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11 de agosto de 2010

Marina diz ser a síntese dos governos do PSDB e do PT


Segunda entrevistada da série entre os três principais candidatos a presidente do "Jornal Nacional", a senadora Marina Silva (PV) se posicionou como uma síntese dos governos do PSDB e do PT.

O Brasil, segundo Marina, "teve um sociólogo que fez as transformações econômicas, um operário que fez as transformações sociais e eu para fazer as grandes transformações na educação". Marina lembrou sua origem humilde, analfabeta até a juventude que só entrou pela porta da frente na política brasileira por causa "da educação".

Segura, demonstrando controle da situação e com maquiagem discreta (antes da campanha, Marina não usava maquiagem), a candidata do PV disse que, embora represente um pequeno partido, terá mais facilidades para compor maioria no Congresso em seu eventual governo que os adversários Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB.

"Eles já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram, que só poderão fazer mais do mesmo", criticou Marina.

A candidata do PV lembrou que o governo Fernando Henrique Cardoso foi refém, em seus oito anos de mandato, do Democratas (partido que à época ainda se chamava PFL). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por seu turno, destacou Marina, foi refém do PMDB.

"Eu quero governar com a ajuda do PT e PSDB", declarou Marina, repetindo um compromisso que tem sido recorrente na campanha.

Cobrada por sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, frequentemente acusada de retardar a concessão de licenças ambientais, Marina disse que enquanto foi ministra a média de concessão de licenças ambientais foi de 265 ao ano, contra uma média de 145 no governo anterior.

O momento mais difícil para a candidata, no decorrer da entrevista, foi quando o apresentador William Bonner, questionou sua atitude durante a crise do mensalão (escândalo da compra de votos, em 2005), quando muitos de seus colegas deixaram o PT, alguns, inclusive, às lágrimas.

Marina disse que não houve "conivência" e nem "silêncio" da parte dela, que preferiu ficar no PT "combatendo por dentro".

Marina disse que tanto dentro do governo como fora os que praticaram irregularidades - "eu não pratiquei" - no mensalão deveriam ser punidos. Só não teve a atenção que esperava do público e da mídia.

"Conheço milhares (de petistas) que não praticaram irregularidades", disse. Na opinião de Marina, "é preciso fechar as torneiras da corrupção enquanto ela está ocorrendo".

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