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13 de julho de 2012

TRE ameaça prender quem votar com celular


O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) aprovou ontem, em sessão plenária, uma resolução que proíbe o eleitor de usar celular, máquinas fotográficas, filmadoras ou qualquer equipamento ao entrar na cabine de voto.

A medida, segundo o presidente do TRE-RJ, Luiz Zveiter, tem por objetivo impedir que milicianos e traficantes obriguem eleitores a fotografar os votos.

- O tribunal quer dar segurança para eleitores que, eventualmente, possam sofrer pressão desses grupos criminosos. A população tem que entender quem é o ator principal nesse processo eleitoral. O tribunal não quer cercear o direito do cidadão de usar esses aparelhos eletrônicos - esclarece o presidente do TRE.

De acordo com a resolução, os celulares e outros dispositivos multimídia deverão ser entregues aos mesários, antes que o eleitor vá à cabine de votação. Quem descumprir a regra será inicialmente advertido. E, se insistir em desrespeitar a norma, o eleitor pode receber voz de prisão por crime de desobediência, previsto no artigo 347 do Código Eleitoral.

Para combater irregularidades na eleição, o TRE-RJ criou o disque-denúncia eleitoral, há dois meses. O serviço recebeu até a última quarta-feira, 2070 denúncias no estado, sendo que a maior parte delas, cerca de 40%, são relativas a placas irregulares, faixas e adesivos. Em seguida, estão as denúncias sobre o funcionamento de centros sociais, principalmente em São Gonçalo e Duque de Caxias.

No final da tarde de ontem, fiscais do TRE fecharam um centro social na Rua Capitão Teixeira, 301, em Realengo, Zona Oeste do Rio. Segundo o tribunal, no local funcionavam um centro de encaminhamento para atendimentos médico e odontológico e cursos profissionalizantes gratuitos. No local foram apreendidos dois computadores, além de panfletos do vereador e candidato à reeleição Renato Moura (PTC). Procurado, ele não foi encontrado para comentar o assunto.

No início deste mês, o presidente do TRE-RJ pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a presença do Exército durante a campanha. O tribunal, no entanto, informou que o pedido será analisado em plenário em agosto, já que, atualmente, está em recesso.

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