e cabelo – na íris.

“Isso indica que a mutação ocorrida em apenas uma pessoa foi transmitida para todas as outras subseqüentes que têm olhos azuis”, diz o estudo, publicado na revista especializada Human Genetics.

Variações na cor dos olhos - castanhos, verdes e cinzas - podem ser explicadas por quantidades diferentes de melanina na íris, mas a cor azul conta apenas uma pequena quantidade do pigmento, afirmam os especialistas.

Variações

O coordenador da pesquisa, Hans Eidberg, acredita que todos os seres humanos tinham olhos castanhos até que uma mutação genética no gene OCA2 desencadeou um processo que literalmente “desligou” a capacidade de produção da cor castanha na íris.

Os cientistas analisaram o DNA de 800 pessoas com olhos azuis de várias regiões do mundo, como o norte da Europa, Jordânia e Turquia.

“Todos eles, com exceção de possivelmente um, tinham exatamente a mesma seqüência de DNA na região do gene OCA2. Para mim, isso indica que 99,5% dos pesquisados têm um único ancestral comum”, disse Eidberg.

O pesquisador salientou que homens e mulheres com olhos azuis têm praticamente a mesma seqüência genética na parte do DNA responsável pela cor dos olhos. Entretanto, os de olhos castanhos apresentam um grau considerável de variações individuais na área do DNA.