Cerca de 60% do distrito Federal ficou sem energia elétrica no fim da tarde de ontem por pelo menos 30 minutos. Em alguns lugares, o apagão chegou até a duas horas. A empresa Furnas Centrais Elétricas, responsável pelo fornecimento de luz para a Companhia Energética de Brasília (CEB), revelou que o apagão ocorreu por causa do desligamento um uma subestação localizada em Samambaia. A falha na unidade da central foi registrada às 17h45. A falta de energia afetou cerca de 400 mil pontos e provocou transtornos na volta do brasiliense para casa. Panes em semáforos, elevadores, cinemas e em sessões e solenidades dos três poderes surgiram como alguns dos problemas enfrentados pela população.
Uma das maiores dificuldades, no entanto, ficou por conta do transporte público. O serviço do Metrô-DF, por exemplo, permaneceu parado por mais de uma hora. Além de paralisações em todas as estações, houve duas evacuações de trens. Uma na Asa Sul e outra a caminho do Park Shopping. Segundo uma condutora, que não quis se identificar, havia aproximadamente mil pessoas nos vagões. Os passageiros forçaram as portas e usaram as janelas de emergência para sair. Muitos pularam e seguiram pelo gramado na lateral dos trilhos em direção às estações mais próximas.
Espera
Na Galeria dos Estados, no Setor Comercial Sul, centenas de pessoas esperaram a abertura da estação em frente a um portão de metal. Entre elas, a administradora Luciana Aparecida. Ela trabalha em um banco e recorre ao sistema metroviário para voltar para casa, em Ceilândia. Estava particularmente irritada ontem porque chegaria atrasada para a própria festa de aniversário, de 24 anos. “Apesar da queda de luz, não dá para confiar no metrô. Todos os meses acontece algum problema de atraso”, reclamou.
O Metrô-DF voltou a funcionar às 19h10. O diretor de operações da empresa, José Dimas, informou que o sistema de trens exige pelo menos 20 minutos para recuperar a força e finalizar os testes. Segundo ele, a CEB deixou de fornecer energia elétrica para os três pontos de recebimento do metrô brasiliense. Por volta das 21h, alguns usuários ainda se queixavam que os trens circulavam a uma velocidade muito baixa.
Também houve problemas em shoppings. Cerca de 200 pessoas que ocupavam as 11 salas de cinema do Park Shopping ficaram completamente no escuro, pois não há geradores de energia nos locais. Segundo o gerente do cinema do shopping, Pedro Paulo Souza, os usuários tiveram a opção de escolher entre ter o valor do bilhete ressarcido ou ganhar uma cortesia válida por 30 dias. Já no Centro Comercial Gilberto Salomão, no Lago Sul, um cabeleireiro continuou a trabalhar no breu. Ele utlizou uma luz de segurança (no break) para cortar o cabelo dos clientes.
Durante o apagão, o Corpo de Bombeiros atendeu 10 chamados de pessoas presas em elevadores
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